quarta-feira, 28 de julho de 2010

Pescoço teve papel fundamental na evolução humana

Estadão
Parte da anatomia possibilitou avanço de movimentos e destreza em ambientes terrestres e aéreos

SÃO PAULO - Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, e publicado na última terça-feira na revista online Nature Communications revela que o pescoço deu ao homem tamanha liberdade de movimentos que teve papel fundamental na evolução.
A conclusão deriva da análise genética de seres humanos e peixes. Cientistas achavam que as nadadeiras peitorais em peixes e os membros superiores (braços e mãos) em humanos recebessem nervos a partir dos mesmos neurônios. Afinal, nadadeiras e braços parecem estar no mesmo local no corpo.
Não exatamente. De acordo com a pesquisa, liderada por Andrew Bass, durante a transição ocorrida entre peixes e animais que passaram a caminhar sobre a terra - que deu origem aos mamíferos -, a fonte dos neurônios que controlam diretamente os membros superiores se deslocou do cérebro para a medula espinhal, à medida que o tronco se distanciou da cabeça e o pescoço entrou em cena.
Os braços no homem, assim como as asas de aves e morcegos, separaram-se da cabeça e ficaram posicionados no tronco, abaixo do pescoço, indica o estudo.
“O pescoço possibilitou o avanço de movimentos e da destreza em ambientes terrestres e aéreos. Essa inovação em biomecânica ocorreu simultaneamente a mudanças no modo com que o sistema nervoso controla os membros”, disse Bass.
De acordo com o pesquisador, o surgimento desse nível de plasticidade evolutiva provavelmente é responsável pela grande variedade de funções dos membros superiores, do voo em aves e do nado em baleias e golfinhos às habilidades humanas.

Não ter amigos é tão perigoso quanto fumar ou beber em excesso

Estadão
WASHINGTON - Não ter amigos pode ser tão perigoso para a saúde como fumar ou consumir álcool em excesso, diz um estudo de cientistas americanos publicado na última terça-feira no site da revista PLoS Medicine.
Os especialistas, da Universidade Brigham Young, em Utah, e do Departamento de Epidemiologia da Universidade da Carolina do Norte, asseguram que o isolamento é ruim para a saúde e, no entanto, essa é uma tendência cada vez maior no mundo industrializado, onde "a quantidade e a qualidade das relações sociais estão diminuindo enormemente".
Estudos prévios demonstraram que as pessoas com menos relações sociais morrem antes daquelas que se relacionam mais com amigos, conhecidos e parentes.
Por isso, preocupados com o aumento de pessoas que se relacionam menos com as outras, os cientistas analisaram como um isolamento excessivo pode afetar a saúde. Para tanto, os pesquisadores recorreram a 148 estudos prévios com dados sobre a mortalidade de indivíduos em função de suas relações sociais.
Após analisar informações de 308.849 indivíduos acompanhados por cerca de 7,5 anos, os pesquisadores descobriram que as pessoas com mais relações sociais têm 50% mais chances de sobrevivência do que quem se relaciona menos com outros.
Segundo os especialistas, a importância de ter uma boa rede de amigos e boas relações familiares "é comparável a deixar de fumar e supera muitos fatores de risco como a obesidade e a inatividade física".
Esses resultados também revelam que, analisando a idade, o sexo ou a condição de saúde do indivíduo, a integração social pode ser outro fator levado em conta na hora de avaliar o risco de morte de uma pessoa.
"A medicina contemporânea poderia se beneficiar do reconhecimento de que as relações sociais influem nos resultados de saúde dos adultos", apontam os responsáveis pelo levantamento. Eles acreditam que médicos e educadores deveriam advertir sobre a importância da relações sociais da mesma forma que defendem o antitabagismo, uma dieta saudável e a realização de exercícios.

