sexta-feira, 21 de maio de 2010

Sexo em lugares públicos: fetiche ou desejo incontrolável?

Portal GNT
Em fevereiro deste ano, na semana do Valentine´s Day (o Dia dos Namorados em países da Europa e da América do Norte), um restaurante canadense liberou os banheiros para os clientes fazerem sexo. Nos clubes noturnos de Londres, os banheiros são unissex e é comum que casais usem esse espaço para soltar a libido. Mas será que fazer isso em um lugar público onde seja permitido (ou, pelo menos, tolerado) não acaba com o prazer? Segundo a sexóloga Ana Claudia Simão, depende de cada um. “O inesperado também faz parte do pacote e é gostoso. Não é apenas uma questão do risco de ser apanhado em flagrante”, diz ela.
Para a produtora Y., fazer sexo em um lugar público é muito mais aproveitar o momento do que um fetiche. “Eu gosto, mas depende do parceiro. O ideal é que as duas pessoas curtam”, afirma ela. “Quando morei em Londres, por exemplo, sexo no banheiro da boate era mais uma questão de praticidade. Não tinha motel e nem sempre dava para dormir fora de casa”, lembra. “Sempre é mais descontraído fazer isso fora do Brasil. Aqui, as pessoas são muito preconceituosas”, lamenta.A libido não escolhe hora e lugar para se manifestarPara Ana Claudia Simão, o clima do lugar e o perfil dos frequentadores podem facilitar a liberação do desejo. “Em uma boate, você tem o ambiente, a música e as pessoas que encontra. Esses são alguns fatores que deixam as pessoas mais soltas”, explica ela. “Mas a libido não escolhe hora nem lugar para se manifestar: pode ser no banheiro, na escada do prédio, no elevador e até em uma esquina”, conta Ana Claudia.O publicitário X. é do tipo que adora surpreender e ser surpreendido. “Não é que eu só faça sexo em lugares públicos, mas poder satisfazer uma vontade que surgiu de repente é muito bom”, garante ele. “Já parei o carro no acostamento de uma pista movimentada, de madrugada, porque o clima esquentou, e minha namorada já me puxou para vários cantinhos sem que eu esperasse. Isso dá um tempero na relação”, revela ele.

Conheça as mulheres cougar, que aproveitam a vida intensamente

Portal GNT
Os 40 são os novos 20” é o lema de muitas mulheres que completam – ou ultrapassam – quatro décadas de vida. Depois de conquistar a independência emocional e financeira, boa parte delas escolhe aproveitar o mundo e se relacionar com homens bem jovens. Nos Estados Unidos, essa parcela da população é chamada de cougar (puma) e inclui celebridades como Madonna, que namora o modelo brasileiro Jesus Luz, e Demi Moore, casada com Ashton Kutcher, 16 anos mais novo. “Quando a mulher se emancipa e ocupa o lugar social do homem, tende a repetir o modelo existente nas relações, regidas pelo poder que um exerce sobre o outro”, explica a sexóloga Sheiva Rocha.
Para Sheiva, a atração das mulheres cougar por homens mais novos está ligada ao fascínio de ambos os lados. “Generalizando, elas se encantam com a juventude e o vigor, adorando a sensação de superioridade, enquanto eles gostam de estar com alguém que admiram, seja pelas conquistas sociais, financeiras ou pessoais”, afirma ela. “O desafio das mulheres contemporâneas é como ser autônoma sem perpetuar o modelo masculino já consolidado”, acredita a sexóloga.Recentemente, uma reportagem do jornal The New York Times mostrou que o Google causou polêmica ao proibir em seu sistema de buscas anúncios de sites de relacionamento que usassem a palavra cougar, classificando seu conteúdo como impróprio, mas manteve páginas nas quais homens mais velhos podem encontrar parceiras mais jovens. De acordo com Sheiva, iniciativas como essa refletem o preconceito enfrentado pelas mulheres, apesar de todos os avanços. “A sociedade ainda é muito machista”, lamenta ela.Mas, com preconceito ou não, as cougar estão dando o que falar até na ficção. Que o digam Carrie (Sarah Jessica Parker), Samantha (Kim Cattrall), Charlotte (Kristin Davis) e Miranda (Cynthia Nixon), as quarentonas poderosas do filme ‘Sex and the City 2’. Na Grã-Bretanha, Annette Warburton, compradora-chefe da rede varejista Debenhams, atribui à influência dessas personagens o aumento da procura de peças sensuais de lingerie por mulheres de 40 anos ou mais.

A lista dos brasileiros que venceram a Liga dos Campeões da Europa

Blog do PVC
O Bayern tem a chance de se tornar o primeiro campeão da Liga dos Campeões sem jogadores brasileiros desde 2005, quando o Liverpool bateu o Milan nos pênaltis. Nos últimos 11 anos, só o Liverpool e o Manchester United, de 1999, A lista de brasileiros vencedores no principal torneio de clubes do planeta é extensa. Começa com Didi (foto). O armador passou pelo clube espanhol na temporada 1959/60 e fazia parte do elenco, mas não entrou em campo na Copa dos Campeões. Jogando mesmo, o primeiro foi Canário, ponta-direita contratado do América, onde foi vice-campeão carioca em 1955.A relação chega a Daniel Alves e Sylvinho, campeões pelo Barcelona em 2009. São 32 nomes, excluindo Didi da lista, por não ter entrado em campo. Veja abaixo a lista, que pode ser acrescentada por Júlio César, Maicon, Lúcio e Thiago Motta.

