terça-feira, 25 de maio de 2010

Alérgicos têm menos chance de ter câncer

Revista Veja
Para os que sofrem com a alergia, uma boa notícia: cientistas de diversas universidades americanas sugerem que os alérgicos têm menos chance de desenvolver câncer. De acordo com a pesquisa, as reações adversas estimulam o sistema imunológico, ajudando a evitar diversos tipo de tumor.
Segundo a Universidade Texas Tech, os asmáticos têm 30% menos chance de ter câncer de ovário. Já um estudo coordenado pela Universidade Cornell aponta que as crianças com alergia a substâncias transportadas pelo vento, como a poeira, são 40% menos propensas a desenvolver leucemia.
Os cientistas comemoram os resultados, mas afirmam que mais estudos são necessários. "É difícil provar a ligação (entre alergia e câncer) e vi muita gente cética quanto a isso, mas o conceito existe e as pesquisas nos ajudam", afirma Ronald Crystal da Universidade Cornell. "As alergias geralmente ativam o nosso sistema imunológico", acrescenta.
Benefícios - Os médicos da Cornell destacam ainda que as alergias podem reduzir o risco de uma criança ter câncer de garganta, pele, pulmão e intestino. Na Universidade do Minnesota, pesquisadores apontam que as alergias podem diminuir os riscos de linfoma não-Hodgkin e câncer de estômago e cientistas de Harvard observaram uma "intensa relação" entre o câncer no cérebro e a asma, a eczema, a febre de feno e outras alergias. Um estudo canadense ainda sugere que os alérgicos têm 58% menos probabilidade de desenvolver câncer de pâncreas.

Emissões globais de CO2 vão subir 43% até 2035, diz EUA

Revista Veja
As emissões mundiais de dióxido de carbono (CO2) resultantes da queima de carvão, petróleo e gás natural devem subir 43% até 2035, disse o principal órgão dos EUA que faz previsões sobre consumo de energia, a não ser que sejam selados acordos globais para reduzir a emissão dos gases responsáveis pelo aquecimento do planeta.
As emissões globais de CO2 de fontes combustíveis fósseis devem subir de 29,7 bilhões de toneladas em 2007 para 42,4 bilhões de toneladas em 2035, disse a Administração de Informações sobre Energia (EIA, na sigla em inglês) em seu relatório anual sobre as perspectivas energéticas de longo prazo.
Boa parte desse aumento vai ocorrer em países em processo acelerado de desenvolvimento, como China e Índia, onde se prevê que a demanda por eletricidade suba vertiginosamente. "Com crescimento econômico forte e forte dependência contínua de combustíveis fósseis previstos para a maioria dás economias não integrantes da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), dentro das políticas vigentes, boa parte do aumento projetado das emissões de dióxido de carbono ocorre entre esses países em desenvolvimento", diz o relatório da EIA.
Carvão - Na ausência de políticas nacionais para emissões e de acordos internacionais com força de lei para combater as mudanças climáticas, o consumo global de carvão está previsto para subir de 132 quatrilhões de unidades térmicas britânicas (BTUs) em 2007 para 206 quatrilhões de BTUs em 2035, disse a EIA.
Os países ricos e os países em desenvolvimento vêm encontrando dificuldade em acordar um pacto que reduza as emissões de gases estufa o suficiente para prevenir as estiagens, ondas de calor e enchentes previstas para ocorrer em função do aquecimento global.
A lei ambiental americana, que se encontra paralisada e que, se for aprovada, poderá ajudar a unir os países, enfrenta futuro incerto, já que tem a oposição de parlamentares de Estados produtores de carvão e petróleo. O país é o segundo maior emissor de gases-estufa no mundo, atrás apenas da China.

Reino Unido terá 1º comercial de clínicas de aborto na TV; veja vídeo

Folha Online
Uma organização que reúne clínicas onde são feitos abortos e que dá aconselhamento sobre o tema vai veicular um comercial nesta segunda-feira pela primeira vez na televisão britânica.
Assista ao vídeo da BBC
A campanha da Mary Stopes International, que lida com gestações indesejadas e abortos, tem o objetivo de aumentar a conscientização sobre a saúde sexual, segundo a organização.
O comercial de 30 segundos será mostrado na emissora Channel 4 às 22h10 do horário local (18h10 na hora de Brasília) e será repetido na programação até o fim de junho.
Ativistas antiaborto dizem que o comercial representa uma banalização da vida humana e que podem entrar na justiça contra sua transmissão.
"Apoio e conselhos"
No seu website britânico, a Marie Stopes diz ter nove clínicas de aborto em toda o Reino Unido.
O comercial não menciona a palavra aborto, mas pergunta "você está atrasada? (no seu ciclo menstrual)" e aconselha quem está enfrentando uma gravidez indesejada a procurar a linha de atendimento 24 horas da organização.
A Marie Stopes, que não tem fins lucrativos, diz que quem telefonar receberá "apoio, conselhos e serviços sem julgamento".
Em um comunicado, a organização diz que "no passado não estava claro se serviços de aconselhamento para gestações não planejadas podiam colocar anúncios na TV (...) Após uma consulta, nós descobrimos que é permitido sob a atual orientação porque nós somos uma organização beneficente e não comercial".
O órgão que controla a publicidade no Reino Unido, a Advertising Standards Agency (ASA), disse que faz muito tempo que organizações não-comerciais que fornecem serviços pós-concepção vêm sendo autorizadas a fazer comerciais.
Um porta-voz do órgão disse que "qualquer comercial que é veiculado precisa obedecer todas as regras relevantes do Código de Publicidade, que tem o objetivo de garantir que os anúncios não são enganosos e são socialmente responsáveis".
"Se os telespectadores tiverem preocupações sobre o conteúdo ou o horário de transmissão do anúncio, a ASA poderá considerar reclamações depois que o comercial for ao ar."
Números
Os últimos dados oficiais, de 2008, dizem que houve 195.300 abortos na Inglaterra e no País de Gales e 13.817 na Escócia.
A Marie Stopes diz que cerca de 80% dos abortos que fez em 2009 foram realizados graças ao sistema público de saúde, que pagou pelos procedimentos.
"Apenas no ano passado nós recebemos 350 mil ligações para nossa linha 24 horas. Claramente há centenas de milhares de mulheres que querem e precisam de informação e conselhos sobre saúde sexual e acesso a serviços", disse a presidente da organização, Dana Hovig.
"Nós esperamos que a nova campanha 'Você está atrasada?' incentive as pessoas a falarem sobre suas escolhas, incluindo o aborto, de forma mais aberta e honesta, e que dê poder para que as mulheres tomem decisões confiantes e informadas sobre sua saúde sexual", disse.
Legalidade
A porta-voz da organização antiaborto Life, Michaela Aston, disse que "permitir que provedores de aborto anunciem na TV, como se não fossem diferentes de fábricas de carro ou detergente, é grotesco".
"Sugerir que o aborto é mais uma decisão de consumo banaliza a vida humana e completamente fere o espírito da Lei do Aborto, de 1967, que deveria permitir um número pequeno de abortos legais em um número limitado de casos sérios, mas que vem sendo distorcida para permitir abortos em massa."
A Sociedade de Proteção de Crianças Não-Nascidas disse que está buscando aconselhamento sobre a legalidade do comercial.
O porta-voz da organização Anthony Ozimic disse que a "o enorme lucro multinacional da Marie Stopes significa que pode pagar para anunciar na TV, o que é muito caro".
"Isso cria um campo injusto, já que grupos pró-vida simplesmente não podem pagar por tais comerciais."
"Anúncios de aborto irão banalizar o aborto. É um insulto às centenas de mulheres feridas pelo aborto todos os dias. Esses anúncios são ofensivos e irão iludir os telespectadores sobre a realidade do aborto", disse Ozimic.

Economia em crise foi responsável por 44% de queda brusca no desmate

Folha Online
Punição a desmatadores ou desaquecimento da economia? Um estudo publicado hoje conclui que metade do mérito pela queda do desmatamento na Amazônia em meados desta década não é do aumento da fiscalização, mas sim da baixa no mercado de commodities.
Com uma série de comparações estatísticas, cientistas do Brasil e dos EUA calcularam que 44% da redução do desmate observada de 2004 a 2006 foi reflexo da economia fraca. O resto seria mérito de políticas governamentais.A criação de novas áreas protegidas fez 37% do serviço, e os 18% finais foram atingidos por meio de fiscalização e policiamento para coibir desmatamento ilegal _as chamadas políticas de "comando e controle".
Nesse período, o desmate anual caiu de 27 mil km² para 14 mil km². Embora a crise tenha sido o principal fator individual por trás da queda, a nova pesquisa comprova que o governo pode ter papel bem importante.
O novo estudo, liderado por Britaldo Soares-Filho, da Universidade Federal de Minas Gerais, traz outra boa notícia: os produtores que deixaram de desmatar em uma determinada área não migraram até outras regiões para cortar mais árvores.
VAZAMENTO TAPADO
Esse fenômeno, conhecido por economistas como "vazamento", comprometeria uma série de esforços para ajudar a combater a emissão de gases do efeito estufa. Mas não é o que está acontecendo, segundo o estudo de Soares-Filho e colegas, a ser publicado pela revista "PNAS", da Academia Nacional de Ciências dos EUA.
Muitos ambientalistas esperam que negociações internacionais aprovem a adoção de sistemas de negociação do tipo Redd (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal). Esse mecanismo prevê que países em desenvolvimento recebam compensação financeira por evitar o desmate, mas para isso é preciso "tapar o vazamento".
Segundo Soares-Filho, seu trabalho mostra que o objetivo foi cumprido. "A queda [do desmate] fora das áreas protegidas, foi proporcionalmente até maior do que a redução dentro dessas áreas", disse à Folha. "Isso implica que não houve vazamento."
Segundo o ecólogo Paulo Moutinho, coautor do trabalho, parte do segredo desse sucesso foi a criação de unidades de conservação próximas ao chamado arco do desmatamento _região no sul de Mato Grosso e oeste do Pará que marca a fronteira entre a floresta e as fazendas que avançam sobre ela.
"Não dá para o produtor rural deslocar o desmatamento de uma área de fronteira para uma área remota", diz. "O custo cresce muito."
LUCRO À FRENTE
Paulo Artaxo, físico atmosférico da USP que não participou do trabalho, diz ter ficado surpreso com o impacto das áreas protegidas. "Elas teriam o potencial de reduzir cerca de 8 bilhões de toneladas de carbono até 2050", diz. Seria equivalente aos EUA ficarem um ano inteiro sem queimar nem uma gota de combustível sequer.
Para Soares-Filho, a própria perspectiva do Redd já ajudou a controlar o desmate nos últimos anos: "Muitos fazendeiros têm expectativa de poder ter alguma remuneração pela conservação de suas florestas, e isso fez com que eles pensassem duas vezes antes de desmatar".
Segundo Moutinho, se o custo de implementação de todas as unidades de conservação for igual ao lucro ao qual a agropecuária renuncia por deixar de desmatar nelas, seu valor seria de US$ 147 bilhões. Não é muito, se dividirmos o valor entre os mais de 5 milhões de km² da Amazônia Legal. "Poderíamos vender isso no mercado em créditos [de carbono] por um valor muito maior", diz.