Cientistas: grande asteroide pode atingir a Terra em 2182

Portal Google
Cientistas alertaram que um grande asteroide pode atingir a Terra e estimam que o mais provável é que, se acontecer o impacto, ele ocorra em 24 de setembro de 2182. O asteroide, chamado de 1999 RQ36, tem uma chance em 1 mil de atingir a Terra antes do ano 2200, mas as chances dobram na data estimada. Maria Eugenia Sansaturio e colegas da Universidade de Valladolid, na Espanha, calcularam a data mais provável de impacto através de modelos matemáticos e publicaram a pesquisa no jornal especializado Icarus. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail.
Pode parecer muito tempo, mas, de acordo com os pesquisadores, qualquer tentativa de desviar o 1999 RQ36 tem que acontecer com pelo menos 100 anos de antecedência para ter alguma chance de sucesso.
Descoberto em 1999, o asteroide tem, de acordo com a Nasa - a agência espacial americana -, 560 m de diâmetro. Segundo a reportagem, os cientistas afirmam que, com o seu tamanho, o 1999 RQ36 pode causar uma grande devastação e até extinção em massa.

Como desviar um asteroide
Segundo a reportagem, os pesquisadores discutem há anos maneiras de mudar a trajetória de um asteroide. O método mais conhecido seria detonar uma ogiva nuclear. No último mês, David Dearborn, do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, nos Estados Unidos, defendeu que armas nucleares podem ser a melhor estratégia para esse tipo de trabalho - especialmente em uma combinação de grande asteroide com pouco espaço de tempo para desviá-lo.
Outra ideia citada pela reportagem é a utilização de uma espaçonave com espelhos que refletiriam os raios do Sol em direção ao asteroide. Os gases da superfície poderiam criar um pequeno, mas suficiente, impulso.
Uma terceira opção, certamente a mais barata, seria chocar uma espaçonave contra o asteroide. A pequena força gravitacional da nave seria suficiente para mudar o caminho. Contudo, esse plano precisaria de muito tempo para fazer efeito.

Por que não se tem certeza?
O 1999 RQ36 faz parte de um grupo de asteroides que podem atingir o nosso planeta devido às suas órbitas. Além disso, a sua trajetória é muito bem conhecida graças a 290 observações diferentes por telescópios e 13 medições por radar.
Com tudo isso, como os cientistas não conseguem ter certeza de que ele vai ou não atingir a Terra? O problema é o chamado efeito Yarkovsky. Descoberto em 2003 pelo engenheiro russo de mesmo nome, o efeito é produzido quando, em seu caminho, o asteroide absorve energia do Sol e a devolve ao espaço em forma de calor, o que pode subitamente mudar sua órbita.

Conjunto de "plantas marinhas" cai 40% desde 1950

Folha Online
A massa de fitoplâncton dos oceanos, organismos microscópicos aquáticos que fazem fotossíntese, desaparece em todo o mundo à taxa de 1% ao ano, segundo estudo publicado nesta quarta-feira (28) na revista científica "Nature".
Desde 1950, a massa de fitoplâncton despencou em cerca de 40%, provavelmente por causa do impacto acelerado do aquecimento global, ressaltaram cientistas.
O fitoplâncton tem grande importância para o equilíbrio da natureza porque esses microorganismos produzem cerca de metade da matéria orgânica da Terra e do oxigênio da atmosfera. Ele também consome grande parte de CO2, gás do efeito estufa.
Por isso, seu deficit deve afetar os processos climáticos e ciclos bioquímicos como o do carbono.
Esses organismos, constituídos principalmente por algas, são a base da cadeia alimentar animal marinha, de camarões a baleias.

COMBUSTÍVEL

"O fitoplâncton é o combustível que move os ecossistemas marinhos", disse o principal autor do estudo, Daniel Boyce, professor da Universidade Dalhousie, na província canadense da Nova Escócia.
"Um declínio afeta toda a cadeia alimentar, inclusive os humanos", afirmou.
O ritmo deste declínio, maior nas regiões polares e tropicais coincidiu com o ritmo com que se aquecem as temperaturas da superfície dos oceanos, como resultado das mudanças climáticas, acrescentou o estudo.
Como todas as plantas, o fitoplâncton precisa de luz do sol e nutrientes para crescer.