CAMPEÕES BRASILEIROS DA CHAMPIONS LEAGUE
Didi – Real Madrid, 1960
*Canário - Real Madrid, 1960
Dino Sani – Milan, 1963
Mazzola – Milan, 1963
Jair da Costa – Internazionale – 1964 e 1965
Sormani – Milan – 1969
Juary – Porto – 1987
Celso – Porto – 1987
Casagrande – Porto – 1987
Júlio César – Borussia Dortmund – 1997
Roberto Carlos – Real Madrid – 1998, 2000, 2002
Sávio – Real Madrid – 2000
Élber – Bayern, 2001
Paulo Sérgio – Bayern – 2001
Flávio Conceição – Real Madrid – 2002
Dida – Milan – 2003, 2007
Roque Júnior – Milan – 2003
Rivaldo – Milan – 2003
Serginho – Milan – 2003, 2007
Deco – Porto, 2004, Barcelona, 2006
Derlei – Porto, 2004
Carlos Alberto – Porto, 2004
Bruno Moraes – Porto, 2004
Ronaldinho Gaúcho – Barcelona, 2006
Belletti – Barcelona, 2006
Thiago Motta – Barcelona, 2006
Silvinho – Barcelona, 2006, 2009
Edmílson – Barcelona, 2006
Kaká – Milan, 2007
Cafu – Milan, 2007
Ricardo Oliveira – Milan, 2007
Anderson – Manchester United – 2008
Daniel Alves – Barcelona - 2009
* Não entrou em campo em nenhuma partida.

Entrevista com Maicon

Blog do PVC
Maicon disputou 51 jogos somando Série A, Copa Itália e Champions League. É o terceiro jogador com maior número de partidas na Internazionale, na temporada 2009/10. Perde apenas para Javier Zanetti, com 54 jogos, Júlio César, com 53. Mas falta um. Eliminado nas três últimas temporadas da Champions League em fases precoces, o lateral fala nesta rápida conversa, por telefone, sobre o que mudou na Inter para chegar forte à decisão. Projeta o título e diz que o desgaste dos 51 jogos não vai afetar seu bom desempenho na Copa do Mundo.

PVC – O Lúcio diz que o ponto de virada da campanha na Champions League foi o sorteio contra o Chelsea. Você concorda?
MAICON – Concordo. Na hora do sorteio, muita gente tem reação diferente. Ao mesmo tempo em que o nome do adversário, um dos mais poderosos do planeta, assusta, dá a exata noção de que você pode crescer muito se conseguir eliminá-lo. Foi isso o que aconteceu conosco. A eliminação do Chelsea nos deu muita força.
PVC – E como foi a vitória?
MAICON – Olha, muita gente não acreditava na gente, quando saiu o sorteio. O discurso era esse mesmo, que íamos enfrentar um dos favoritos á Champions League. Então, conseguimos vencer em Milão, como muita gente duvidava. Levamos a vantagem para a Inglaterra e muitos seguiram não acreditando. Conseguimos vencer lá também. Isso foi muito forte.
PVC – Você jogou no Monaco, time que chegou à decisão da Champions League nesta década. O que faltava à Inter para superar as quartas-de-final, ou as oitavas, onde caiu nos dois anos anteriores?
MAICON – Faltava confiança. E foi isso o que a vitória sobre o Chelsea trouxe. Passamos a ter a certeza de que éramos tão fortes quanto qualquer outro adversário que nos enfrentasse a partir dali. Temos um time muito forte, grandes jogadores.
PVC – Apesar de jogar com três atacantes, o Mourinho sempre monta times de defesas muito fortes. Como se treina isso?
MAICON – É posicionamento. Uma partida em que mostramos como é forte nossa defesa foi contra o Barcelona. Imagine, perdemos um jogador de meio-de-campo, um dos mais importantes do sistema defensivo e passamos o jogo inteiro segurando o ataque do Barcelona. Foi uma partida impressionante. Para nós, Júlio César, Lúcio e eu, é um pouco mais fácil o entrosamento, porque jogamos juntos tanto na Inter, quanto na Seleção Brasileira.
PVC – Você é o terceiro jogador com maior número de partidas na temporada, abaixo apenas do Júlio César (53) e Zanetti (54). Isso vai atrapalhar na Copa?
MAICON – Não vai atrapalhar, não. Estou muito seguro de que fisicamente vou chegar bem.. Também teremos um período razoável de preparação e o Paulo Paixão sabe entender que os que estão no fim de uma temporada tão desgastante precisam de um trabalho diferenciado. Isso vai acontecer.
PVC – Você tem conversado com o Paulo Paixão?
MAICON – Desde a última convocação, não. Mas na convocação, ele me passou uma série de recomendações sobre como eu deveria me comportar para chegar bem ao Mundial, incluindo aí a possibilidade de chegarmos à final da Champions League. Cumpri tudo à risca. Estou certo de que a Copa será ótima.

Do blog do Reinaldo Azevedo

A Teoria da Bravata é uma releitura de Max Weber à luz do “companheirismo”: quem está no poder se orienta pela Ética da Responsabilidade; quem está fora, pela Ética da Oportunidade. É incrível que esse troço tenha prosperado. Mas prosperou. E seduz outros tantos para os quais a convicção é só um momento de falência do oportunismo. Que bode!

Madeira apreendida pelo Ibama vira monumento em Curitiba

Monumento inaugurado em Curitiba representa harmonia entre progresso e preservação (Foto: João Borges/Assessoria de Comunicação da PUC-PR)
Portal G1
Obra foi construída com espécies nativas de pinheiro e eucalipto.Monumento representa harmonia entre progresso e preservação.Um monumento construído com eucalipto de reflorestamento, espécies nativas de pinheiro, do Paraná, e de mogno, da Amazônia, apreendidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), foi inaugurado, nesta semana, em Curitiba.
A obra “Tecnologia para o Desenvolvimento com Sustentabilidade e Respeito ao Meio Ambiente”, inaugurada no campus Curitiba da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, comemora os 50 anos do reconhecimento da universidade pelo Governo Federal.
O monumento, de acordo com a universidade, representa a harmonia entre progresso e preservação do meio ambiente.