Do Blog: um ótimo exemplo para se ter a noção de como devemos ler vários veículos de informação. Se víssemos a informação da queda do desmatamento em um único jornal, pensaríamos que o governo está fazendo a sua parte, quando a verdade é outra.

Nível do mar na costa brasileira sobe 4 milímetros por ano

Revista GEO - Agência USP
Medições ao longo da costa brasileira indicam elevação do nível do mar que se acentua desde a década de 1960
Segundo dados coletados em portos ao longo da costa brasileira, o nível do mar está aumentando no Brasil cerca de 40 centímetros (cm) por século, ou 4 milímetros (mm) por ano (mm/ano). A constatação é do Laboratório de Marés e Processos Temporais Oceânicos (Maptolab) do Instituto Oceanográfico (IO) da USP que investiga as variações no nível do mar no litoral brasileiro, a partir de séries de medições que começaram em 1980. As análises dos dados são feitas por médias de variações diárias, médias sazonais e médias anuais do nível do mar, que permitem estimar a variação local de longo prazo.
O professor Afranio Rubens de Mesquita, pesquisador do Maptolab, explica que as medições de nível do mar dependem de um conjunto de variáveis tais como: a variação do volume de água doce presente no mar decorrente do degelo; a variação da salinidade da água; a variação de temperatura decorrente do aquecimento global; a variação vertical da crosta em relação ao centro da Terra; a variação devido aos ventos e outros fenômenos atmosféricos; a variação oceanográfica decorrente das ondas e correntes oceânicas; a variação astronômica, devido ao Sol e a Lua (marés) e o posicionamento das órbitas dos planetas (causador das Glaciações) em relação à Terra, entre outras variáveis.
As medições do nível do mar da Costa Brasileira são feitas em estações permanentes distribuídas ao longo da costa por diferentes instituições: Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), Diretoria e Navegação (DHN) da Marinha do Brasil, Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o IO, que realiza, além das medições permanentes nas estações de Cananéia e de Ubatuba, no litoral Sul do Estado de São Paulo, medições de caráter não permanente em oceano profundo, ao longo da plataforma continental.
As medições feitas pela equipe do professor Mesquita na região de Cananéia, e publicadas em 2009, mostram um movimento de afundamento vertical da crosta na ordem de 0,11 cm por ano. Isso faz com que o nível do mar suba em relação à crosta a 0,38 cm por ano. "A variação de 0,38 cm por ano é preocupante e ameaça as praias, talvez, de toda a costa brasileira", explica o pesquisador.
Outras séries de medições de nível do mar ao longo do litoral brasileiro indicam a mesma tendência de elevação de uma média de 40 cm por século, ou 4 mm por ano, que é mais evidente a partir dos anos 1960

Ilusão de optica - Vejam


segunda-feira, 24 de maio de 2010

Pobreza deixa marcas biológicas permanentes nas crianças, dizem cientistas

Folha Online
A pobreza pode deixar profundos e permanentes efeitos biológicos em crianças pequenas que, quando adultas, correm mais riscos de sofrer problemas de saúde e ter renda mais baixa, revelou uma pesquisa apresentada no último fim de semana em San Diego, Califórnia.
Cientistas americanos definiram "uma biologia da pobreza" entre adultos que passaram a infância em um ambiente de pobreza, principalmente entre aqueles que viveram na miséria antes dos cinco anos de idade, segundo o estudo publicado no domingo, na reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS).
"A pobreza tem o potencial de modificar profundamente a neurobiologia da criança pequena em desenvolvimento", e pode afetar diretamente toda a sua vida, afirma Greg Duncan, da Universidade da Califórnia.
A primeira infância é um "momento crucial para estabelecer a arquitetura do cérebro que dá forma ao futuro cognitivo, social e de bem-estar emocional da criança", explica o estudo.
"As crianças que crescem em um ambiente desfavorável mostram níveis desproporcionais de reação ao estresse, e isso é notado a nível de exames hormonais, neurológicos e de perfis epigenéticos", diz Thomas Boyce, da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá.
Para medir os efeitos socioeconômicos destes marcadores neurobiológicos da pobreza, os pesquisadores analisaram dados demográficos de 1.589 adultos nascidos entre 1968 e 1975, incluindo o nível de renda de suas famílias e os anos de educação alcançados, além de dados sobre sua saúde e antecedentes penais.
"Diferenças notáveis" foram percebidas entre as vidas adultas daquelas crianças, de acordo com o nível socioeconômico antes dos seis anos.
"Em comparação com crianças cujas famílias registravam renda pelo menos duas vezes mais alta que a linha de pobreza durante sua primeira infância, as crianças pobres tiveram dois anos a menos de escolaridade em média, trabalham 451 horas a menos por ano e ganham menos da metade", indica o estudo.
Estas crianças também receberam de adultos mais de US$ 800 a mais por ano em cupons de alimentos, e foram duas vezes mais propensas a ter uma saúde em geral deficiente ou altos níveis de estresse psicológico.
As crianças pobres também acabaram mais gordas que as ricas, assim como mais propensas a apresentar sobrepeso na vida adulta.
Além disso, homens pobres desde a infância têm o dobro de chances de serem presos, e as mulheres, seis vezes mais chances de se tornarem mães solteiras.
A pesquisa, a primeira com estas características realizada nos Estados Unidos, também demonstrou que se uma família pobre recebe US$ 3.000 por ano a mais por meio da assistência social do governo por ter um filho de menos de cinco anos, quando adulto esta criança ganhará 17% a mais e trabalhará 135 horas a mais por ano.
"Este estudo prova que as políticas de bem-estar social dirigidas a famílias americanas pobres com crianças pequenas produzem resultados palpáveis."
Segundo os autores do estudo, quatro milhões de crianças nos Estados Unidos viviam na pobreza em 2007.
Para Jack Shonkoff, da Universidade de Harvard, a pesquisa oferece "uma oportunidade magnífica para aprender mais sobre a biologia da pobreza, que pode ajudar a desenvolver novas ideias e mitigar o impacto da precariedade no emprego e proteger melhor as crianças pequenas".

Brasil se torna o segundo maior produtor de transgênicos do mundo

Folha Online
O Brasil se tornou, pela primeira vez, o segundo maior produtor de transgênicos no planeta, com 21,4 milhões de hectares plantados, segundo dados fornecidos pelo Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (Isaaa, na sigla em inglês) nesta terça-feira (23).
Com isso, o Brasil plantou 16% dos 134 milhões de hectares de transgênicos cultivados em 2009 no mundo.
No ranking, feito com dados relativos ao ano de 2009, o país ultrapassou a Argentina --cujo plantio chegou a 21,3 milhões de hectares-- e fica atrás dos Estados Unidos (com 64 milhões).
O crescimento brasileiro foi 35,4% maior em relação a 2008 (quando o país registrou 5,6 milhões de hectares).
"Trata-se do maior índice de crescimento entre os 25 países produtores de transgênicos, especialmente em razão da rápida adoção do milho transgênico", afirma a Isaaa, em comunicado.
A base de produtos geneticamente modificados plantados no Brasil reside na soja (71%), no milho (31%) e no algodão (16%), segundo a entidade.
Os principais Estados produtores que adotaram tecnologia transgênica são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Piauí, Maranhão e Tocantins.
"Em 2009, 14 milhões de agricultores plantaram 134 milhões de hectares de lavouras transgênicas em 25 países, bem acima dos 13,3 milhões de agricultores e 125 milhões de hectares (7%) em 2008. Notadamente, em 2009, treze dos quatorze milhões de agricultores, ou 90%, foram pequenos agricultores com recursos escassos em países em desenvolvimento", afirma o relatório da Isaaa.

Transgênico mata uma praga e traz outra

Folha Online
A adoção de uma variedade de algodão transgênico por fazendeiros chineses permitiu controlar as lagartas que são a principal ameaça a essa cultura, mas foi vítima de uma reviravolta ecológica: um percevejo outrora inofensivo virou praga.
Presente na China há mais de uma década e aprovado para uso no Brasil só em 2009, o algodão transgênico Bt desfrutou de algumas boas safras.
Agora, porém, a praga emergente afeta a produtividade do vegetal e se espalha também para o cultivo de frutas, afirma um estudo de cientistas da Academia Chinesa de Agronomia.
Em artigo na revista "Science", o grupo mostra que os algodoeiros Bt estão enfrentando problemas pelo motivo inverso ao qual vinham sendo criticados por ambientalistas.
Por muito tempo, transgênicos dessa variedade foram acusados de prejudicar insetos carismáticos, como a borboleta-monarca. Os percevejos mirídeos que viraram praga na China, porém, bem poderiam ter entrado nessa categoria antes.
As plantas Bt são resistentes a algumas pragas porque têm incorporado em seu DNA um gene da bactéria Bacillus thuringiensis, produtora de toxina letal para certos insetos. Percevejos mirídeos, porém, não são afetados pelos transgênicos.
"Antes da adoção do algodão Bt, um inseticida de amplo espectro contra [a lagarta] Helicoverpa armigera reduzia as populações de mirídeos; plantações de algodão atuavam como armadilhas sem saída", escrevem o cientista Yuyuan Go e seus colegas na "Science".
O grupo, porém, não defende que a solução para o problema seja uma volta ao uso de agrotóxicos químicos do tipo mata-tudo, que costumam gerar danos ambientais mais graves. A solução, dizem, é investir no "manejo integrado de pragas" para não ter de abrir mão dos benefícios que o Bt trouxe, como evitar pragas resistentes.
"No tratamento com inseticidas, às vezes é preciso usar três ou quatro tipos diferentes", afirma Olívia Arantes, geneticista da Embrapa Meio Ambiente especialista em Bt. Segundo ela, é improvável que o Bt também fosse se revelar uma solução para uso solitário.
Antes de ser incorporada aos transgênicos, a toxina da bactéria era borrifada diretamente nas plantas. O receio de as pragas evoluírem criando resistência ao Bt, segundo ela, é pequeno, pois existem muitas variedades da proteína que constitui a toxina, permitindo que os produtores se adaptem.
Na China, o algodão Bt teve tanto sucesso no fim da década de 1990 que se disseminou até conquistar 95% das fazendas dessa cultura. No Brasil, as estatísticas são incertas, porque esse transgênico começou a ser plantado de forma "pirata" antes da aprovação. Agora, as empresas Monsanto e Dow já podem comercializar a planta Bt. A Embrapa desenvolve novas variedades, ainda em teste.
Segundo Arantes, para o país se beneficiar dessa tecnologia, é preciso dar atenção ao estudo de interações ecológicas entre pragas, disciplina que lida justamente com efeitos como o ocorrido na China. "Essa é uma área de pesquisa que já está bastante ampla", afirma.