ZONA MORTA

Mas oceanos mais quentes ficam mais estratificados, criando uma "zona morta" na superfície, onde menos nutrientes chegam das camadas mais profundas.
Segundo os cientistas, as descobertas são preocupantes.
"O fitoplâncton é uma parte crítica do nosso sistema de suporte planetário --ele produz metade do oxigênio que respiramos, reduz o dióxido de carbono na superfície e, por fim, sustenta toda a indústria pesqueira", explicou Boris Worm, coautor do estudo.
Boyce e seus colegas combinaram dados históricos e de alta tecnologia para medir a redução progressiva das minúsculas algas.
Em um estudo separado, também publicado na "Nature", uma equipe de cientistas chefiada por Derek Tittensor, também de Dalhousie, descobriu um vínculo estreito entre as temperaturas marinhas e a concentração de biodiversidade dos oceanos.
Em mais de 11.000 espécies, de zooplâncton a baleias, o único fator ambiental vinculado a todas elas é a temperatura.
"Este vínculo sugere que o aquecimento dos mares, como o provocado pela mudança climática, pode rearranjar a distribuição de vida marinha", disse Tittensor em um comunicado.

Imazon diz que desmatamento na Amazônia aumentou em junho

Portal Uol
O desmatamento na Amazônia voltou a subir em junho, de acordo com levantamento da organização não governamental Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Os satélites registraram 172 quilômetros quadrados (km²) de desmate, aumento de 15% em relação a junho de 2009.
O Pará liderou o desmatamento no mês, com 115 km² de floresta derrubada (67% do total de junho), seguido pelo Amazonas, com 22 km² de desmate, e por Mato Grosso, que perdeu 18 km² de vegetação nativa.
Segundo o Imazon, em junho, o desmatamento ocorreu principalmente na região da BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA), nos trechos entre os municípios paraenses de Itaituba, Novo Progresso e Altamira. A derrubada também se concentrou na rodovia Transamazônica, entre os municípios de Apuí e Humaitá, no Amazonas.
Faltando um mês para completar o calendário oficial do desmatamento, que vai de agosto de um ano a julho do outro, o Imazon aponta tendência de aumento na devastação da floresta. No acumulado entre agosto de 2009 e junho de 2010, o desmatamento detectado pela ONG foi de 1.333 km². A soma é 8% maior que a registrada no período anterior (agosto de 2008 a julho de 2009), quando a devastação medida foi de 1.234 km².
A tendência de aumento do desmate apontada pelo Imazon vai na contramão do que mostram até agora as estimativas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável pelas estatísticas oficiais do desmatamento.
Em maio, o Inpe detectou 109,6 km² de novos desmatamentos, 12% menor que a área registrada pelos satélites no mesmo mês do ano passado. Somados os primeiros dez meses do calendário oficial de desmatamento, houve redução de 47% da devastação em relação ao período anterior, de acordo com os alertas do sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Inpe.
No entanto, a tendência de redução verificada a partir dos dados do Inpe – e comemorada pelo Ministério do Meio Ambiente – ainda não inclui os números da devastação em junho e julho, meses em que as motosserras avançam mais por causa do período seco, que facilita o corte e o transporte da madeira ilegal na região.
A taxa anual do desmatamento é calculada pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), também do Inpe, e deve ser divulgada em outubro.