20 anos sem o Maluco Beleza

Revista Época
Ele não nasceu há dez mil anos atrás - se ainda estivesse cantando e tocando, teria nascido há 64 anos. Na sexta (21), completam-se 20 anos desde a morte de Raul Seixas, que deixou um legado musical incomparável e uma grande legião de fãs mais incomparáveis ainda. Baiano de nascença e morador do Rio por alguns anos, Raul viveu em São Paulo nos últimos anos de vida. Entre lançamento de livro e peça de teatro, selecionamos cinco eventos em tributo ao maluco beleza que ocorrem na cidade. Passeata: 20 anos sem Raul Na sexta (21), a congregação de fãs começa por volta das 13h em frente ao Teatro Municipal. De lá, a passeata segue em direção à Catedral da Sé, às 18h, passando pelo Viaduto do Chá. Essa caminhada “raulseixiana” já acontecia como homenagem ao artista antes de sua morte. Nesse ano, é estimada a presença de 20 mil pessoas, incluindo turistas dos EUA e do Japão. “Isso virou uma data sagrada. Independente da temperatura e da data da semana a gente está lá”, afirma Sylvio Passos, fundador do fã clube Raul Seixas Rock Club e amigo do músico.


Exposição: Raul Seixas – O Prisioneiro do Rock

A mostra, que acontece no Museu Afro Brasil, reúne 30 fotografias em preto e branco do roqueiro tiradas por Ivan Cardoso, que o conheceu em 1977. A seleção foi feita entre 400 imagens captadas, nove delas com intervenções coloridas do artista. Além das fotos, oito capas de discos e dez livros editados sobre Raul estarão expostos. Museu Afro Brasil. Av.Pedro Álvares Cabral, Pavilhão Manoel da Nóbrega, portão 10, Ibirapuera, 5579-8542. Terça a domingo, 10h/17h. Grátis. Abre sexta (21). Até 27/9.

Peça: À Espera do Trem das 7

Na peça de teatro assinada e encenada pelo ator pernambucano Samuel Luna, tudo se passa entre a hora da morte de Raul e a hora em que seu corpo foi encontrado. Traz no repertório 16 músicas de músico, com o acompanhamento do pianista Leonardo Siqueira. “O Raul Seixas morreu em São Paulo. Foi o lugar onde ele viveu durante anos. É uma cidade que tem uma ligação muito forte com a obra do Raulzito. A maior concentração de fãs e pessoas importantes na vida do Raul Seixas estão aqui”, afirma Luna, que chega à São Paulo depois de uma temporada por cidades nordestinas. Teatro Commune (83 lug.). R. da Consolação, 1218, Centro, 3476-0792. Sexta (21), 21h; sábado, 18h; domingo, 16h. R$ 30. Bilheteria: quarta a domingo, 16h30/22h. Livro: Raul Seixas – Uma Metamorfose Ambulante A obra da editora B&A é resultado de uma parceria entre os autores Mario Lucena, Laura Hokan e Igor Zinza e será lançado na Galeria do Rock, no sábado (22) a partir das 13h. A publicação traz como brinde o CD “Alquimia”, da compositora e cantora portuguesa Carina Freitas, que compôs uma canção em homenagem a Raul. A Galeria ainda armará um palco para apresentações de covers e tributos espontâneos de quem estiver por lá. Galeria do Rock. Rua 24 de Maio, 116, Centro.

Show: Toca Raul! O Sesc Santo André faz um tributo ao cantor com apresentações de Paulo Mano, que há mais de 15 anos se dedica a interpretar suas canções, dos grandes clássicos às menos conhecidas. Ele é acompanhamento da Banda Novo Aeon.

Sesc Santo André. Rua Tamarutaca, 302, Vila Guiomar,Santo André, SP, 4469-1200. Domingo (23), 16h. Grátis.

Conheça a Igreja Invisível, inspirada em Raul Seixas

Revista Época
Busca por estados alterados de consciência é feita com chá de gengibre. Organização está envolvida na luta antimanicomial