Nicolau Copérnico é enterrado de novo na Polônia, 467 anos depois

Folha Online - da France Press
O autor da teoria heliocêntrica Nicolau Copérnico, que teve os restos identificados recentemente, foi enterrado novamente neste sábado (22) na catedral de Frombork (norte da Polônia), 467 anos após sua morte.
Modesto em vida e morto antes de sua teoria ter sido publicada e reconhecida, o astrônomo, matemático, economista e médico foi também cônego em Frombork.
Ele havia sido sepultado na catedral em 1543 sem nenhuma indicação do local exato, como centenas de outros padres e leigos.
Há dois séculos cientistas poloneses, franceses e alemães tentam identificar seu túmulo.
"A história da descoberta é um verdadeiro romance policial", declarou à France Press o arqueólogo Jerzy Gassowski, professor octogenário do Instituto de Antropologia e Arqueologia de Pultusk (centro da Polônia), autor da descoberta, em 2005.
"Foi aqui que o encontrei", disse, apontando para uma placa de mármore nos pés do altar de Santa Cruz, um dos 16 altares levantados entre as colunas imponentes da catedral.
Uma hipótese sobre o local do altar do qual o cônego Copérnico possuía a guarda permitiu delimitar o campo das escavações.
No local, foram encontrados o crânio e os ossos de um homem setuagenário, confiados em seguida ao laboratório de polícia de Varsóvia (capital da Polônia). A idade estimada conferia com a de Copérnico, que morreu aos 70 anos.
As reconstruções virtuais do rosto mostraram também semelhanças impressionantes com os retratos existentes de Nicolau Copérnico.
Os testes de DNA dariam certeza. Mas os cientistas tiveram dificuldade de encontrar material genético de comparação.
Um livro descoberto na Suécia, porém, forneceu o último elemento necessário para a resolução do mistério. O livro, datado de 1518, é um manual que Copérnico usou durante a vida e que foi levado pelos suecos durante as guerras sueco-polonesas do século 18.
No livro havia alguns fios de cabelo. Análises feitas em laboratórios especializados da Suécia e da Polônia confirmaram o sucesso: dois fios entre os demais encontrados tinham as mesmas sequências do genoma do crânio de Frombork.
Os restos de Copérnico foram levados a cidades e aldeias polonesas antes de serem novamente enterrados na catedral de Frombork durante cerimônia.
Teoria heliocêntrica
Copérnico havia rejeitado a teoria geocêntrica de Ptolomeu, elaborando a sua própria, a heliocêntrica, relacionada ao duplo movimento dos planetas sobre si mesmos e em torno do Sol.
Sua obra mais célebre, que esteve na origem de uma revolução científica do século 18, "De revolutionibus orbium caelestium" (Da revolução das órbitas celestes), foi publicada após sua morte. Foi condenada pelo Papa Paulo 5º em 1616 como contrária à Bíblia.

Japão diz que não abrirá mão de caça científica de baleia

Folha Online
O governo japonês afirmou que não pretende encerrar seu programa de caça científica de baleias, mesmo que um acordo internacional para regulamentar a captura desses animais seja fechado no mês que vem.
A declaração foi dada pela embaixada japonesa, em resposta a perguntas da Folha.
O país que mais caça baleias no mundo afirmou, no entanto, que está considerando uma proposta para incluir observadores a bordo de sua frota baleeira e realizar exames de DNA nos animais capturados.
O objetivo das medidas é garantir que não haja caça além da quota e que não sejam capturadas espécies ameaçadas, como a baleia-azul (o maior animal que já habitou a Terra), ou cujos estoques não sejam conhecidos em alguns lugares, como a jubarte (espécie que dá "braçadas" no ar quando salta).
A adoção do esquema de vigilância é um dos grandes pontos de um acordo que está sendo negociado e que pode levar à liberação da caça, com limites.
A proposta é do chileno Cristián Maquieira, presidente da CIB (Comissão Internacional da Baleia). Será debatida no fim de junho, na reunião da CIB, em Marrocos, e é foco de negociações diplomáticas intensas.
Ela prevê que a captura de baleias seja liberada por dez anos e estabelece uma quota de captura global de algumas centenas de exemplares por ano.
Um ponto polêmico é dar ao Japão uma quota de 400 baleias minke ao ano na Antártida, que se reduziria a 200 após cinco anos. Hoje, o oceano Austral é oficialmente um santuário de baleias, mas o Japão se permite caçar 900 animais ao ano ali, sob a desculpa de "pesquisa científica" relatada à CIB.
Trata-se de uma forma que o país encontrou de driblar a moratória imposta pela CIB à caça comercial em 1986, denunciada ano após ano por vários países - o Brasil, inclusive - como caça comercial disfarçada. A carne de baleia do programa "científico" abastece restaurantes e mercados no país.
O acordo proposto por Manquieira prevê a eliminação, pelos seus dez anos de vigência, de "caça à baleia determinada unilateralmente sob permissão especial, objeções e reservas".
A formulação tem três endereços certos: "permissão especial" é o caso da caça japonesa; "objeções", da caça islandesa; e "reservas", da Noruega, segundo maior caçador _que mata metade do número de baleias que o Japão mata.
"O Japão não tem tal ideia", afirmou a embaixada, questionada sobre se o país consideraria pôr fim à pesquisa letal.
Segundo o governo japonês, a caça no oceano Austral e no Pacífico Norte acontece para "atender a objetivos científicos, como remover incertezas em torno dos dados científicos em relação aos recursos baleeiros, mas não para atender à demanda por carne".
Pressão total
Japão tem motivos para considerar a proposta de Maquieira: poucas vezes o país esteve sob pressão internacional tão forte para largar seu hábito de comer cetáceos.
A frota baleeira japonesa tem sido perseguida em águas antárticas pela ONG Sea Shepherd, que neste verão conseguiu impedir que ela cumprisse sua quota de captura. O embate levou à prisão de um ativista, que será julgado no Japão.
O governo da Austrália ameaçou neste ano adotar medidas legais contra o Japão caso o país não acabe com seu programa de caça científica.
Por fim, até Hollywood se engajou: neste ano, o Oscar de melhor documentário foi para o filme "A Enseada", de 2009, que denuncia o massacre de golfinhos no país. Para a embaixada, "o governo japonês não está em posição de dizer se ele teve ou não impacto negativo sobre a sociedade japonesa".

Físico pede 1 bilhão de euros para computador capaz de simular o planeta

Folha Online
Era outubro de 2008 e se prenunciava o cataclismo econômico global. Sentado em um fórum de ciência e política pública, o físico suíço Dirk Helbing teve uma epifania: por que não criar um supercomputador que, unindo áreas distintas do conhecimento, pudesse prever hecatombes desse tipo?
O marco zero da crise, a quebra do banco de investimento americano Lehman Brothers, acontecera um mês antes. "E era visível então que os economistas não sabiam o bastante a respeito e que sua abordagem não servia para detectar as interconexões no sistema", diz.
Para ele, um sujeito que foi da física à sociologia e usou ambos para desenhar sistemas de tráfego e detectar comportamentos de grupo, era óbvio que o que faltou em 2008 e outras tantas crises em outras áreas foi uma abordagem holística.
Helbing, do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, visualizou então um sistema que usasse regras da física para lidar com interações entre pessoas, variáveis ambientais e aquilo que as "colisões" entre elas gerarem.
Para tirar a ideia do papel, quer 1 bilhão em financiamento da União Europeia (o LHC, o superacelerador de partículas, consumiu já 9,4 bilhões, lembra ele).
O dinheiro servirá para construir um supercomputador com capacidade de buscar dados em redes sociais, publicações, na academia e, assimilando bilhões de variáveis, produzir modelos em que interajam agentes distintos (economia, política, clima, transportes e outros).
Mas também bancará a formação de uma megaequipe que una de engenheiros a especialistas em psicologia para trabalhar na "compreensão, integração e administração de sistemas complexos", no dizer de seu recém-publicado artigo.
ACELERAÇÃO
Ou: Helbing acha que a complexidade do sistema econômico e social hoje é tamanha que não pode ser tratada isoladamente por cada área de especialidade. "Unir comunidades diferentes vai acelerar a produção de conhecimento", diz. "E os valores são baixos se comparados com o que é gasto em física elementar. Isso deveria ser gasto no mundo dos vivos."
Só a união em grande escala de físicos e engenheiros com economistas, diz, poderá criar instrumentos úteis à tomada de decisões por políticos, industriais, acadêmicos e pessoas do mercado. Isso fortaleceria o sistema social e tornaria possível antever crises como a de 2008.
A ideia é colocar o "superacelerador de conhecimento" em ação em 2013 -se o financiamento vier (o megainvestidor George Soros já chancelou o projeto).
Indagado sobre se o projeto não vai gerar um número sem-fim de modelos (e impedir os tomadores de decisão de discernir qual se aplica à situação corrente), Helbing cita a divisão entre economistas e físicos.
Os primeiros preferem usar o maior número de variáveis possível. Os segundos preferem menos variáveis.Prevaleceriam os físicos, cujos modelos não lineares são melhores para detectar fenômenos como a crise.
O que não foi decidido ainda é onde basear os cientistas. Mas isso terá de esperar: Helbing está gastando seu poder de análise para decifrar o "complexo e em múltiplas etapas" sistema de financiamento da UE.

PAC prevê apenas 13% dos investimentos necessários para rodovias, diz Ipea

Folha Online
O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) atende apenas 13% da necessidade de investimentos em rodovias no Brasil. De acordo com estudo feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), são necessários R$ 183,5 bilhões para recuperar as estradas já existentes e construir novos trechos --o PAC prevê apenas R$ 23 bilhões.
Segundo o coordenador de Infraestrutura Econômica do Ipea, Carlos Campos, além de prever recursos insuficientes, o PAC apresenta problemas para execução, como a falta de projetos, dificuldade de licenciamento ambiental e paralisações do TCU (Tribunal de Contas da União).
"Dessa vez não é um problema de falta de recursos financeiros", afirmou.
De acordo com o estudo, desde 2009, a média anual de recursos públicos destinados ao setor rodoviário é de R$ 1,9 bilhão, contra R$ 9,2 bilhões da iniciativa privada.

Do Blog: Critiquem as privatizaçôes e deixem nas mãos dos lobos a administração do galinheiro.

Rolling Stones voltam ao topo da parada com álbum de 1972


Folha Online
Os Rolling Stones voltaram esta semana a ocupar o primeiro lugar da parada britânica pela primeira vez desde 1994. O grupo chegou ao topo neste domingo com o relançamento do disco clássico "Exile on Main St", de 1972.
O álbum, que já havia sido o mais vendido quando lançado pela primeira vez, voltou às lojas da Europa e dos Estados Unidos na última semana em versão especial comemorativa remasterizada.
Para o relançamento, o clássico foi ampliado com dez faixas bônus incluindo canções inéditas recuperadas das sessões de gravação no início da década de 70 e retrabalhadas pela banda em março deste ano.
Enquanto isso, os Stones voltaram a negar que o baterista Charlie Watts estaria deixando a banda. O boato foi criado por um site australiano, mas foi prontamente desmentido. "Ao contrário do que diz a notícia fabricada e mal informada publicada em um pequeno site de música da Austrália, gostaríamos de deixar claro que Charlie Watts não saiu dos Rolling Stones", informou um representante do grupo nesta segunda.