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Senhores da Guerra

Vejam no link abaixo os números das guerras que os EUA participaram. Será que algum historiador chegou a fazer a projeção de como seria a região ou país hoje se não houvessem estas guerras?

http://veja.abril.com.br/infograficos/senhores-da-guerra

Físicos da Europa e dos EUA próximos de encontrar a "Partícula de Deus"

Revista Veja
Para descobrir a partícula, os cientistas tentam recriar as condições do Big Bang, acelerando e colidindo partículas
Cientistas americanos e europeus anunciaram nesta segunda-feira em Paris que ainda não encontraram a "partícula de Deus". Mas, já têm uma boa ideia de onde ela não está.
A cada nova descoberta, os cientistas sabem com mais precisão onde procurar o Bóson de Higgs, como é conhecida na Física a "partícula de Deus". Eles sabem que, caso exista, ela está no intervalo entre 115 e 200 bilhões de elétron volts (eV) — uma unidade para medir a energia ou a massa de partículas na Física. Um eV é extremamente pequeno e unidades de milhões de elétron volts, MeV ou GeV, são mais comuns. A última geração de aceleradores de partículas alcançam muitos milhões de elétron volts, representados por TeV. Um TeV é a quantidade de energia que uma mosca gasta para voar.
Agora, resultados do laboratório americano Fermilab mostram que ela não está não está no intervalo entre 158 e 175 bilhões de elétron volts. Em comparação, o próton, uma das partículas centrais da matéria, possui uma massa de um bilhão de elétron volts. É como se você estivesse procurando um objeto na sua casa e soubesse que ele não está na sala, nem na cozinha e nem na área de serviço. Sobraram os quartos.
A famosa partícula é considerada pelos teóricos a responsável por atribuir massa à matéria. Se os cientistas a encontrarem, isso quer dizer que o Modelo Padrão da Física está correto. Mas, se conseguirem provar que ela não existe, será preciso pensar em uma forma de explicar a natureza completamente diferente do que temos agora.
Para descobrir a partícula, os cientistas tentam recriar as condições do Big Bang, durante a formação inicial do universo, acelerando e colidindo partículas entre si. Com isso, é possível estudar os restos das explosões e identificar como se deu o processo de formação de tudo que existe hoje. Atualmente, existem dois aceleradores de partículas no mundo que estão empenhados nessa descoberta: o americano Fermilab e o europeu LHC, ou Grande Colisor de Hadrons.
Físicos trabalhando no Fermilab na última década reuniram dados de mil trilhões (um, seguido de 15 zeros) de colisões de prótons e antiprótons procurando por sinais do Bóson de Higgs. Com os novos resultados, ficou mais fácil descobrir, se ela existir, onde a partícula está se escondendo.
Mas o Fermilab não é o único na caça pela partícula de Deus. Pesquisadores do europeu LHC, mais poderoso acelerador de partículas do mundo e que atualmente opera com metade da sua capacidade, disseram que já identificaram todas as partículas da Física atual, abrindo caminho para as novas partículas, incluindo o Bóson de Higgs. É a primeira vez, por exemplo, que o Top Quark, uma das partículas fundamentais do Modelo Padrão da Física, é identificada fora dos EUA.
A ideia é que o LHC chegue em sua potência máxima até 2013. Quanto mais energia, disseram os cientistas, mais eles se aproximam do Big Bang.

“Dilma e Serra são muito parecidos”, diz Marina

Revista Veja
A candidata à Presidência da República Marina Silva (PV) voltou a criticar, nesta segunda-feira, o comportamento de seus principais concorrentes, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Durante sabatina promovida pelo portal Terra, disse que eles mudam de ideia de acordo com o público para o qual falam. “Tem gente que assume o compromisso e em seguida revoga o próprio compromisso”, ressaltou.
Quando questionada sobre qual dos dois oponentes sente-se mais próxima, Marina disse considerá-los muito parecidos. “A diferença é mais porque um é homem e a outra é mulher, ambos são desenvolvimentistas e têm o estilo ‘eu, eu, eu’, mas meu respeito com os dois é grande”, comentou.
Como faz parte de um partido inexpressivo no Congresso, foi perguntado à candidata do PV como ela iria viabilizar o governo sem apoio entre os parlamentares. Marina afirmou que irá se unir aos melhores de todos os partidos, “com os que estão comprometidos com idéias e visão de país”, independentemente da legenda. “O PT e o PSDB tentaram governar sozinhos e ficaram reféns do que há de pior no fisiologismo do Congresso”, disse.
Bom humor – Marina Silva repetiu a proposta afirmada em outros momentos de ser criada uma assembleia constituinte para votar grandes mudanças, como a reforma política. “Mas ela [a reforma política] pode começar agora, escolhendo candidatos que estejam comprometidos”, comentou.
Em seguida, arrancou risadas dos entrevistadores: “O problema é que as pessoas escolhem qualquer um. Aí vira a história do príncipe encantado. A pessoa se casa com o indivíduo e depois fica beijando para ver se vira príncipe. Nada contra os sapos, até porque tem muita gente aí que é mais feia que um sapo”.