A casa de número 854 da rua Tonelero virou um intrigante mistério para a tradicional vizinhança da Vila Ipojuca, na Lapa. Com todas as janelas da extensa fachada vedadas, as únicas pistas do que acontece ali estão sobre a porta principal: um enigmático endereço do site Igreja Invisível.com, ao lado de uma estrela de oito pontas e a chave que Raul Seixas imortalizou como o símbolo da Sociedade Alternativa. No poste de luz em frente, desenhos do músico deixam a coisa ainda mais sinistra para quem já ouviu falar de sua a ligação com rituais de magia negra. Com nome inspirado na música “Pastor João e a Igreja Invisível”, a ii, como seus membros a chamam, também pode ser considerada um caminho alternativo. “As religiões tradicionais tentam sempre nos transformar no que a gente não é”, dá uma pista a atriz e publicitária Valéria Calado, que pertenceu ao Santo Daime antes de fundar a Igreja Invisível, em dezembro de 2007. A ideia de "terceira via" também é sugerida nos versos do hino inspirador: “Eu não sei se é o céu ou o inferno/ Qual dos dois você vai ter que encarar/ E foi para não lhe deixar no horror/ Que eu vim para lhe acalmar”, escreveu Raul Seixas. No último sábado (22), dia seguinte ao aniversário de 20 anos da morte do cantor, o grupo se reuniu para o que chamam de "experiência invisível", principal cerimônia da entidade. “É uma busca de estados alterados de consciência, cada pessoa experimenta o seu”, tenta explicar Valéria. É bom deixar claro que eles não usam nenhuma droga. “O único chá que vamos servir é de gengibre”, brinca a presidente da ii. Apesar de não se ater muito a rituais religiosos, a ii tem as portas abertas como às de qualquer igreja. E quem superar a desconfiança e tocar a campainha vai ver que não há nada de macabro ali dentro. Mas, desta vez, o mistério se fez mais claro para a vizinhança, que conseguia espiar parte da cerimônia na garagem da casa: “Por causa da gripe suína, vamos fazer a experiência invisível aqui fora ", explica Dennis Brandão, marido de Valéria. Instalada quase em frente a tradicional igreja de Santo Antonio do bairro desde o início do ano, a Igreja Invisível não segue nenhum preceito religioso – apesar de seus membros se definirem como cristãos e negarem ser agnósticos. Mistura de centro cultural e espaço terapêutico, a entidade está envolvida na luta antimanicomial e comanda ações sociais para portadores de doenças mentais. “Ninguém melhor que o Maluco Beleza para ser o mentor do nosso projeto", resume Dennis.

Uma das iniciativas sociais da ii, que tem uma mini produtora de audiovisual no espaço, é o Projeto Carrano, em homenagem ao escritor Austregésilo Carrano, autor do livro Cantos dos Malditos, adaptado para o cinema no filme Bicho de Sete Cabeças, de Laís Bodanzky. “ Ele foi uma vítima do sistema manicomial e da indústria farmacêutica", protesta Dennis, que era amigo do escritor, e usou seu nome para batizar o projeto de produzir dez curtas metragens protagonizados por pessoas com algum transtorno mental. Travestido de Raul, era ele quem comandava a experiência invisível aquele dia – na ausência de João, o encarregado de fazer as honras de pastor, tal como na música. “Ao final de quatro encontros teremos o personagem invisível, vamos conhecer o seu semblante. Tirem suas máscaras”, orientava Dennis, mesclando as técnicas de suas aulas de teatro com cromoterapia e música, enquanto alguns membros cuidavam dos preparativos, cortando os papéis do santinho invisível e incensando o ambiente.

Barulho das igrejas supera o dos bares e gera o site Deus não é Surdo

Revista Época
O site Deus não é surdo (http://www.deusnaoesurdo.com.br/), criado em 2006, é um exemplo. Com o slogan "Seja um crente decente, não grite no ouvido da gente" e mais de um milhão de acessos, o endereço reúne relatos de pessoas obrigadas a conviver com o barulho gerado pelas igrejas.
Os criadores do site, o analista de sistemas Leandro Zavitoski e seu irmão, Mário Luis Zavitoski Júnior, sabem exatamente como é morar ao lado de uma igreja que supera os 65 decibéis permitidos por lei para áreas mistas da cidade - que abrangem estabelecimentos comerciais e residências.

Site mostra imagens aéreas da cidade há 50 anos e hoje - compare

Revista Época
Com imagens feitas em 1958, Geoportal permite fazer uma comparação com a São Paulo do século XXI
Já imaginou como era a rua e o bairro onde mora há 50 anos? A máquina do tempo que permite ver a São Paulo de 1958 está disponível no site Geoportal. Ao todo são 200 fotografias aéreas que formam um mosaico que obedeceu padrões matemáticos e cartográficos, para que um mapa da cidade fosse produzido na década de 50.
No portal é possível ainda comparar os locais com o ano de 2008, já que os mesmos espaços foram fotografados nesse período. “É uma oportunidade de observar como eram os locais onde nascemos, passamos a nossa infância, moramos e trabalhamos”, diz Wagner Pacífico, diretor de Marketing da Multispectral. O Geoportal conta também com fotos de Guarulhos, Osasco e Grande ABC. A proposta não se encerra em 1958. O portal irá disponibilizar em breve imagens aéreas de São Paulo nas demais anos para fazer uma análise temporal de como a cidade se modificou em meio século. “Esse trabalho apenas começou. Nosso objetivo é ter uma informação da cidade de São Paulo por década”, conta Valdir Grossi, sócio-diretor da Multispectral.

Projeto quer capacitar (e colorir) o Capão Redondo

Revista Época
Moradores do Parque Santo Antônio serão capacitados como pintores e terão a responsabilidade de dar novas caras e cores à região
Em julho, o Capão Redondo estará mais colorido. E tudo graças a seus moradores. O designer e arquiteto Marcelo Rosenbaum criou o projeto A Gente Transforma, que propõe melhorias sociais à comunidade do Parque Santo Antônio (Capão Redondo) por meio da arte, da capacitação profissional e - por que não? -, das cores. Moradores da região serão capacitados como pintores e encarregados de pintar as casas da região do Campo do Astro, a única área de lazer do bairro. “A iniciativa desperta o entendimento de que também depende dos próprios moradores essa formação”, afirma Rosenbaum. "Trata-se mais de uma transformação humana, e não arquitetônica.”