Um futuro revolucionário

O Estadão
A Technology Review, publicada pelo tradicional Massachusetts Institute of Technology (MIT), é a mais antiga revista de tecnologia do mundo. Desde 1899, ela vem apontando tendências para o futuro e, desde 2001, publica uma edição por ano para falar das mais promissoras tecnologias que tendem a despontar nos próximos anos. A lista é plural: pode ter tanto redes sociais quanto assuntos cabeçudos, como bioquímica ou astrofísica. A questão que a equipe sempre se pergunta antes de fazer a lista é se a tecnologia em questão tem ou não o poder de mudar o mundo.
“Gostamos de tecnologias que estejam surgindo (ou seja, genuinamente novas) e que resolvam problemas importantes ou até irresolúveis. Dessas, escolhemos aquelas façam isso de uma maneira especialmente inteligente ou elegante”, diz Jason Pontin, editor-chefe da publicação, em entrevista ao Link.
Na semana passada, a revista publicou as suas dez escolhas de 2010 (leia abaixo). Com certa arrogância adquirida em uma instituição que já teve 75 vencedores do Nobel, Jason diz que “essas dez são as dez mais importantes, porque nós dissemos que são”.
Os laboratórios mais inovadores podem, segundo o MIT, mudar a maneira como consumimos entretenimento (games 3D, TV social, programação na nuvem), o que colocamos nos nossos carros (combustíveis solares, energia fotovoltaica) e até como tratamos nossas doenças (implantes solúveis).
1. Games 3D portáteis
Hoje
Com Avatar e novos aparelhos de TV, o 3D aos poucos entra nas nossas casas. Porém, aparelhos móveis com essa capacidade ainda estão na fase de protótipo. O mais notório é o console portátil Nintendo 3Ds
Amanhã
Lançado na Coreia do Sul, o celular Samsung W960 conta com um software da Dynamic Digital Depth que converte imagens de 2D para 3D (sem precisar de óculos). Na vertical, as imagens parecem bidimensionais, mas na horizontal saltam da tela e ganham volume. Games já estão sendo adaptados para a plataforma.
2. Combustível solar
Hoje
Usamos apenas matéria orgânica – como cana, milho ou mamona – para produzir biocombustível.
Futuro
Com esse material, capaz de restituir tecidos, já são produzidas células específicas para testar como certos remédios agem no corpo. A empresa Cellular Dynamics já faz células do coração para a farmacêutica Roche.
3. Células-tronco para tudo
Hoje
Cientistas criaram células- tronco (chamadas de iPS) que podem se reproduzir muitas vezes e virar qualquer célula.
Futuro
Com esse material, capaz de restituir tecidos, já são produzidas células específicas para testar como certos remédios agem no corpo. A empresa Cellular Dynamics já faz células do coração para a farmacêutica Roche.
4. Televisão social
Hoje
Parte dos aparelhos de televisão já têm acesso à internet e alguns programas já contam com intervenções ao vivo de sites como o Twitter. No entanto, a promessa de uma televisão social, em que as pessoas possam opinar e comentar durante a exibição, ainda está só no discurso.
Futuro
A revista aposta que a TV tradicional vai se fundir com as redes sociais. A mudança é incentivada pelas próprias emissoras e por conglomerados de mídia que, aliando-se a sites como Twitter e Facebook, deixariam de ser trocados por eles.
5. Programando a nuvem
Hoje
A computação em nuvem, com suas promessas de armazenamento infinito, cada vez mais ganha terreno. Aplicativos como o Google Docs, por exemplo, já fazem muita gente aposentar programas como o Microsoft Word, o que deve ser reforçado com o sistema operacional do Google, o Chrome OS.
Amanhã
Programadores especializados na nuvem revolucionarão essa linguagem. Aplicativos acessarão automaticamente informações em tempo real, o que mudará a publicidade na rede. Se uma banda entrar nos trending topics do Twitter, por exemplo, lojas virtuais poderiam rastrear essas informações e instantaneamente colocar produtos relacionados a ela em destaque.
6. Implantes solúveis
Hoje
Implantes, eletrônicos ou não, são bastanteusados e espalhados por diversas áreas da medicina, No entanto, os equipamentos ainda são feitos de materiais não-biodegradáveis. Por isso, ainda é necessário passar por um processo invasivo tanto para colocá-los quanto para retirá-los.
Amanhã
Cientistas da Universidade de Tufts, nos EUA, desenvolvem implantes eletrônicos feitos de seda. Com eles, seria possível monitorar os sinais vitais de pacientes, dosar medicamentos, fotografar o corpo e usar as imagens em diagnósticos. Quando não fosse mais necessário, o equipamento dissolveria.7. Concreto verdeHojeOs 2,8 bilhões de toneladas de cimento feitos em 2009 causaram 5% das emissões de dióxido de carbono, que aumenta o aquecimento global.AmanhãCom óxido de magnésio acrescido na fórmula, o cimento pode absorver mais CO2 do que foi emitido na sua fabricação. De inimigo, passaria a combatente do aquecimento da Terra.
8. Agindo juntos
Hoje
Depois de algum tempo de tratamento, as células cancerígenas se tornam resistentes aos medicamentos e conseguem fugir deles. Essa ação exige que médicos misturem várias drogas para impedir isso.
Amanhã
A empresa Genetech juntou dois compostosque combatem o câncer: um barra a substância que faz o tumor crescer; o outro, a proteínaque estimula vasos sanguíneos a alimentá-lo. Esses anticorpos dobrados podem facilitar acura da doença.
9. Energia solar eficiente
Hoje
Células fotovoltaicas transformam a luz solar em energia elétrica. São mais baratas que painéis solares comuns, mas também menos eficientes.
Amanhã
Usando nanopartículas de prata, um novo material gera 30% mais energia que as células fotovoltáicas tradicionais.
10. Busca em tempo real
Hoje Tudo ainda é muito recente, mas as pessoas já se acostumaram a buscar por tweets através de hashtags e até o Google já aderiu.
Amanhã
Usando a geolocalização e outros critérios, o Google começa a ver quais os tweets e updates mais relevantes. O buscador classificará mesmo o conteúdo produzido em tempo real.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Sexo em lugares públicos: fetiche ou desejo incontrolável?

Portal GNT
Em fevereiro deste ano, na semana do Valentine´s Day (o Dia dos Namorados em países da Europa e da América do Norte), um restaurante canadense liberou os banheiros para os clientes fazerem sexo. Nos clubes noturnos de Londres, os banheiros são unissex e é comum que casais usem esse espaço para soltar a libido. Mas será que fazer isso em um lugar público onde seja permitido (ou, pelo menos, tolerado) não acaba com o prazer? Segundo a sexóloga Ana Claudia Simão, depende de cada um. “O inesperado também faz parte do pacote e é gostoso. Não é apenas uma questão do risco de ser apanhado em flagrante”, diz ela.
Para a produtora Y., fazer sexo em um lugar público é muito mais aproveitar o momento do que um fetiche. “Eu gosto, mas depende do parceiro. O ideal é que as duas pessoas curtam”, afirma ela. “Quando morei em Londres, por exemplo, sexo no banheiro da boate era mais uma questão de praticidade. Não tinha motel e nem sempre dava para dormir fora de casa”, lembra. “Sempre é mais descontraído fazer isso fora do Brasil. Aqui, as pessoas são muito preconceituosas”, lamenta.A libido não escolhe hora e lugar para se manifestarPara Ana Claudia Simão, o clima do lugar e o perfil dos frequentadores podem facilitar a liberação do desejo. “Em uma boate, você tem o ambiente, a música e as pessoas que encontra. Esses são alguns fatores que deixam as pessoas mais soltas”, explica ela. “Mas a libido não escolhe hora nem lugar para se manifestar: pode ser no banheiro, na escada do prédio, no elevador e até em uma esquina”, conta Ana Claudia.O publicitário X. é do tipo que adora surpreender e ser surpreendido. “Não é que eu só faça sexo em lugares públicos, mas poder satisfazer uma vontade que surgiu de repente é muito bom”, garante ele. “Já parei o carro no acostamento de uma pista movimentada, de madrugada, porque o clima esquentou, e minha namorada já me puxou para vários cantinhos sem que eu esperasse. Isso dá um tempero na relação”, revela ele.

Conheça as mulheres cougar, que aproveitam a vida intensamente

Portal GNT
Os 40 são os novos 20” é o lema de muitas mulheres que completam – ou ultrapassam – quatro décadas de vida. Depois de conquistar a independência emocional e financeira, boa parte delas escolhe aproveitar o mundo e se relacionar com homens bem jovens. Nos Estados Unidos, essa parcela da população é chamada de cougar (puma) e inclui celebridades como Madonna, que namora o modelo brasileiro Jesus Luz, e Demi Moore, casada com Ashton Kutcher, 16 anos mais novo. “Quando a mulher se emancipa e ocupa o lugar social do homem, tende a repetir o modelo existente nas relações, regidas pelo poder que um exerce sobre o outro”, explica a sexóloga Sheiva Rocha.
Para Sheiva, a atração das mulheres cougar por homens mais novos está ligada ao fascínio de ambos os lados. “Generalizando, elas se encantam com a juventude e o vigor, adorando a sensação de superioridade, enquanto eles gostam de estar com alguém que admiram, seja pelas conquistas sociais, financeiras ou pessoais”, afirma ela. “O desafio das mulheres contemporâneas é como ser autônoma sem perpetuar o modelo masculino já consolidado”, acredita a sexóloga.Recentemente, uma reportagem do jornal The New York Times mostrou que o Google causou polêmica ao proibir em seu sistema de buscas anúncios de sites de relacionamento que usassem a palavra cougar, classificando seu conteúdo como impróprio, mas manteve páginas nas quais homens mais velhos podem encontrar parceiras mais jovens. De acordo com Sheiva, iniciativas como essa refletem o preconceito enfrentado pelas mulheres, apesar de todos os avanços. “A sociedade ainda é muito machista”, lamenta ela.Mas, com preconceito ou não, as cougar estão dando o que falar até na ficção. Que o digam Carrie (Sarah Jessica Parker), Samantha (Kim Cattrall), Charlotte (Kristin Davis) e Miranda (Cynthia Nixon), as quarentonas poderosas do filme ‘Sex and the City 2’. Na Grã-Bretanha, Annette Warburton, compradora-chefe da rede varejista Debenhams, atribui à influência dessas personagens o aumento da procura de peças sensuais de lingerie por mulheres de 40 anos ou mais.

A lista dos brasileiros que venceram a Liga dos Campeões da Europa

Blog do PVC
O Bayern tem a chance de se tornar o primeiro campeão da Liga dos Campeões sem jogadores brasileiros desde 2005, quando o Liverpool bateu o Milan nos pênaltis. Nos últimos 11 anos, só o Liverpool e o Manchester United, de 1999, A lista de brasileiros vencedores no principal torneio de clubes do planeta é extensa. Começa com Didi (foto). O armador passou pelo clube espanhol na temporada 1959/60 e fazia parte do elenco, mas não entrou em campo na Copa dos Campeões. Jogando mesmo, o primeiro foi Canário, ponta-direita contratado do América, onde foi vice-campeão carioca em 1955.A relação chega a Daniel Alves e Sylvinho, campeões pelo Barcelona em 2009. São 32 nomes, excluindo Didi da lista, por não ter entrado em campo. Veja abaixo a lista, que pode ser acrescentada por Júlio César, Maicon, Lúcio e Thiago Motta.

