terça-feira, 31 de agosto de 2010

Jornal do Brasil' circula em papel pela última vez

O ESTADÃO
Circula hoje pela última vez a edição impressa do Jornal do Brasil, fundado há 119 anos, no Rio de Janeiro. De agora em diante, o JB terá apenas a versão na internet, um recurso para superar os problemas financeiros da empresa. O passivo acumulado chega a R$ 800 milhões, em dívidas trabalhistas e fiscais.
A crise financeira se agravou na década de 90 até que, em 2001, a família Nascimento Brito arrendou a marca JB para a Docasnet, empresa de Nelson Tanure. No ano passado, outra marca de jornal arrendada pelo empresário, a Gazeta Mercantil, também deixou de circular.
Na sua página na internet, o JB - que chegou a tirar 230 mil exemplares aos domingos no fim dos anos 60 - lista 50 pontos sobre a nova fase do jornal. Num deles, se vangloria de ser o primeiro jornal 100% digital, garante que 150 pessoas estarão envolvidas no processo digital e que "o Jornal do Brasil está caminhando para uma nova e melhor fase". Mas, na Redação, o clima era de luto. Dos 50 jornalistas que trabalham na casa, só 10 devem ficar na versão digital. Procurado pela reportagem, o empresário Nélson Tanure não quis falar.
Pedro Grossi, que presidia o jornal, foi contra a decisão de acabar com o jornal em papel. "Não posso avaliar nem fazer juízo sobre a opinião do dono. Ele acha que o tecnológico será mais lucrativo", lamentou. Segundo Grossi, o jornal estava com tiragem de 30 mil exemplares (desde 2008, o JB não era auditado pelo Instituto Verificador de Circulação, IVC). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Elefante será declarado "patrimônio nacional" na Índia para protegê-lo

PORTAL UOL
Com o objetivo de reforçar as medidas de proteção aos elefantes, em breve o animal será declarado "patrimônio nacional" na Índia, informou nesta terça-feira (31) o titular do Ministério do Meio Ambiente indiano, Jairam Ramesh.
"Foi parte de nosso patrimônio durante séculos", por isso "temos de dar importância similar à do tigre", disse Ramesh em declarações citadas pela agência indiana Ians.
O Ministério de Meio Ambiente recebeu hoje o relatório de um grupo de trabalho com uma agenda de ação para preservar esses animais.
Em seu relatório, o grupo pediu a criação de uma autoridade nacional de conservação do elefante (Neca, na sigla em inglês), similar a que existe para o tigre, com um aumento dos fundos destinados ao seu bem-estar e conservação.
"É preciso fazer uma emenda à Lei de Proteção da Vida Selvagem para colocar em prática a Neca. Apresentaremos essa emenda na sessão de inverno do Parlamento", acrescentou Ramesh.
60% DA ÁSIA
Segundo a Ians, na Índia vivem 60% dos elefantes da Ásia, 25 mil animais, dos quais 3.500 vivem em cativeiro.
A Índia iniciou o Projeto Elefante em 1992 para proporcionar ajuda técnica e financeira aos Estados indianos com presença desses paquidermes, para proteger o habitat.
No país morreram nos últimos anos centenas de pessoas vítimas de ataques de elefantes, devido à crescente ação humana em áreas tradicionais de presença destes animais.

Na Copa à moda brasileira, um presentão para Lula

Revista Veja
As circunstâncias que cercam a definição do palco paulista na Copa do Mundo de 2014 são como um cardápio do que há de pior na gestão pública brasileira – e confirmam os mais graves temores dos que hesitam em festejar a realização do evento no país. Conforme revelou o presidente do Corinthians em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o projeto do estádio candidato a receber a abertura da maior competição esportiva do planeta foi aprovado no escuro – nem a CBF nem os governos federal, estadual e municipal viram uma maquete ou planta que fosse.
A escolha foi questão de princípios – ou da falta deles. Hoje, o “Fielzão” pode ser não mais que um desenho feito no computador e um terreno lamacento no extremo leste da maior cidade do Brasil. Não cumpre os requisitos técnicos da Fifa – até porque ainda não existe -, mas atende às exigências de Ricardo Teixeira – afinal, não pertence ao São Paulo, clube que ousou descumprir os desejos do dirigente que é dono do futebol brasileiro há duas décadas. Não é a opção mais segura do ponto de vista econômico, mas é a que aquece o coração de Luiz Inácio Lula da Silva, que se prepara para descer a rampa do Planalto carregando um presentão ao time que escolheu para torcer – cortesia da Odebrecht, que já arma as fundações de sua próxima grande obra, a coleção de encomendas que espera receber num possível governo de Dilma Rousseff.
O ministro do Esporte, Orlando Silva, que repetia à exaustão que reformar o Morumbi sem dinheiro público era a melhor alternativa, agora acha que o Corinthians “salvou a Copa” para os paulistas. Só não falou sobre o dinheiro público que será gasto para aprontar a infraestrutura ao redor do estádio – e sobre o financiamento camarada esperado do BNDES. E a oposição, que ocupa a prefeitura e o governo do estado, abre mão do compromisso público de fazer o Mundial em São Paulo sem os mesmos exageros que marcam projetos fadados à obsolescência, como os das sedes de Natal e Cuiabá.
Preferiu entrar no jogo político que antes condenava e antecipar o anúncio do estádio do Corinthians para evitar que Lula pudesse transformar a apresentação do projeto – antes prevista para uma festa que teria o presidente como convidado de honra – num trunfo para colher mais alguns votos ao seu candidato ao governo do estado mais rico da União. A Copa à moda brasileira, como se vê, começou quatro anos antes do pontapé inicial do primeiro jogo do torneio, marcado para um estádio que ninguém sabe como será.
Do blog: São Paulo por sua importância econômica e principalmente pela grandeza do seu futebol precisava ter mais um estádio. O Palmeiras reforma sua arena, o São Paulo tem o seu estádio, o Santos tem a vila (que precisa de reforma e ai acontecer mais cedo ou tarde) faltava o Corinthians ter o seu, que com a Copa-14 poderá realizar tão esperado sonho. Fica apenas a dúvida quanto a maneira que será feito. A política já aparece como sugadora de recursos. Lula quer fazer campanha com o Corinthians e trocar a obra do estádio pelas futuras obras do país para a Odebrecht, num escândalo de corrupção de cartas marcadas e que já acontece a tempos no Brasil e ninguém nunca faz nada. A dança política já começou e infelizmente veremos milhões de torcedores corinthianos aplaudindo um governo e uma obra que sairá de seus próprios bolsos para enriquecer políticos e empresários corruptos, quando deveriam lutar por uma obra honesta e com dinheiro de investimento privado e não com recursos públicos. Vamos torcer para que o Corinthians tenha seu estádio, de maneira que não precise usar dinheiro do povo. Assim futuramente não precisará ouvir de sãopaulinos e palmeirenses que fez ou ganhou o estádio com dinheiro sujo.