Em 2003, o arquiteto Ruy Ohtake fez algo parecido pela cidade. Ele pintou as fachadas de casas da favela de Heliópolis, zona sul de São Paulo, e construiu uma biblioteca. Rosenbaum diz que, embora parecidos, os projetos têm suas diferenças. “Nós queremos descobrir talentos, por isso os moradores terão liberdade escolher as cores e formas que irão pintar.”
A iniciativa já era uma ideia na cabeça de Rosenbaum, mas tomou forma quando o designer conheceu a Casa do Zezinho, ONG vencedora da terceira edição do Projeto Generosidade. “Conheci a Tia Dag (fundadora do projeto), uma pessoa encantadora, que me apresentou o Parque Santo Antônio, com toda sua carência e necessidade de transformação”, diz.

Evento debate o uso medicinal da maconha

Revista Época
Liberdade de expressão, segurança pública e uso medicinal da planta serão debatidos por diversas entidades

Segundo estimativa das Organizações das Nações Unidas, cerca de 162 milhões de pessoas ao redor do planeta consomem maconha ao menos uma vez por ano. Proibida no Brasil desde 1932, por decreto do presidente Getúlio Vargas, o cultivo, comércio e consumo das plantas do gênero Cannabis foram transformados em crime, havendo também severas restrições ao seu uso como medicamento. Visando debater sobre liberdade de expressão, cultivo como alternativa ao tráfico, uso medicinal, livre arbítrio e direito de uso, a Matilha Cultural, em parceria com o grupo Growroom promove, nesta quarta-feira (19/05) das 15h às 19h, o ciclo Abrindo o Debate da Cannabis no Brasil.

As bancas serão formadas por profissionais de diversas áreas o que, segundo Sérgio Vidal, organizador ligado à Matilha Cultural, atesta a intenção de reunir pessoas com vários discursos e diferentes pontos de vista para uma conversa séria. “A ideia é justamente não ter só ativistas, mas também pessoas ligadas à academia, ou conselhos sobre drogas. Por exemplo, teremos uma psicóloga da USP e autora de um livro sobre o tráfico. Além de Renato Filez, formado em biomedicina com doutorando em farmacologia”, enumera Vidal. O evento também contará com a participação de advogados, estudiosos e dirigentes ligados a órgãos como o Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (Ibccrim), do Conselho Nacional de Políticas contra Drogas (Conad), da ONG Viva Rio e do coletivo Marcha da Maconha.

Um dos assuntos a ser destacado é a criação da Agência Brasileira da Cannabis Medicinal, que atuaria como um órgão regulador, possibilitando a implantação de tratamentos medicinais feitos a base da maconha. “É uma recomendação da ONU, segundo a qual todo país que queira usar a Cannabis como remédio precisa ter uma agência para fazer a regulamentação sobre distribuição e produção da droga. Outra função dela seria garantir que o paciente use uma droga de qualidade, para ele poder se tratar”, explica William Lantelme, do grupo Growroom. Em países como Inglaterra, Holanda e Canadá a droga é utilizada para amenizar efeitos da quimioterapia no tratamento de diversos tipos de câncer e diminuir a dor de pacientes com doenças crônicas, seja na forma de spray, cápsula ou da planta in natura. No Brasil, isso ainda não é possível por limitações da legislação vigente. Mesmo reprimida, as espécies de Cannabis são plantadas no mundo há mais de 15 mil anos e o narcotráfico tornou-se um dos maiores desafios a ser enfrentado por muitos governos. A diretora da Matilha Cultural, Rebeca Lerer, afirma que o ciclo servirá para “abrir o debate, pois a política brasileira está defasada e a sociedade sofre os efeitos da violência provocada pela criminalização da Cannabis. Essa discussão, na realidade, é para debater o antiproibicionismo, que seria o uso regulamentado da droga. É também um debate sobre a segurança pública e está relacionado aos direitos civis e da sociedade. A intenção é criar um espaço neutro tanto para o público que vai assistir pela internet, quanto o que estará presente”. Os sites http://www.matilhacultural.com.br/ e http://growroom.net/ transmitirão o evento em tempo real. A partir das 19h30 haverá ainda a exibição dos filmes O Sindicato – o negócio por trás do barato (2007) e Esperando para tragar – A vida de pacientes não-regulamentados de Cannabis (2005). O ciclo de palestras precede a Marcha da Maconha, que será realizada neste sábado (23), a partir das 14h. A caminhada acontece no Parque do Ibirapuera e pede mudanças na legislação, especialmente em relação ao consumo de drogas ilícitas. O evento ocorre desde 2008 e reuniu uma média de 200 pessoas por edição. Marco Magri, um dos organizadores, atribui o baixo número de participantes ao alto contigente de policiais destacado para acompanhar o protesto. A manifestação, que seria realizada inicialmente em fevereiro deste ano, foi reprimida pelo Ministério Público, sob alegação de que os manifestantes fariam o uso da droga durante o ato, como haviam combinado por meio de sites de relacionamento.

Confira a programação completa no site da Matilha Cultural
Abrindo o Debate da Cannabis no Brasil. Quarta-feira (19/05), das 15h às 21h30. Matilha Cultural: Rua Rêgo de Freitas, 542, tel. 3256-2636. Metrô República e Anhangabaú. Grátis

Cachaça é uma das bebidas mais produzidas?