CAMPEÕES BRASILEIROS DA CHAMPIONS LEAGUE
Didi – Real Madrid, 1960
*Canário - Real Madrid, 1960
Dino Sani – Milan, 1963
Mazzola – Milan, 1963
Jair da Costa – Internazionale – 1964 e 1965
Sormani – Milan – 1969
Juary – Porto – 1987
Celso – Porto – 1987
Casagrande – Porto – 1987
Júlio César – Borussia Dortmund – 1997
Roberto Carlos – Real Madrid – 1998, 2000, 2002
Sávio – Real Madrid – 2000
Élber – Bayern, 2001
Paulo Sérgio – Bayern – 2001
Flávio Conceição – Real Madrid – 2002
Dida – Milan – 2003, 2007
Roque Júnior – Milan – 2003
Rivaldo – Milan – 2003
Serginho – Milan – 2003, 2007
Deco – Porto, 2004, Barcelona, 2006
Derlei – Porto, 2004
Carlos Alberto – Porto, 2004
Bruno Moraes – Porto, 2004
Ronaldinho Gaúcho – Barcelona, 2006
Belletti – Barcelona, 2006
Thiago Motta – Barcelona, 2006
Silvinho – Barcelona, 2006, 2009
Edmílson – Barcelona, 2006
Kaká – Milan, 2007
Cafu – Milan, 2007
Ricardo Oliveira – Milan, 2007
Anderson – Manchester United – 2008
Daniel Alves – Barcelona - 2009
* Não entrou em campo em nenhuma partida.

Entrevista com Maicon

Blog do PVC
Maicon disputou 51 jogos somando Série A, Copa Itália e Champions League. É o terceiro jogador com maior número de partidas na Internazionale, na temporada 2009/10. Perde apenas para Javier Zanetti, com 54 jogos, Júlio César, com 53. Mas falta um. Eliminado nas três últimas temporadas da Champions League em fases precoces, o lateral fala nesta rápida conversa, por telefone, sobre o que mudou na Inter para chegar forte à decisão. Projeta o título e diz que o desgaste dos 51 jogos não vai afetar seu bom desempenho na Copa do Mundo.

PVC – O Lúcio diz que o ponto de virada da campanha na Champions League foi o sorteio contra o Chelsea. Você concorda?
MAICON – Concordo. Na hora do sorteio, muita gente tem reação diferente. Ao mesmo tempo em que o nome do adversário, um dos mais poderosos do planeta, assusta, dá a exata noção de que você pode crescer muito se conseguir eliminá-lo. Foi isso o que aconteceu conosco. A eliminação do Chelsea nos deu muita força.
PVC – E como foi a vitória?
MAICON – Olha, muita gente não acreditava na gente, quando saiu o sorteio. O discurso era esse mesmo, que íamos enfrentar um dos favoritos á Champions League. Então, conseguimos vencer em Milão, como muita gente duvidava. Levamos a vantagem para a Inglaterra e muitos seguiram não acreditando. Conseguimos vencer lá também. Isso foi muito forte.
PVC – Você jogou no Monaco, time que chegou à decisão da Champions League nesta década. O que faltava à Inter para superar as quartas-de-final, ou as oitavas, onde caiu nos dois anos anteriores?
MAICON – Faltava confiança. E foi isso o que a vitória sobre o Chelsea trouxe. Passamos a ter a certeza de que éramos tão fortes quanto qualquer outro adversário que nos enfrentasse a partir dali. Temos um time muito forte, grandes jogadores.
PVC – Apesar de jogar com três atacantes, o Mourinho sempre monta times de defesas muito fortes. Como se treina isso?
MAICON – É posicionamento. Uma partida em que mostramos como é forte nossa defesa foi contra o Barcelona. Imagine, perdemos um jogador de meio-de-campo, um dos mais importantes do sistema defensivo e passamos o jogo inteiro segurando o ataque do Barcelona. Foi uma partida impressionante. Para nós, Júlio César, Lúcio e eu, é um pouco mais fácil o entrosamento, porque jogamos juntos tanto na Inter, quanto na Seleção Brasileira.
PVC – Você é o terceiro jogador com maior número de partidas na temporada, abaixo apenas do Júlio César (53) e Zanetti (54). Isso vai atrapalhar na Copa?
MAICON – Não vai atrapalhar, não. Estou muito seguro de que fisicamente vou chegar bem.. Também teremos um período razoável de preparação e o Paulo Paixão sabe entender que os que estão no fim de uma temporada tão desgastante precisam de um trabalho diferenciado. Isso vai acontecer.
PVC – Você tem conversado com o Paulo Paixão?
MAICON – Desde a última convocação, não. Mas na convocação, ele me passou uma série de recomendações sobre como eu deveria me comportar para chegar bem ao Mundial, incluindo aí a possibilidade de chegarmos à final da Champions League. Cumpri tudo à risca. Estou certo de que a Copa será ótima.

Do blog do Reinaldo Azevedo

A Teoria da Bravata é uma releitura de Max Weber à luz do “companheirismo”: quem está no poder se orienta pela Ética da Responsabilidade; quem está fora, pela Ética da Oportunidade. É incrível que esse troço tenha prosperado. Mas prosperou. E seduz outros tantos para os quais a convicção é só um momento de falência do oportunismo. Que bode!

Madeira apreendida pelo Ibama vira monumento em Curitiba

Monumento inaugurado em Curitiba representa harmonia entre progresso e preservação (Foto: João Borges/Assessoria de Comunicação da PUC-PR)
Portal G1
Obra foi construída com espécies nativas de pinheiro e eucalipto.Monumento representa harmonia entre progresso e preservação.Um monumento construído com eucalipto de reflorestamento, espécies nativas de pinheiro, do Paraná, e de mogno, da Amazônia, apreendidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), foi inaugurado, nesta semana, em Curitiba.
A obra “Tecnologia para o Desenvolvimento com Sustentabilidade e Respeito ao Meio Ambiente”, inaugurada no campus Curitiba da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, comemora os 50 anos do reconhecimento da universidade pelo Governo Federal.
O monumento, de acordo com a universidade, representa a harmonia entre progresso e preservação do meio ambiente.

20 anos sem o Maluco Beleza

Revista Época
Ele não nasceu há dez mil anos atrás - se ainda estivesse cantando e tocando, teria nascido há 64 anos. Na sexta (21), completam-se 20 anos desde a morte de Raul Seixas, que deixou um legado musical incomparável e uma grande legião de fãs mais incomparáveis ainda. Baiano de nascença e morador do Rio por alguns anos, Raul viveu em São Paulo nos últimos anos de vida. Entre lançamento de livro e peça de teatro, selecionamos cinco eventos em tributo ao maluco beleza que ocorrem na cidade. Passeata: 20 anos sem Raul Na sexta (21), a congregação de fãs começa por volta das 13h em frente ao Teatro Municipal. De lá, a passeata segue em direção à Catedral da Sé, às 18h, passando pelo Viaduto do Chá. Essa caminhada “raulseixiana” já acontecia como homenagem ao artista antes de sua morte. Nesse ano, é estimada a presença de 20 mil pessoas, incluindo turistas dos EUA e do Japão. “Isso virou uma data sagrada. Independente da temperatura e da data da semana a gente está lá”, afirma Sylvio Passos, fundador do fã clube Raul Seixas Rock Club e amigo do músico.


Exposição: Raul Seixas – O Prisioneiro do Rock

A mostra, que acontece no Museu Afro Brasil, reúne 30 fotografias em preto e branco do roqueiro tiradas por Ivan Cardoso, que o conheceu em 1977. A seleção foi feita entre 400 imagens captadas, nove delas com intervenções coloridas do artista. Além das fotos, oito capas de discos e dez livros editados sobre Raul estarão expostos. Museu Afro Brasil. Av.Pedro Álvares Cabral, Pavilhão Manoel da Nóbrega, portão 10, Ibirapuera, 5579-8542. Terça a domingo, 10h/17h. Grátis. Abre sexta (21). Até 27/9.

Peça: À Espera do Trem das 7

Na peça de teatro assinada e encenada pelo ator pernambucano Samuel Luna, tudo se passa entre a hora da morte de Raul e a hora em que seu corpo foi encontrado. Traz no repertório 16 músicas de músico, com o acompanhamento do pianista Leonardo Siqueira. “O Raul Seixas morreu em São Paulo. Foi o lugar onde ele viveu durante anos. É uma cidade que tem uma ligação muito forte com a obra do Raulzito. A maior concentração de fãs e pessoas importantes na vida do Raul Seixas estão aqui”, afirma Luna, que chega à São Paulo depois de uma temporada por cidades nordestinas. Teatro Commune (83 lug.). R. da Consolação, 1218, Centro, 3476-0792. Sexta (21), 21h; sábado, 18h; domingo, 16h. R$ 30. Bilheteria: quarta a domingo, 16h30/22h. Livro: Raul Seixas – Uma Metamorfose Ambulante A obra da editora B&A é resultado de uma parceria entre os autores Mario Lucena, Laura Hokan e Igor Zinza e será lançado na Galeria do Rock, no sábado (22) a partir das 13h. A publicação traz como brinde o CD “Alquimia”, da compositora e cantora portuguesa Carina Freitas, que compôs uma canção em homenagem a Raul. A Galeria ainda armará um palco para apresentações de covers e tributos espontâneos de quem estiver por lá. Galeria do Rock. Rua 24 de Maio, 116, Centro.

Show: Toca Raul! O Sesc Santo André faz um tributo ao cantor com apresentações de Paulo Mano, que há mais de 15 anos se dedica a interpretar suas canções, dos grandes clássicos às menos conhecidas. Ele é acompanhamento da Banda Novo Aeon.

Sesc Santo André. Rua Tamarutaca, 302, Vila Guiomar,Santo André, SP, 4469-1200. Domingo (23), 16h. Grátis.

Conheça a Igreja Invisível, inspirada em Raul Seixas

Revista Época
Busca por estados alterados de consciência é feita com chá de gengibre. Organização está envolvida na luta antimanicomial

A casa de número 854 da rua Tonelero virou um intrigante mistério para a tradicional vizinhança da Vila Ipojuca, na Lapa. Com todas as janelas da extensa fachada vedadas, as únicas pistas do que acontece ali estão sobre a porta principal: um enigmático endereço do site Igreja Invisível.com, ao lado de uma estrela de oito pontas e a chave que Raul Seixas imortalizou como o símbolo da Sociedade Alternativa. No poste de luz em frente, desenhos do músico deixam a coisa ainda mais sinistra para quem já ouviu falar de sua a ligação com rituais de magia negra. Com nome inspirado na música “Pastor João e a Igreja Invisível”, a ii, como seus membros a chamam, também pode ser considerada um caminho alternativo. “As religiões tradicionais tentam sempre nos transformar no que a gente não é”, dá uma pista a atriz e publicitária Valéria Calado, que pertenceu ao Santo Daime antes de fundar a Igreja Invisível, em dezembro de 2007. A ideia de "terceira via" também é sugerida nos versos do hino inspirador: “Eu não sei se é o céu ou o inferno/ Qual dos dois você vai ter que encarar/ E foi para não lhe deixar no horror/ Que eu vim para lhe acalmar”, escreveu Raul Seixas. No último sábado (22), dia seguinte ao aniversário de 20 anos da morte do cantor, o grupo se reuniu para o que chamam de "experiência invisível", principal cerimônia da entidade. “É uma busca de estados alterados de consciência, cada pessoa experimenta o seu”, tenta explicar Valéria. É bom deixar claro que eles não usam nenhuma droga. “O único chá que vamos servir é de gengibre”, brinca a presidente da ii. Apesar de não se ater muito a rituais religiosos, a ii tem as portas abertas como às de qualquer igreja. E quem superar a desconfiança e tocar a campainha vai ver que não há nada de macabro ali dentro. Mas, desta vez, o mistério se fez mais claro para a vizinhança, que conseguia espiar parte da cerimônia na garagem da casa: “Por causa da gripe suína, vamos fazer a experiência invisível aqui fora ", explica Dennis Brandão, marido de Valéria. Instalada quase em frente a tradicional igreja de Santo Antonio do bairro desde o início do ano, a Igreja Invisível não segue nenhum preceito religioso – apesar de seus membros se definirem como cristãos e negarem ser agnósticos. Mistura de centro cultural e espaço terapêutico, a entidade está envolvida na luta antimanicomial e comanda ações sociais para portadores de doenças mentais. “Ninguém melhor que o Maluco Beleza para ser o mentor do nosso projeto", resume Dennis.