Do Blog: Marina Silva tem razão onde vê semelhança em Dilma e Serra quando se fala em omissão de seus partidos (PT e PSDB) por não terem feito a Reforma Política, a Reforma Tributária, a Reforma Previdenciária e a Trabalhista. São semelhantes quando se percebe a omissão quanto a banalidade da violência prejudicou a educação da sociedade e principalmente são semelhantes quando querem o poder. A diferença é que Serra é neoliberal assumido enquanto a Dilma brinca de melancia, verde e amarelo fora e vermelho dentro.

Marina Silva é uma opção saudável. Pena que será engolida pelos lobos, na triste e repetitiva cena onde a Chapéuzinho Vermelho escolhe o perigoso caminho da floresta e é enganada. Ela só não morre porque afinal existem muitos lobos por aí e uma só Chapeuzinho Vermelho.

Latino-americanas mais escolarizadas casam menos, diz estudo

Portal Terra
As mulheres latino-americanas mais escolarizadas têm menos probabilidade de se casar do que as mulheres menos educadas ou que os homens igualmente educados, segundo afirma uma pesquisa da Universidade Harvard.De acordo com a pesquisa, baseada em dados de censos de mais de 40 países, quando se casa, grande parte das mulheres latino-americanas mais escolarizadas tende a fazê-lo com homens menos educados.
No Brasil e na Colômbia, por exemplo, cerca de 40% das mulheres mais escolarizadas se casam com homens menos educados, enquanto que nos Estados Unidos essa proporção é de apenas 16%. O estudo Schooling Can't Buy me Love (Escolaridade não pode comprar o amor, em tradução livre) define como mulheres mais escolarizadas as que têm pelo menos nível secundário completo.

Capacidade no lar
Os autores da pesquisa concluem que os homens latino-americanos valorizam mais a capacidade de uma mulher no lar do que sua preparação acadêmica na hora de escolher uma esposa. Segundo eles, a América Latina apresenta uma situação diferente da de outras regiões também analisadas, como países desenvolvidos ou do leste europeu. "Identificamos que quando uma mulher se casa com um homem menos educado do que ela, tende a trabalhar mais, enquanto quando se casa com um homem igualmente escolarizado, tende a ficar em casa", disse à BBC um dos autores do estudo, Ricardo Hausmann, ex-ministro de Planejamento da Venezuela.
Apesar disso, o estudo indica que quando as mulheres se casam com homens menos escolarizados, eles em sua maioria têm uma renda superior à média de seu perfil de idade e escolaridade. "Talvez seja algo que a mulher lhe acrescente, que lhe dê mais conexões, mais contatos, mais mundo, ou pode ser que se o homem não fosse uma pessoa relativamente capaz, a mulher não teria se casado com ele", comenta Hausmann, que é diretor do Centro de Desenvolvimento Internacional de Harvard.
Um estudo anterior do Fórum Econômico Mundial sobre a diferença entre os gêneros, do qual Hausmann participou, indicava que as mulheres latino-americanas haviam eliminado a diferença com os homens em termos de nível educacional e que hoje as mulheres são mais escolarizadas na média do que os homens na região. "Parte da hipótese que se poderia ter é que se as condições educacionais são igualadas, os gêneros vão se igualando em outras dimensões. E uma das coisas que aparece é que efetivamente as mulheres mais educadas tendem a trabalhar mais, mas há também toda essa complexa dinâmica em torno do casamento", afirma Hausmann. "Não esperávamos descobrir que mais educação implica também mais dificuldade de se casar", diz.