Portal Terra
Segundo dados do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), o país possui cerca de 40 mil produtores da bebida, com cerca de 4 mil diferentes marcas de cachaças disponíveis no mercado. Dos 40 mil produtores, 99% são microempresas, que majoritariamente utilizam pequenos alambiques de cobre na produção artesanal de cachaça. As grandes empresas, que respondem pelo 1% restante, produzem a cachaça em grandes destiladores de coluna.
Os dados do Ibrac apontam ainda que a produção do mais famoso destilado nacional é de 1,2 bilhão de litros por ano. Este volume coloca a cachaça brasileira entre as bebidas destiladas mais consumidas no mundo, mesmo considerando que a exportação do produto gira em torno de apenas 1% do total produzido. Ou seja, aqui fazemos, aqui bebemos!
Segundo o Centro de Referência da Cachaça no Brasil, a bebida corresponde a 86% do mercado de destilados no país; seguido, de longe, pelos brandies e conhaques, com 6% do mercado; uísque, com 4%; vodcas, com apenas 2%; e os 2% restantes divididos entre os demais destilados.
Já se considerarmos o mercado brasileiro de bebidas alcoólicas como um todo, incluindo os fermentados, como vinhos e cervejas, a cachaça garante a segunda posição nos copos dos consumidores brasileiros, ficando atrás apenas da cerveja. Segundo dados da Associação Brasileira de Bebidas, (Abrabe), a cerveja detém 88,8% do mercado de bebidas alcoólicas no Brasil. A cachaça, sozinha, leva 6,6% do bolo, enquanto todas as demais categorias juntas somam 4,6% do mercado de bebidas alcoólicas.

Brasil consome mais café do que cerveja?

Segundo dados da Organização Internacional do Café (OIC), o Brasil é o maior produtor mundial de café, tendo produzido em 2008 quase 46 milhões de sacas de 60 quilos. Este volume de produção equivale a pouco mais de 34% da produção mundial de café.
No mesmo período, a OIC apurou que o Brasil exportou 29,5 milhões de sacas, garantindo também a primeira posição no ranking mundial de exportadores do produto. Com esse volume exportado, o país detém mais de 30% do mercado mundial de café.
Já no quesito consumo per capita, o maiores bebedores de café são os povos nórdicos, que consomem 13 kg de grãos por habitante ao ano, enquanto o brasileiro, segundo dados de 2009 da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), consome 5,8 kg de grão cru per capita, o que equivale à 4,65 kg de café torrado, o mesmo que 78 litros da bebida preparada ao ano. Este volume supera o consumo nacional de cerveja, que, pelas contas do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), fica em torno dos 50 litros per capita ao ano.

Você sabia que há 9 mil anos produzimos bebida alcoólica?

Portal Terra
Segundo relata Iain Gately em Drink: a cultural history of alcohol (Gotham Books, 2008), datações de material encontrado em um sítio arqueológico no norte da China revelou que há mais de 9 mil anos o homem já transformava intencionalmente parte de sua produção agrícola em bebida alcoólica. Porém, não há como saber ao certo qual seria a bebida produzida naquele período, ou melhor, ela não corresponderia a nada parecido com que consumimos hoje. Esses primeiros indícios vieram de um jarro, cuja análise revelou resíduos de guarda de um fermentado de arroz, mel e frutas, entre elas uvas.
Dois mil anos mais tarde, por volta do ano 5.000 a.C., em uma região entre o Mediterrâneo e o Golfo Pérsico, o homem já cultivava áreas específicas visando à produção de bebidas alcoólicas. As análises em jarras de cerâmica deste período demonstram que a bebida, neste caso, era vinho. As quantidades de jarras descobertas em cada uma das diferentes edificações da região revelam que o vinho teria tido um papel significativo na dieta daquela população. Todavia, aponta Gately, é muito provável que o vinho fosse um subproduto da transformação que o home impunha às uvas. Na verdade, a intenção seria preservar as frutas após a colheita, e a fermentação alcoólica teria sido a melhor forma de fazê-lo.

Prédio quer testes de DNA em cocô para multar donos de cães

Portal Terra
Moradores de um condomínio de luxo na região de Inner Harbor, em Baltimore, no Estado de Maryland, querem realizar testes de DNA nos cães para punir os proprietários que não retiram as fezes dos seus animais de estimação no pátio do prédio. A proposta ainda está sendo analisada pelo conselho de moradores do Scarlett Place, mas um laboratório pode ser contratado em breve pra detectar a procedência dos dejetos. As informações são do jornal local The Baltimore Sun.
O conselho deve decidir a questão em uma reunião nesta quarta-feira. O proprietário que for identificado teria que pagar uma multa de US$ 500 (cerca de R$ 917). "É absolutamente ridículo", disse Richard Hopp, um advogado que mora no prédio há quatro anos e é dono do cão Sparky. "Sinto que estou vivendo em um episódio de Seinfeld".
Steve Frans, outro morador do condomínio, é favorável à iniciativa. "Nós pagamos todo esse dinheiro e ainda vivemos pisando em fezes de cachorro. Trazemos convidados aqui e assim eles são recebidos", afirmou ao jornal americano. "Algumas pessoas acham que é engraçado. Mas esta (proposta) parece ser uma maneira razoável e objetiva de dizer: 'Este é o seu cocô, você é responsável'", completou.
Segundo os proprietários favoráveis à proposta, o problema precisa de uma solução urgente, pois chegou a um ponto que excrementos de cão já foram encontrados até dentro do elevador.

