sábado, 1 de maio de 2010

J. D. Salinger

O escritor americano J. D. Salinger morreu com 91 anos. Notabilizou-se pela sua obra de culto, The Catcher in the Rye, mas também por se ter negado à fama. Viveu isolado de honrarias na sua casa do New Hampshire até ao fim.A morte do escritor foi anunciada pelos seus representantes literários, a Harold Ober Associates. Vivia em total isolamento há mais de 50 anos.Salinger publicou apenas quatro obras. Além de Uma Agulha no Palheiro (1951), Nove Contos (1953), Franny e Zooey (1961), Carpinteiros, Levantai Alto o Pau de Fileira e Seymour: (Uma Introdução) (1963). Escreveu ainda vários contos que nunca foram editados em livro, alguns dos quais na The New Yorker. Desde 1965 que não publicava nada.Uma Agulha no Palheiro tem como (anti-) herói o jovem Holden Caulfield, expulso do colégio caro que frequenta e que expressa o seu desprezo pelo mundo "falso" dos adultos de forma singular, enquanto vagueia por Nova Iorque. Através de Holden, J. D. Salinger expressou as suas próprias angústias.Tal como a personagem, o escritor também foi um menino problemático, tendo sido expulso de várias escolas.O livro virou best-seller imediato e "bíblia" do mal-estar juvenil, chegando a ser proibido em bibliotecas públicas e escolas nos EUA, e leitura recomendada noutras. Mark David Chapman, que assassinou John Lennon em 1980, levava este livro debaixo do braço.É uma obra-chave da literatura americana do pós-guerra. Nomes como Philip Roth, John Updike ou Harold Brodkey disseram ter uma dívida literária para com Salinger.
Por Manu Castro

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