Estudo: sexo pode ajudar no crescimento de células do cérebro

Portal Terra
Um estudo da Universidade Princeton, nos Estados Unidos, indica que o sexo pode ajudar células do cérebro a crescer e também é capaz de diminuir a ansiedade. Como pesquisas anteriores indicavam que eventos estressantes pode reprimir o crescimento de neurônios em adultos, os cientistas decidiram testar eventos contrários ao estudar o efeito do sexo em ratos. As informações são do Live Science.
Os pesquisadores colocaram no mesmo espaço ratos machos adultos e fêmeas sexualmente receptivas uma vez ao dia durante duas semanas e, com outros animais, apenas uma vez em duas semanas. Os cientistas mediram no sangue dos roedores os níveis de um hormônio conhecido como glucocorticoide, ligado ao estresse e que pode estar relacionado a efeitos prejudiciais ao cérebro causados por experiências desagradáveis.
Quando comparados com machos virgens, ambos os grupos de ratos sexualmente ativos apresentaram uma proliferação de células no hipocampo, área do cérebro ligada à memória e especialmente sensível a experiências desagradáveis. Os animais que tiveram um maior número de relações sexuais apresentaram também um crescimento no tamanho dos neurônios, assim como no número de conexões entre essas células.
Por outro lado, os roedores que viram as fêmeas apenas uma vez em duas semanas tiveram um aumento no hormônio ligado ao estresse, enquanto que o outro grupo não apresentou nenhum aumento. Os cientistas dizem que o grupo que mantinha relações sexuais diárias era mais rápido que os virgens para consumir alimentos em um ambiente desconhecido - o que indica menor ansiedade.
Os pesquisadores afirmam ainda que, se por um lado os hormônios do estresse podem fazer mal ao cérebro, esse efeitos podem ser anulados por uma experiência prazerosa. O estudo foi publicado no jornal especializado PLoS ONE.

Crônica de um fracasso ambiental

Em 1960, russos abateram 4.046 baleias-jubarte. Foto: Instituto Baleia Jubarte/Divulgação