Homens mentem mais e com menos culpa que mulheres, diz pesquisa

UOL
Uma pesquisa que analisou os depoimentos de três mil britânicos concluiu que homens têm maior propensão a dizer mentiras e se sentem menos culpados em mentir do que mulheres.
O estudo indicou que cada homem britânico mente em média três vezes por dia, o que equivale a 1.092 mentiras por ano. Já as mulheres parecem mais honestas: segundo a enquete, as britânicas mentiriam em média duas vezes por dia, ou 728 vezes por ano.
A pesquisa foi encomendada pelo Museu da Ciência (Science Museum), em Londres, para marcar a inauguração de uma nova galeria. Chamada "Who Am I?" (em tradução livre, "quem sou eu?"), a nova galeria é dedicada às ciências do cérebro, genética e comportamento.
Mães
Segundo os depoimentos, a pessoa a quem o britânico tende a contar mais mentiras é sua própria mãe. Um quarto dos homens (25%) admitiu ter mentido para a mãe, em contraste com apenas um quinto (20%) das mulheres. Mentir para o parceiro ou parceira, no entanto, parece menos comum entre os britânicos: apenas 10% admitiram fazer isso.
Perguntados sobre o tipo de mentira que contam com mais frequência, os homens entrevistados disseram que a mais comum é dizer que não beberam muito. Entre as mulheres, a mentira mais comum é a clássica "está tudo bem", usada com frequência para esconder seus sentimentos.
As mulheres se revelaram mais propensas a sentir culpa após dizer uma mentira: 82% delas disseram que a mentira pesa em sua consciência, em contraste com 70% dos homens.
Existe uma mentira aceitável? A maioria, 82%, acha que sim. Por exemplo, mentir para proteger alguém é perfeitamente aceitável para 71% dos entrevistados. E 57% disseram que mentiriam a respeito de um presente de que não gostaram para não ofender quem lhes presenteou.
Com relação à qualidade da mentira, 55% dos britânicos entrevistados acham que as mulheres contam mentiras melhores, embora mintam menos.
Uma das curadoras do Museu da Ciência Katie Maggs, disse que não há consenso sobre possíveis origens genéticas, evolutivas ou culturais da mentira.
"Mentir pode parecer uma parte inevitável da natureza humana, mas também tem um papel importante nas interações sociais", disse Maggs.

Lula Futebol Clube

O Estadão
Por Nelson Mota

Como Lula adora metáforas futebolísticas, nada melhor para tentar explicar a um amigo inglês, fanático por futebol mas ignorante de Brasil, como é a política do governo Lula.
Contei que o time entrou em campo com a prata da casa, mas logo reforçou a defesa com vários jogadores comprados de times adversários, como os veteranos Jader e Renan, e o veteraníssimo Ribamar, craques em roubar bolas e parar atacantes com faltas.
O "professor" Lula segue a máxima de Nenem Prancha - "jogador tem que ir na bola como quem vai num prato de comida" - mas não contava com a voracidade dos companheiros.
Um dos problemas do time é que, muitas vezes, alguém pede bola sem receber, faz corpo mole e abre o bico. Com a defesa batendo cabeça, Lula perdeu o seu impetuoso armador Delúbio e o volante Silvinho "Land Rover", que distribuía o jogo na intermediária, expulsos por mão na bola.
E quase tomou uma goleada no primeiro tempo. Foi salvo pelo craque Thomaz Bastos, cérebro do meio de campo, que organizou a defesa, resistiu a todos os ataques e ainda virou o jogo na segunda etapa.
Mas o time voltou insistindo em avançar pelo costado esquerdo da cancha, com o bisonho Tarso no lugar de Thomaz Bastos, que saiu exausto, e com as investidas desastradas do canhotinha Amorim, que levaram várias bolas nas costas e dribles desmoralizantes. Mas no meio de campo os competentes Meirelles e Palocci mandavam no jogo, chutando com as duas, e impondo seu futebol de resultados, sem jogar para a arquibancada.
Quando perdeu seu capitão, o catimbeiro Dirceu, e depois a revelação do meio campo, Palocci, que levaram cartão vermelho, Lula improvisou o cabeça de área Rousseff como capitão e os perebas Lobão e Geddel como volantes. E mesmo assim está dando uma goleada. Mas a bola ainda está rolando.
Uma originalidade do time de Lula é que, talvez pela fraqueza dos adversários, quase todos os gols que tomou foram feitos pelos seus próprios defensores, como os pernas de pau Valdebran e Gedimar, no fim do primeiro tempo.
Mas sua maior jogada foi instituir o "Bola-Família", que deu 70% da lotação do estádio para a sua torcida.

Do Blog: é isso aí.

País chega a 600 mil usuários de crack e governo lança plano de combate

O Estadão
Promessa é dobrar nº de leitos em hospitais para atendimento de dependentes; em SP, programa no centro internou 240 em 10 meses
Em cinco anos, o número de usuários de crack quase dobrou no Brasil: de 380 mil para 600 mil. O problema agora mobiliza o governo federal, que planeja dobrar o número de vagas para internação de usuários neste ano - de 2,5 mil para 5 mil - e lançou ontem um programa de R$ 410 milhões. Mas se São Paulo, base das ações governamentais anteriores servir de exemplo, o desafio está longe de ser vencido.
O presidente Lula defendeu a ação conjunta de diferentes esferas governamentais e entidades. "Vamos querer que os prefeitos, governadores, sindicatos, igrejas, todos participem, queremos enfrentar isso de modo decisivo", disse. "Mas o desafio será grande porque existem dificuldades clínicas para identificar o problema. A dependência é muito maior do que a de outras drogas e o saber sobre o crack no Brasil ainda é incipiente", observou o sociólogo Luiz Flávio Sapori, coordenador do Centro de Estudos e Pesquisa em Segurança Pública da PUC-Minas, que finaliza estudo sobre o crack na Grande Belo Horizonte.
Há exatos dez meses, teve início a Ação Multidisciplinar Centro Legal, da Prefeitura de São Paulo, esforço concentrado de técnicos da Saúde, Assistência Social e de policiais para atuar de forma concentrada e ininterrupta na região da cracolândia. Foi feito um censo que deu nome a todos os dependentes que vivem na região. São 442. Se considerar aqueles que vagam dias pelo local para usar a droga, a população pode ser multiplicada por cinco. Diariamente, mais de 160 agentes comunitários realizam, em média, 300 abordagens para convencer esse grupo a procurar ajuda. Em dez meses, foram mais de 87 mil abordagens.
Houve 4.463 encaminhamentos a unidades de saúde e 240 internações. Apesar disso, não há números oficiais de pessoas que deixaram o vício. "É diferente da infecção, que pode ser curada. O dependente terá de administrar para sempre o vazio deixado pelo crack", diz o médico Antônio Sérgio Gonçalves, gerente do Caps AD centro. Um dos efeitos visíveis do programa foi que a concentração dos agentes públicos na região acabou dispersando os dependentes para outros bairros da região central. Se no começo eles circulavam entre Campos Elísios e República, agora estão também em Santa Cecília e Higienópolis.
Campanha. A nova iniciativa interministerial deve atuar em três frentes (prevenção, combate e tratamento), com medidas como a instalação de 11 postos de fronteira para combater o tráfico. As ações imediatas incluem uma campanha nacional de conscientização sobre a droga e a promoção de cursos de especialização para profissionais de Saúde.