Uma das iniciativas sociais da ii, que tem uma mini produtora de audiovisual no espaço, é o Projeto Carrano, em homenagem ao escritor Austregésilo Carrano, autor do livro Cantos dos Malditos, adaptado para o cinema no filme Bicho de Sete Cabeças, de Laís Bodanzky. “ Ele foi uma vítima do sistema manicomial e da indústria farmacêutica", protesta Dennis, que era amigo do escritor, e usou seu nome para batizar o projeto de produzir dez curtas metragens protagonizados por pessoas com algum transtorno mental. Travestido de Raul, era ele quem comandava a experiência invisível aquele dia – na ausência de João, o encarregado de fazer as honras de pastor, tal como na música. “Ao final de quatro encontros teremos o personagem invisível, vamos conhecer o seu semblante. Tirem suas máscaras”, orientava Dennis, mesclando as técnicas de suas aulas de teatro com cromoterapia e música, enquanto alguns membros cuidavam dos preparativos, cortando os papéis do santinho invisível e incensando o ambiente.

Barulho das igrejas supera o dos bares e gera o site Deus não é Surdo

Revista Época
O site Deus não é surdo (http://www.deusnaoesurdo.com.br/), criado em 2006, é um exemplo. Com o slogan "Seja um crente decente, não grite no ouvido da gente" e mais de um milhão de acessos, o endereço reúne relatos de pessoas obrigadas a conviver com o barulho gerado pelas igrejas.
Os criadores do site, o analista de sistemas Leandro Zavitoski e seu irmão, Mário Luis Zavitoski Júnior, sabem exatamente como é morar ao lado de uma igreja que supera os 65 decibéis permitidos por lei para áreas mistas da cidade - que abrangem estabelecimentos comerciais e residências.

Site mostra imagens aéreas da cidade há 50 anos e hoje - compare

Revista Época
Com imagens feitas em 1958, Geoportal permite fazer uma comparação com a São Paulo do século XXI
Já imaginou como era a rua e o bairro onde mora há 50 anos? A máquina do tempo que permite ver a São Paulo de 1958 está disponível no site Geoportal. Ao todo são 200 fotografias aéreas que formam um mosaico que obedeceu padrões matemáticos e cartográficos, para que um mapa da cidade fosse produzido na década de 50.
No portal é possível ainda comparar os locais com o ano de 2008, já que os mesmos espaços foram fotografados nesse período. “É uma oportunidade de observar como eram os locais onde nascemos, passamos a nossa infância, moramos e trabalhamos”, diz Wagner Pacífico, diretor de Marketing da Multispectral. O Geoportal conta também com fotos de Guarulhos, Osasco e Grande ABC. A proposta não se encerra em 1958. O portal irá disponibilizar em breve imagens aéreas de São Paulo nas demais anos para fazer uma análise temporal de como a cidade se modificou em meio século. “Esse trabalho apenas começou. Nosso objetivo é ter uma informação da cidade de São Paulo por década”, conta Valdir Grossi, sócio-diretor da Multispectral.

Projeto quer capacitar (e colorir) o Capão Redondo

Revista Época
Moradores do Parque Santo Antônio serão capacitados como pintores e terão a responsabilidade de dar novas caras e cores à região
Em julho, o Capão Redondo estará mais colorido. E tudo graças a seus moradores. O designer e arquiteto Marcelo Rosenbaum criou o projeto A Gente Transforma, que propõe melhorias sociais à comunidade do Parque Santo Antônio (Capão Redondo) por meio da arte, da capacitação profissional e - por que não? -, das cores. Moradores da região serão capacitados como pintores e encarregados de pintar as casas da região do Campo do Astro, a única área de lazer do bairro. “A iniciativa desperta o entendimento de que também depende dos próprios moradores essa formação”, afirma Rosenbaum. "Trata-se mais de uma transformação humana, e não arquitetônica.”

Em 2003, o arquiteto Ruy Ohtake fez algo parecido pela cidade. Ele pintou as fachadas de casas da favela de Heliópolis, zona sul de São Paulo, e construiu uma biblioteca. Rosenbaum diz que, embora parecidos, os projetos têm suas diferenças. “Nós queremos descobrir talentos, por isso os moradores terão liberdade escolher as cores e formas que irão pintar.”
A iniciativa já era uma ideia na cabeça de Rosenbaum, mas tomou forma quando o designer conheceu a Casa do Zezinho, ONG vencedora da terceira edição do Projeto Generosidade. “Conheci a Tia Dag (fundadora do projeto), uma pessoa encantadora, que me apresentou o Parque Santo Antônio, com toda sua carência e necessidade de transformação”, diz.

Evento debate o uso medicinal da maconha

Revista Época
Liberdade de expressão, segurança pública e uso medicinal da planta serão debatidos por diversas entidades

Segundo estimativa das Organizações das Nações Unidas, cerca de 162 milhões de pessoas ao redor do planeta consomem maconha ao menos uma vez por ano. Proibida no Brasil desde 1932, por decreto do presidente Getúlio Vargas, o cultivo, comércio e consumo das plantas do gênero Cannabis foram transformados em crime, havendo também severas restrições ao seu uso como medicamento. Visando debater sobre liberdade de expressão, cultivo como alternativa ao tráfico, uso medicinal, livre arbítrio e direito de uso, a Matilha Cultural, em parceria com o grupo Growroom promove, nesta quarta-feira (19/05) das 15h às 19h, o ciclo Abrindo o Debate da Cannabis no Brasil.

As bancas serão formadas por profissionais de diversas áreas o que, segundo Sérgio Vidal, organizador ligado à Matilha Cultural, atesta a intenção de reunir pessoas com vários discursos e diferentes pontos de vista para uma conversa séria. “A ideia é justamente não ter só ativistas, mas também pessoas ligadas à academia, ou conselhos sobre drogas. Por exemplo, teremos uma psicóloga da USP e autora de um livro sobre o tráfico. Além de Renato Filez, formado em biomedicina com doutorando em farmacologia”, enumera Vidal. O evento também contará com a participação de advogados, estudiosos e dirigentes ligados a órgãos como o Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (Ibccrim), do Conselho Nacional de Políticas contra Drogas (Conad), da ONG Viva Rio e do coletivo Marcha da Maconha.

Um dos assuntos a ser destacado é a criação da Agência Brasileira da Cannabis Medicinal, que atuaria como um órgão regulador, possibilitando a implantação de tratamentos medicinais feitos a base da maconha. “É uma recomendação da ONU, segundo a qual todo país que queira usar a Cannabis como remédio precisa ter uma agência para fazer a regulamentação sobre distribuição e produção da droga. Outra função dela seria garantir que o paciente use uma droga de qualidade, para ele poder se tratar”, explica William Lantelme, do grupo Growroom. Em países como Inglaterra, Holanda e Canadá a droga é utilizada para amenizar efeitos da quimioterapia no tratamento de diversos tipos de câncer e diminuir a dor de pacientes com doenças crônicas, seja na forma de spray, cápsula ou da planta in natura. No Brasil, isso ainda não é possível por limitações da legislação vigente. Mesmo reprimida, as espécies de Cannabis são plantadas no mundo há mais de 15 mil anos e o narcotráfico tornou-se um dos maiores desafios a ser enfrentado por muitos governos. A diretora da Matilha Cultural, Rebeca Lerer, afirma que o ciclo servirá para “abrir o debate, pois a política brasileira está defasada e a sociedade sofre os efeitos da violência provocada pela criminalização da Cannabis. Essa discussão, na realidade, é para debater o antiproibicionismo, que seria o uso regulamentado da droga. É também um debate sobre a segurança pública e está relacionado aos direitos civis e da sociedade. A intenção é criar um espaço neutro tanto para o público que vai assistir pela internet, quanto o que estará presente”. Os sites http://www.matilhacultural.com.br/ e http://growroom.net/ transmitirão o evento em tempo real. A partir das 19h30 haverá ainda a exibição dos filmes O Sindicato – o negócio por trás do barato (2007) e Esperando para tragar – A vida de pacientes não-regulamentados de Cannabis (2005). O ciclo de palestras precede a Marcha da Maconha, que será realizada neste sábado (23), a partir das 14h. A caminhada acontece no Parque do Ibirapuera e pede mudanças na legislação, especialmente em relação ao consumo de drogas ilícitas. O evento ocorre desde 2008 e reuniu uma média de 200 pessoas por edição. Marco Magri, um dos organizadores, atribui o baixo número de participantes ao alto contigente de policiais destacado para acompanhar o protesto. A manifestação, que seria realizada inicialmente em fevereiro deste ano, foi reprimida pelo Ministério Público, sob alegação de que os manifestantes fariam o uso da droga durante o ato, como haviam combinado por meio de sites de relacionamento.

Confira a programação completa no site da Matilha Cultural
Abrindo o Debate da Cannabis no Brasil. Quarta-feira (19/05), das 15h às 21h30. Matilha Cultural: Rua Rêgo de Freitas, 542, tel. 3256-2636. Metrô República e Anhangabaú. Grátis

Cachaça é uma das bebidas mais produzidas?

Portal Terra
Segundo dados do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), o país possui cerca de 40 mil produtores da bebida, com cerca de 4 mil diferentes marcas de cachaças disponíveis no mercado. Dos 40 mil produtores, 99% são microempresas, que majoritariamente utilizam pequenos alambiques de cobre na produção artesanal de cachaça. As grandes empresas, que respondem pelo 1% restante, produzem a cachaça em grandes destiladores de coluna.
Os dados do Ibrac apontam ainda que a produção do mais famoso destilado nacional é de 1,2 bilhão de litros por ano. Este volume coloca a cachaça brasileira entre as bebidas destiladas mais consumidas no mundo, mesmo considerando que a exportação do produto gira em torno de apenas 1% do total produzido. Ou seja, aqui fazemos, aqui bebemos!
Segundo o Centro de Referência da Cachaça no Brasil, a bebida corresponde a 86% do mercado de destilados no país; seguido, de longe, pelos brandies e conhaques, com 6% do mercado; uísque, com 4%; vodcas, com apenas 2%; e os 2% restantes divididos entre os demais destilados.
Já se considerarmos o mercado brasileiro de bebidas alcoólicas como um todo, incluindo os fermentados, como vinhos e cervejas, a cachaça garante a segunda posição nos copos dos consumidores brasileiros, ficando atrás apenas da cerveja. Segundo dados da Associação Brasileira de Bebidas, (Abrabe), a cerveja detém 88,8% do mercado de bebidas alcoólicas no Brasil. A cachaça, sozinha, leva 6,6% do bolo, enquanto todas as demais categorias juntas somam 4,6% do mercado de bebidas alcoólicas.