Estadão
Reunião para pôr fim à caça de baleias termina sem acordo; só pressão da opinião pública pode resolver impasse
Sete meses depois da Conferência do Clima de Copenhague, outra reunião global para tratar de questões ambientais terminou em fracasso. No fim do mês passado, 74 dos 88 países membros da Comissão Internacional da Baleia (CIB) reuniram-se em Agadir, no Marrocos, para tentar pôr um fim à caça dos mamíferos. Apesar da ampla maioria, foram derrotados por um grupo encabeçado por Japão, Noruega e Islândia. Agora, embora o fracasso de Agadir tenha tido pouca repercussão, dez entre dez especialistas acreditam que só a opinião pública mundial pode forçar uma solução para o impasse: a hora é de pressão política e econômica internacional.
Calcula-se que todo ano sejam caçadas no planeta cerca de 1.900 baleias, de várias espécies. Os grandes responsáveis por isso são baleeiros japoneses, noruegueses e islandeses. O curioso é que a prática está banida por uma moratória instituída pela CIB em 1986. Os países que a mantêm se valem de um artifício: a caça para fins científicos é permitida pela Convenção Internacional para Regulação da Atividade Baleeira, de 1946.
Vários países já denunciaram o programa de "caça científica" do Japão como mera fachada para a atividade baleeira comercial. Apesar disso, os japoneses continuam a praticá-la, até mesmo no Santuário Baleeiro do Oceano Austral. Por conta disso, a Austrália acionou o país na Corte Internacional de Haia.
"Os países conservacionistas têm de fazer pressão política sobre o Japão. O país será sede da Convenção de Diversidade Biológica em outubro e se comprometeu com a biodiversidade global. O mundo tem de fazer o Japão perceber que não pode apoiar a biodiversidade de um lado e caçar baleias de outro", afirma Susan Lieberman, dirigente do Programação de Conservação de Baleias da fundação americana Pew Charitable Trusts. "Os japoneses podem estar legalmente aptos a fazer a caça científica, mas isso não significa que seja correto, ou realmente científico. Eles deveriam parar com todo tipo de caça, principalmente no Santuário Austral."
Além de manter seu programa "científico", o Japão é o principal destino dos produtos derivados das baleias caçadas pela Islândia. Em 2009, a Islândia exportou 372 toneladas de carne de baleia da espécie fin ? um aumento substancial em relação às 80toneladas de 2008 ?, o que rendeu ao país US$ 6,4 milhões.
A parceria entre islandeses e japoneses, no entanto, corre risco. A Islândia está sendo pressionada pelo Parlamento Europeu a escolher entre a vaga que pleiteia na União Europeia e a manutenção da caça às baleias.
"A resolução do Parlamento deixou claro que a Islândia não poderá negociar o acesso à Comunidade Europeia apenas com base no compromisso de reduzir o número de baleias caçadas", diz Arni Finnsson, presidente da Associação para a Preservação da Natureza na Islândia. "Está claro que a caça às baleias e a entrada para a União Europeia não são temas conciliáveis."
Retrocesso. Como a CIB está longe do status do Parlamento Europeu e não tem poder de sanção, os países caçadores saíram de Agadir com o arpão e o queijo na mão. "Se a CIB pudesse punir, essas nações não fariam parte dela", diz Ana Paula Prates, gerente de Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros do Ministério do Meio Ambiente e integrante da delegação brasileira na CIB.
Ana afirma que, apesar do fracasso do encontro no Marrocos, o resultado poderia ter sido ainda pior. "Acabou sendo menos ruim não aceitar a proposta que estava na mesa. A ideia no início era manter a moratória, mas regularizar a caça nos três países que ainda insistem nela, estipulando cotas de acordo com as bases do Comitê Científico da CIB", explica Ana Paula. "Em contrapartida, queríamos que o Japão deixasse de caçar no Santuário e pretendíamos controlar suas cotas. Como eles não abriram mão, desistimos."
A estratégia da CIB diante do impasse foi adiar as discussões sobre a caça. Mas a comissão já começa a pagar um preço pela tolerância com a atividade. Países que sempre respeitaram a moratória, como a Coreia, manifestaram oficialmente em Agadir interesse na caça comercial.
Coincidência ou não, a Coreia registra altos índices de "caça acidental" ? alega que os seus pesqueiros acabam capturando baleias com redes usadas para pegar peixes. Aliás, o número de restaurantes que servem carne de baleia na Coreia já chega a cem, igual ao da Islândia
"O risco era esse: não conseguir um acordo e deixar para os outros países o recado de que tudo pode acontecer"", afirma Susan, citando China e Rússia como potenciais problemas. Os russos, por exemplo, já foram grandes caçadores. Abateram 4.046 jubartes num único ano, 1960, nas Ilhas Geórgias do Sul.
A reunião ocorreu em meio a denúncias de que delegados japoneses compraram votos de países-ilha no Pacífico e de nações africanas ? que já tinham sido feitas no documentário The Cove, vencedor do Oscar deste ano. Apesar de comentados nos bastidores, os rumores não foram discutidos no plenário.
"O Japão já admitiu que paga a outras nações para que participem de conferências", diz Susan. "Não há nada errado nisso, contanto que não seja uma forma de barganha. Mas alguns países acusados de receber dinheiro em troca de votos abriram processo de investigação interna."