Do Blog: não confio nestes números, deve ser bem maior o número de usuários. E nesta guerra, para vencê-la, a policia tem papel fundamental. O governo ficará gastando fortunas para internar, tratar, liberar, reinternar, tratar liberar, num ciclo sem fim. As ações de saúde pública são importantes claro, mas o foco deve ser a raiz do problema, a venda. E isso é papo reto entre os Zóme e os patrões.

Limiar de vida artificial pode ainda não ter sido cruzado

da Associated Press, em Washington
Cientistas aplaudiram o trabalho de Craig Venter e sua equipe, que conseguiram fazer uma bactéria funcionar com um genoma artificial, mas ainda não há consenso se o trabalho criou vida artificial propriamente dita.
Venter e seu grupo sintetizaram o genoma de uma bactéria e a transplantaram para dentro de uma bactéria aparentada.
O genoma transplantado começou a funcionar na nova bactéria, produzindo proteínas características.
O resultado foi aclamado como a chegada da vida artificial, com seu potencial de produção controlada de biocombustíveis e outras substâncias por bactérias criadas sob medida.
Mas o experimento pode ainda não ter cruzado o limiar de criação de vida artificial. Isso porque a bactéria receptora ainda era natural. Apenas seu genoma foi retirado. Seu citoplasma (parte líquida de uma célula), cheio de substâncias próprias, continuava presente.
"O genoma sintético funcionou no hardware de uma célula moderna", notou o físico Steen Rasmussen, da Universidade do Sul da Dinamarca.
Rasmussen fez parte de um grupo de oito cientistas importantes que publicaram na revista "Nature" análises críticas sobre o resultado de Venter.

O que os cientistas disseram sobre a celula sintética

Folha Online
"Um genoma prostético traz para mais perto o dia em que formas de vida poderão ser feitas inteiramente a partir de material não-vivo. Como tal, revitalizará questões perenes sobre o significado da vida _o que ela é, por que ela é importante e que papel os humanos deveriam ter em seu futuro. Embora essas questões sejam controversas e difíceis de resolver, a sociedade ganhará com o esforço"MARK BEDAU, filósofo, Real College, Oregon (EUA), na revista "Nature"

"É um avanço técnico, não conceitual (...) O "tour de force" técnico de Venter estende a engenharia genética avançada a organismos que até agora têm permanecido inacessíveis à modificação. Ele chama isso de "ir de ler o nosso código genético para ter a capacidade de escrevê-lo". Pode soar assustador, mas nada garante que aquilo que será escrito vá fazer sentido. Pode ser que vire um conto de fadas, um drama, uma novela de ficção científica ou um documentário sobre novas terapias."MARTIN FUSSENEGGER, professor de biotecnologia e bioengenharia, Politécnica de Zurique (Suíça), na revista "Nature"

"Francamente, os cientistas não sabem o bastante sobre biologia a ponto de criarem vida. Embora o Projeto Genoma Humano tenha expandido a lista de partes necessárias para fazer células, não há um manual de instruções para juntá-las e fazer uma célula viva. É como tentar montar um 747 que funcione a partir de sua lista de partes -- impossível. Embora alguns de nós na biologia sintética tenhamos delírios de grandeza, nossos objetivos são bem mais modestos."JIM COLLINS, professor de engenharia biomédica, Universidade de Boston (EUA), na revista "Nature"

"Hoje já se faz em qualquer laboratório uma versão simplificada desse processo de inserir trechos de DNA em bactérias. Qualquer diabético que tome insulina beneficia-se dessa tecnologia, por exemplo, em que insulina humana é fabricada em bactérias geneticamente manipuladas. Essa tecnologia certamente continuará a ser a forma corriqueira de manipular orgnaismos a curto e médio prazo, inclusive para as aplicações que Venter antecipa como objetivos últimos de biologia sintética, como fontes novas de biocombustíveis. Incerto é se um eventual organismo sintético, que precisará quase certamente ser uma versão não existente na natureza, será viável de desenvolver, replicar, e demonstrar utilidades práticas. Mas, em se tratando de Craig Venter, quem apostar contra é um tolo."MARCELO NÓBREGA, professor de genética humana, Universidade de Chicago (EUA), à Folha

"Isso é uma coisa complicada, que Venter admite ter um potencial poderoso para o bem e para o mal. Venter é muito preciso quanto aos benefícios, mas não especifica os perigos. O trabalho merece entusiasmo, mas somente na medida em que se dá atenção aos riscos na mesma medida que aos benefícios"JOHN HARRIS, especialista em bioética da Universidade de Manchester (Reino Unido), ao jornal "The Independent"