Brasil consome mais café do que cerveja?

Segundo dados da Organização Internacional do Café (OIC), o Brasil é o maior produtor mundial de café, tendo produzido em 2008 quase 46 milhões de sacas de 60 quilos. Este volume de produção equivale a pouco mais de 34% da produção mundial de café.
No mesmo período, a OIC apurou que o Brasil exportou 29,5 milhões de sacas, garantindo também a primeira posição no ranking mundial de exportadores do produto. Com esse volume exportado, o país detém mais de 30% do mercado mundial de café.
Já no quesito consumo per capita, o maiores bebedores de café são os povos nórdicos, que consomem 13 kg de grãos por habitante ao ano, enquanto o brasileiro, segundo dados de 2009 da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), consome 5,8 kg de grão cru per capita, o que equivale à 4,65 kg de café torrado, o mesmo que 78 litros da bebida preparada ao ano. Este volume supera o consumo nacional de cerveja, que, pelas contas do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), fica em torno dos 50 litros per capita ao ano.

Você sabia que há 9 mil anos produzimos bebida alcoólica?

Portal Terra
Segundo relata Iain Gately em Drink: a cultural history of alcohol (Gotham Books, 2008), datações de material encontrado em um sítio arqueológico no norte da China revelou que há mais de 9 mil anos o homem já transformava intencionalmente parte de sua produção agrícola em bebida alcoólica. Porém, não há como saber ao certo qual seria a bebida produzida naquele período, ou melhor, ela não corresponderia a nada parecido com que consumimos hoje. Esses primeiros indícios vieram de um jarro, cuja análise revelou resíduos de guarda de um fermentado de arroz, mel e frutas, entre elas uvas.
Dois mil anos mais tarde, por volta do ano 5.000 a.C., em uma região entre o Mediterrâneo e o Golfo Pérsico, o homem já cultivava áreas específicas visando à produção de bebidas alcoólicas. As análises em jarras de cerâmica deste período demonstram que a bebida, neste caso, era vinho. As quantidades de jarras descobertas em cada uma das diferentes edificações da região revelam que o vinho teria tido um papel significativo na dieta daquela população. Todavia, aponta Gately, é muito provável que o vinho fosse um subproduto da transformação que o home impunha às uvas. Na verdade, a intenção seria preservar as frutas após a colheita, e a fermentação alcoólica teria sido a melhor forma de fazê-lo.

Prédio quer testes de DNA em cocô para multar donos de cães

Portal Terra
Moradores de um condomínio de luxo na região de Inner Harbor, em Baltimore, no Estado de Maryland, querem realizar testes de DNA nos cães para punir os proprietários que não retiram as fezes dos seus animais de estimação no pátio do prédio. A proposta ainda está sendo analisada pelo conselho de moradores do Scarlett Place, mas um laboratório pode ser contratado em breve pra detectar a procedência dos dejetos. As informações são do jornal local The Baltimore Sun.
O conselho deve decidir a questão em uma reunião nesta quarta-feira. O proprietário que for identificado teria que pagar uma multa de US$ 500 (cerca de R$ 917). "É absolutamente ridículo", disse Richard Hopp, um advogado que mora no prédio há quatro anos e é dono do cão Sparky. "Sinto que estou vivendo em um episódio de Seinfeld".
Steve Frans, outro morador do condomínio, é favorável à iniciativa. "Nós pagamos todo esse dinheiro e ainda vivemos pisando em fezes de cachorro. Trazemos convidados aqui e assim eles são recebidos", afirmou ao jornal americano. "Algumas pessoas acham que é engraçado. Mas esta (proposta) parece ser uma maneira razoável e objetiva de dizer: 'Este é o seu cocô, você é responsável'", completou.
Segundo os proprietários favoráveis à proposta, o problema precisa de uma solução urgente, pois chegou a um ponto que excrementos de cão já foram encontrados até dentro do elevador.

Homens mentem mais e com menos culpa que mulheres, diz pesquisa

UOL
Uma pesquisa que analisou os depoimentos de três mil britânicos concluiu que homens têm maior propensão a dizer mentiras e se sentem menos culpados em mentir do que mulheres.
O estudo indicou que cada homem britânico mente em média três vezes por dia, o que equivale a 1.092 mentiras por ano. Já as mulheres parecem mais honestas: segundo a enquete, as britânicas mentiriam em média duas vezes por dia, ou 728 vezes por ano.
A pesquisa foi encomendada pelo Museu da Ciência (Science Museum), em Londres, para marcar a inauguração de uma nova galeria. Chamada "Who Am I?" (em tradução livre, "quem sou eu?"), a nova galeria é dedicada às ciências do cérebro, genética e comportamento.
Mães
Segundo os depoimentos, a pessoa a quem o britânico tende a contar mais mentiras é sua própria mãe. Um quarto dos homens (25%) admitiu ter mentido para a mãe, em contraste com apenas um quinto (20%) das mulheres. Mentir para o parceiro ou parceira, no entanto, parece menos comum entre os britânicos: apenas 10% admitiram fazer isso.
Perguntados sobre o tipo de mentira que contam com mais frequência, os homens entrevistados disseram que a mais comum é dizer que não beberam muito. Entre as mulheres, a mentira mais comum é a clássica "está tudo bem", usada com frequência para esconder seus sentimentos.
As mulheres se revelaram mais propensas a sentir culpa após dizer uma mentira: 82% delas disseram que a mentira pesa em sua consciência, em contraste com 70% dos homens.
Existe uma mentira aceitável? A maioria, 82%, acha que sim. Por exemplo, mentir para proteger alguém é perfeitamente aceitável para 71% dos entrevistados. E 57% disseram que mentiriam a respeito de um presente de que não gostaram para não ofender quem lhes presenteou.
Com relação à qualidade da mentira, 55% dos britânicos entrevistados acham que as mulheres contam mentiras melhores, embora mintam menos.
Uma das curadoras do Museu da Ciência Katie Maggs, disse que não há consenso sobre possíveis origens genéticas, evolutivas ou culturais da mentira.
"Mentir pode parecer uma parte inevitável da natureza humana, mas também tem um papel importante nas interações sociais", disse Maggs.

Lula Futebol Clube

O Estadão
Por Nelson Mota

Como Lula adora metáforas futebolísticas, nada melhor para tentar explicar a um amigo inglês, fanático por futebol mas ignorante de Brasil, como é a política do governo Lula.
Contei que o time entrou em campo com a prata da casa, mas logo reforçou a defesa com vários jogadores comprados de times adversários, como os veteranos Jader e Renan, e o veteraníssimo Ribamar, craques em roubar bolas e parar atacantes com faltas.
O "professor" Lula segue a máxima de Nenem Prancha - "jogador tem que ir na bola como quem vai num prato de comida" - mas não contava com a voracidade dos companheiros.
Um dos problemas do time é que, muitas vezes, alguém pede bola sem receber, faz corpo mole e abre o bico. Com a defesa batendo cabeça, Lula perdeu o seu impetuoso armador Delúbio e o volante Silvinho "Land Rover", que distribuía o jogo na intermediária, expulsos por mão na bola.
E quase tomou uma goleada no primeiro tempo. Foi salvo pelo craque Thomaz Bastos, cérebro do meio de campo, que organizou a defesa, resistiu a todos os ataques e ainda virou o jogo na segunda etapa.
Mas o time voltou insistindo em avançar pelo costado esquerdo da cancha, com o bisonho Tarso no lugar de Thomaz Bastos, que saiu exausto, e com as investidas desastradas do canhotinha Amorim, que levaram várias bolas nas costas e dribles desmoralizantes. Mas no meio de campo os competentes Meirelles e Palocci mandavam no jogo, chutando com as duas, e impondo seu futebol de resultados, sem jogar para a arquibancada.
Quando perdeu seu capitão, o catimbeiro Dirceu, e depois a revelação do meio campo, Palocci, que levaram cartão vermelho, Lula improvisou o cabeça de área Rousseff como capitão e os perebas Lobão e Geddel como volantes. E mesmo assim está dando uma goleada. Mas a bola ainda está rolando.
Uma originalidade do time de Lula é que, talvez pela fraqueza dos adversários, quase todos os gols que tomou foram feitos pelos seus próprios defensores, como os pernas de pau Valdebran e Gedimar, no fim do primeiro tempo.
Mas sua maior jogada foi instituir o "Bola-Família", que deu 70% da lotação do estádio para a sua torcida.

Do Blog: é isso aí.

País chega a 600 mil usuários de crack e governo lança plano de combate

O Estadão
Promessa é dobrar nº de leitos em hospitais para atendimento de dependentes; em SP, programa no centro internou 240 em 10 meses
Em cinco anos, o número de usuários de crack quase dobrou no Brasil: de 380 mil para 600 mil. O problema agora mobiliza o governo federal, que planeja dobrar o número de vagas para internação de usuários neste ano - de 2,5 mil para 5 mil - e lançou ontem um programa de R$ 410 milhões. Mas se São Paulo, base das ações governamentais anteriores servir de exemplo, o desafio está longe de ser vencido.
O presidente Lula defendeu a ação conjunta de diferentes esferas governamentais e entidades. "Vamos querer que os prefeitos, governadores, sindicatos, igrejas, todos participem, queremos enfrentar isso de modo decisivo", disse. "Mas o desafio será grande porque existem dificuldades clínicas para identificar o problema. A dependência é muito maior do que a de outras drogas e o saber sobre o crack no Brasil ainda é incipiente", observou o sociólogo Luiz Flávio Sapori, coordenador do Centro de Estudos e Pesquisa em Segurança Pública da PUC-Minas, que finaliza estudo sobre o crack na Grande Belo Horizonte.
Há exatos dez meses, teve início a Ação Multidisciplinar Centro Legal, da Prefeitura de São Paulo, esforço concentrado de técnicos da Saúde, Assistência Social e de policiais para atuar de forma concentrada e ininterrupta na região da cracolândia. Foi feito um censo que deu nome a todos os dependentes que vivem na região. São 442. Se considerar aqueles que vagam dias pelo local para usar a droga, a população pode ser multiplicada por cinco. Diariamente, mais de 160 agentes comunitários realizam, em média, 300 abordagens para convencer esse grupo a procurar ajuda. Em dez meses, foram mais de 87 mil abordagens.
Houve 4.463 encaminhamentos a unidades de saúde e 240 internações. Apesar disso, não há números oficiais de pessoas que deixaram o vício. "É diferente da infecção, que pode ser curada. O dependente terá de administrar para sempre o vazio deixado pelo crack", diz o médico Antônio Sérgio Gonçalves, gerente do Caps AD centro. Um dos efeitos visíveis do programa foi que a concentração dos agentes públicos na região acabou dispersando os dependentes para outros bairros da região central. Se no começo eles circulavam entre Campos Elísios e República, agora estão também em Santa Cecília e Higienópolis.
Campanha. A nova iniciativa interministerial deve atuar em três frentes (prevenção, combate e tratamento), com medidas como a instalação de 11 postos de fronteira para combater o tráfico. As ações imediatas incluem uma campanha nacional de conscientização sobre a droga e a promoção de cursos de especialização para profissionais de Saúde.