Nasa elabora mapa de Marte com melhor definição já vista

Revista Época
As imagens foram feitas pela Themis, uma câmera da sonda espacial Mars Odyssey que fotografa com radiação infravermelha
A Nasa (agência espacial dos Estados Unidos) conseguiu mostrar o planeta Marte com a maior precisão na história graças à câmera da sonda Mars Odyssey, que mostra o planeta vermelho ao público com a melhor definição vista até o momento.
O mapa foi construído com cerca de 21 mil imagens tiradas pelo Sistema Térmico da Imagem Latente da Emissão, o "Themis", uma câmera com radiação infravermelha carregada pela sonda espacial. Os pesquisadores do Centro de Voo Espacial de Marte da Universidade Estadual do Arizona, na cidade de Tempe, em colaboração com o Laboratório de Jato-Propulsão da Nasa, em Pasadena, na Califórnia, apresentaram ao público o mapa que começaram a elaborar há oito anos.
A câmera fotografou detalhes do planeta vermelho e os cientistas trataram as imagens para conseguir a máxima nitidez possível. As imagens foram suavizadas, misturadas e organizadas cartograficamente em um mapa interativo que a Nasa disponibilizou em seu site (http://www.mars.asu.edu/maps/?layer=thm_dayir_100m_v11).
"A equipe do Themis elaborou um produto espetacular, um mapa que os pesquisadores de Marte utilizarão como base durante muitos anos", disse Jeffrey Plaut, cientista do projeto Mars Odyssey. O mapa estabelece o marco para estudos globais de propriedades como a composição mineral e a natureza física dos materiais da superfície de Marte, segundo ele.
O objetivo "é fazer com que a exploração de Marte seja fácil e atrativa para todos", disse o principal pesquisador do Themis, Philip Christensen. "Estamos tratando de criar uma interface fácil de usar entre o público e o sistema de dados planetários da Nasa, que faz um trabalho excelente de recolher, validar e arquivar os dados", afirmou.

Governo tem de inovar em educação e saúde, dizem especialistas

Revista Época
Os brasileiros deverão ter mais empregos nos próximos anos, impulsionados pelo crescimento econômico e ganho de poder de compra da população – mas isso não bastará para que tenham empregos melhores, do tipo que exige criatividade e paga melhor. Para que o país tenha mais e melhores postos de trabalho, precisará inovar, mais e melhor do que tem feito até agora. “O investimento em inovação tem de dar retorno. Precisamos investir nos cientistas que sejam também empreendedores”, afirmou nesta terça-feira (27/7) Robert Binder, gestor nacional do Criatec, fundo de estímulo a microempresas de base tecnológica. A declaração foi feita no 8º Congresso Internacional Brasil Competitivo, em São Paulo.
Os governos não precisam ter receio de dar esse tipo de destinação ao dinheiro público, segundo a avaliação de outro especialista, Ary Plonsky, presidente da Anprotec, associação de incubadoras e outras entidades que promovem empreendimentos tecnológicos. Pelas contas de Plonsky, as microempresas desse tipo que receberam dinheiro do governo nos últimos 20 anos geram hoje 35 mil empregos altamente qualificados, têm receita conjunta de R$ 4 bilhões e pagam por ano cerca de R$ 450 milhões em impostos.
Para que o dinheiro seja usado de forma mais eficiente de agora em diante, porém, Plonsky sugere outra abordagem do tema por parte dos governos. “Inovação não é um departamento, um assunto fechado em si – é uma estratégia, um jeito de pensar, que tem de ser aplicado no governo de forma transversal, em todas as grandes questões: educação, saúde, habitação, infraestrutura”, disse o especialista. O resultado seria ganho de eficiência por parte do governo, aumento da competitividade do país e estímulo aos profissionais e empresas que fornecem produtos e serviços inovadores.
Diante da eleição, os especialistas são cuidadosos, sem grandes demonstrações de empolgação ou temor com os candidatos. “Se for eleito José Serra, se for eleita Dilma Rousseff, não haverá grandes mudanças. A agenda da inovação brasileira está colocada”, afirmou Binder, do Criatec. “Não vejo grande ameaça nesse sentido”, concluiu o especialista – acrescentando, em seguida, o nome de Marina Silva ao dos candidatos que não devem trazer grande mudança nas políticas de inovação.