Do Blog: não confio nestes números, deve ser bem maior o número de usuários. E nesta guerra, para vencê-la, a policia tem papel fundamental. O governo ficará gastando fortunas para internar, tratar, liberar, reinternar, tratar liberar, num ciclo sem fim. As ações de saúde pública são importantes claro, mas o foco deve ser a raiz do problema, a venda. E isso é papo reto entre os Zóme e os patrões.

Limiar de vida artificial pode ainda não ter sido cruzado

da Associated Press, em Washington
Cientistas aplaudiram o trabalho de Craig Venter e sua equipe, que conseguiram fazer uma bactéria funcionar com um genoma artificial, mas ainda não há consenso se o trabalho criou vida artificial propriamente dita.
Venter e seu grupo sintetizaram o genoma de uma bactéria e a transplantaram para dentro de uma bactéria aparentada.
O genoma transplantado começou a funcionar na nova bactéria, produzindo proteínas características.
O resultado foi aclamado como a chegada da vida artificial, com seu potencial de produção controlada de biocombustíveis e outras substâncias por bactérias criadas sob medida.
Mas o experimento pode ainda não ter cruzado o limiar de criação de vida artificial. Isso porque a bactéria receptora ainda era natural. Apenas seu genoma foi retirado. Seu citoplasma (parte líquida de uma célula), cheio de substâncias próprias, continuava presente.
"O genoma sintético funcionou no hardware de uma célula moderna", notou o físico Steen Rasmussen, da Universidade do Sul da Dinamarca.
Rasmussen fez parte de um grupo de oito cientistas importantes que publicaram na revista "Nature" análises críticas sobre o resultado de Venter.

O que os cientistas disseram sobre a celula sintética

Folha Online
"Um genoma prostético traz para mais perto o dia em que formas de vida poderão ser feitas inteiramente a partir de material não-vivo. Como tal, revitalizará questões perenes sobre o significado da vida _o que ela é, por que ela é importante e que papel os humanos deveriam ter em seu futuro. Embora essas questões sejam controversas e difíceis de resolver, a sociedade ganhará com o esforço"MARK BEDAU, filósofo, Real College, Oregon (EUA), na revista "Nature"

"É um avanço técnico, não conceitual (...) O "tour de force" técnico de Venter estende a engenharia genética avançada a organismos que até agora têm permanecido inacessíveis à modificação. Ele chama isso de "ir de ler o nosso código genético para ter a capacidade de escrevê-lo". Pode soar assustador, mas nada garante que aquilo que será escrito vá fazer sentido. Pode ser que vire um conto de fadas, um drama, uma novela de ficção científica ou um documentário sobre novas terapias."MARTIN FUSSENEGGER, professor de biotecnologia e bioengenharia, Politécnica de Zurique (Suíça), na revista "Nature"

"Francamente, os cientistas não sabem o bastante sobre biologia a ponto de criarem vida. Embora o Projeto Genoma Humano tenha expandido a lista de partes necessárias para fazer células, não há um manual de instruções para juntá-las e fazer uma célula viva. É como tentar montar um 747 que funcione a partir de sua lista de partes -- impossível. Embora alguns de nós na biologia sintética tenhamos delírios de grandeza, nossos objetivos são bem mais modestos."JIM COLLINS, professor de engenharia biomédica, Universidade de Boston (EUA), na revista "Nature"

"Hoje já se faz em qualquer laboratório uma versão simplificada desse processo de inserir trechos de DNA em bactérias. Qualquer diabético que tome insulina beneficia-se dessa tecnologia, por exemplo, em que insulina humana é fabricada em bactérias geneticamente manipuladas. Essa tecnologia certamente continuará a ser a forma corriqueira de manipular orgnaismos a curto e médio prazo, inclusive para as aplicações que Venter antecipa como objetivos últimos de biologia sintética, como fontes novas de biocombustíveis. Incerto é se um eventual organismo sintético, que precisará quase certamente ser uma versão não existente na natureza, será viável de desenvolver, replicar, e demonstrar utilidades práticas. Mas, em se tratando de Craig Venter, quem apostar contra é um tolo."MARCELO NÓBREGA, professor de genética humana, Universidade de Chicago (EUA), à Folha

"Isso é uma coisa complicada, que Venter admite ter um potencial poderoso para o bem e para o mal. Venter é muito preciso quanto aos benefícios, mas não especifica os perigos. O trabalho merece entusiasmo, mas somente na medida em que se dá atenção aos riscos na mesma medida que aos benefícios"JOHN HARRIS, especialista em bioética da Universidade de Manchester (Reino Unido), ao jornal "The Independent"

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Cientistas fazem borboleta artificial voar

Revista Galileu
Pesquisadores japoneses constroem réplica de borboleta rabo-de-andorinha para estudar movimentos.
Da Vinci estava certo. É possível criar uma máquina de voar batendo asas. Pelo menos é isso o que concluíram pesquisadores japoneses ao criar uma borboleta artificial que imita os padrões de vôo incomuns da borboleta rabo-de-andorinha. Seu modelo é chamado de minúsculo ornitóptero (equipamento desenhado para voar batendo asas). Veja abaixo o vídeo do equipamento funcionando:
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI141758-17770,00-CIENTISTAS+FAZEM+BORBOLETA+ARTIFICIAL+VOAR.html
O que faz a rabo-de-andorinha ter um formato pouco comum entre as borboletas é o fato de possuir asas muito grandes em relação ao seu corpo pequeno. Dessa forma, ela precisa movimentar a asa menos vezes que as borboletas comuns, tendo um vôo num processo mais passivo. O projeto, dos cientistas Hiroto Tanaka e Isao Shimoyana, aproveitou o conceito para mostrar que é possível uma máquina voar simplesmente batendo asas, sem dependência de outras características aerodinâmicas das borboletas.
Para fazer isso, a equipe de pesquisa construiu uma réplica realista da borboleta, até com membranas minúsculas e veias encontradas em suas asas. O vídeo mostra os resultados de seus esforços, com o ornitóptero voando brevemente para a frente. A ideia é que o experimento, publicado no periódico científico Bioinspiration & Biometrics, permita acumular conhecimento para que, no fututo, máquinas de bater asas sejam possíves para voar.

Elevador japonês carrega até 80 pessoas

O GloboSe você já ficou louco da vida por esperar um tempão o elevador do escritório e ele lotar antes de conseguir entrar, uma empresa japonesa promete dar a solução a esse problema. Cada um dos novos elevadores instalados pela Mitsubishi Electric no edifício de Umeda Hankyu, em Osaka, mede 3,4 metros de largura por 2,8 metros de comprimento e 2,6 metros de altura.
De acordo com nota publicada pela companhia, isso permite levar a enorme capacidade de 80 pessoas, ou mais de 5.250 kg, simultaneamente. Ou seja, os cinco elevadores instalados no prédio podem carregar até 400 pessoas simultaneamente. Não que ficar amontoado com mais 79 pessoas seja bom, mas dá para se consolar com o fato de que o aparelho, ao menos, tem janelas de vidro, permitindo desfrutar a vista. A Mitsubishi não diz se ele é o maior elevador do mundo, mas apenas que "estes são os elevadores maior capacidade de passageiros até hoje no Japão".

Bagulho pra macho!


Steve McCurry faz oficinas sobre fotografia no MIS

Em maio, o Museu da Imagem e do Som (MIS) promove uma série de palestras e workshops voltados à fotografia, cinema e games. O destaque é a palestra gratuita do fotógrafo norte-americano Steve McCurry, que integra programação especial para o mês da fotografia, assim como o workshop História da Fotografia – teoria e prática, promovido pelo LABMIS. O Laboratório de Novas Mídias do Museu também organiza workshop sobre game design, game arte e game cultura. Ocorre, ainda em maio, uma palestra gratuita sobre gestão de acervos filmográficos.
Conhecido mundialmente pela foto da refugiada afegã de 13 anos que foi capa da revista National Geographic em 1985, Steve McCurry é o primeiro convidado do ciclo de palestras e workshops Grandes Mestres da Fotografia de 2010 promovido pela revista Fotografe Melhor e organizado pelo SP Photo Fest. A palestra, que acontece no MIS, centra-se nas imagens de viagens e pessoas fotografadas por McCurry, um dos mais prestigiados fotógrafos da atualidade. Gratuita e com tradução simultânea, a atividade ocorre no dia 20 de maio, das 19h30 às 20h40.
A fotografia continua em pauta no workshop História da fotografia – teoria e prática, que aborda a forma como o homem retratou e representou o mundo por meio da imagem. Partindo do início do século 19, com a invenção da fotografia, passa pelo final deste mesmo século com o surgimento do cinema e aborda o desenvolvimento da estética e da técnica dos registros da imagem, que culminou no advento da eletrônica e das tecnologias digitais, do vídeo, da fotografa e do cinema. Ministrado por Vebis Junior, o workshop é oferecido a preço popular e acontece de 11 a 14 e 18 a 21 de maio, das 14h às 16h30.
A palestra gratuita Gestão de acervos filmográficos, que acontece dia 19 de maio, quarta-feira, às 20h, aborda os conceitos essenciais da conservação, catalogação e difusão de acervos audiovisuais. Ministrado por Maria Fernanda Curado Coelho, mestre em conservação audiovisual pela USP, o evento se focará no cotidiano do arquivo e suas reflexões são aplicáveis na gestão dos arquivos com imagens analógicas ou digitais.
Ainda em maio, acontece o workshop Game design, gamecultura e gamearte: o bom, o mal e o feio da indústria de games, produzido pelo Laboratório de Novas Mídias do MIS (LABMIS) e integrante do ciclo de atividades Mapa do Jogo: práticas, teorias & produção de games, coordenado pela prof. Lucia Santaella. Este módulo discute os conceitos clássicos e atuais de game design, além de refletir sobre game arte e game cultura. Ministrado por Roger Tavares, o workshop é oferecido a preço popular e acontece de 19 de maio a 4 de junho, às quartas e sextas, das 18h40 às 22h.
Programação completa
PalestraSteve McCurry
20.05.2010, das 19h30 às 20h40. No Auditório MIS (177 lugares). Gratuito (retirada de ingresso a partir de uma hora antes na recepção do MIS). Classificação etária: livre.
Workshop História da fotografia – teoria e prática Vebis Junior
De 11 a 14 e 18 a 21.05.2010, das 14 às 16h30. Na Sala de Workshop LABMIS. 12 vagas. R$ 60 (desconto de 50% para estudantes). Inscrições pelo site www.mis-sp.org.br (formulário para oficinas).
Palestra Gestão de acervos filmográficos Maria Fernanda Curado Coelho
19.05.2010, das 20h às 22h. No Auditório MIS (177 lugares). Gratuito (retirada de ingresso a partir de uma hora antes na recepção do MIS). Classificação etária: livre.
Workshop Game design, gamecultura e gamearte: o bom, o mal e o feio da indústria de games Roger Tavares
De 19.05 a 04.06.2010, às quartas e quintas, das 18h40 às 22h. Na Sala de Workshop LABMIS. 12 vagas. R$ 60 (desconto de 50% para estudantes). Inscrições pelo site www.mis-sp.org.br (formulário para oficinas).