terça-feira, 31 de agosto de 2010

Jornal do Brasil' circula em papel pela última vez

O ESTADÃO
Circula hoje pela última vez a edição impressa do Jornal do Brasil, fundado há 119 anos, no Rio de Janeiro. De agora em diante, o JB terá apenas a versão na internet, um recurso para superar os problemas financeiros da empresa. O passivo acumulado chega a R$ 800 milhões, em dívidas trabalhistas e fiscais.
A crise financeira se agravou na década de 90 até que, em 2001, a família Nascimento Brito arrendou a marca JB para a Docasnet, empresa de Nelson Tanure. No ano passado, outra marca de jornal arrendada pelo empresário, a Gazeta Mercantil, também deixou de circular.
Na sua página na internet, o JB - que chegou a tirar 230 mil exemplares aos domingos no fim dos anos 60 - lista 50 pontos sobre a nova fase do jornal. Num deles, se vangloria de ser o primeiro jornal 100% digital, garante que 150 pessoas estarão envolvidas no processo digital e que "o Jornal do Brasil está caminhando para uma nova e melhor fase". Mas, na Redação, o clima era de luto. Dos 50 jornalistas que trabalham na casa, só 10 devem ficar na versão digital. Procurado pela reportagem, o empresário Nélson Tanure não quis falar.
Pedro Grossi, que presidia o jornal, foi contra a decisão de acabar com o jornal em papel. "Não posso avaliar nem fazer juízo sobre a opinião do dono. Ele acha que o tecnológico será mais lucrativo", lamentou. Segundo Grossi, o jornal estava com tiragem de 30 mil exemplares (desde 2008, o JB não era auditado pelo Instituto Verificador de Circulação, IVC). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Elefante será declarado "patrimônio nacional" na Índia para protegê-lo

PORTAL UOL
Com o objetivo de reforçar as medidas de proteção aos elefantes, em breve o animal será declarado "patrimônio nacional" na Índia, informou nesta terça-feira (31) o titular do Ministério do Meio Ambiente indiano, Jairam Ramesh.
"Foi parte de nosso patrimônio durante séculos", por isso "temos de dar importância similar à do tigre", disse Ramesh em declarações citadas pela agência indiana Ians.
O Ministério de Meio Ambiente recebeu hoje o relatório de um grupo de trabalho com uma agenda de ação para preservar esses animais.
Em seu relatório, o grupo pediu a criação de uma autoridade nacional de conservação do elefante (Neca, na sigla em inglês), similar a que existe para o tigre, com um aumento dos fundos destinados ao seu bem-estar e conservação.
"É preciso fazer uma emenda à Lei de Proteção da Vida Selvagem para colocar em prática a Neca. Apresentaremos essa emenda na sessão de inverno do Parlamento", acrescentou Ramesh.
60% DA ÁSIA
Segundo a Ians, na Índia vivem 60% dos elefantes da Ásia, 25 mil animais, dos quais 3.500 vivem em cativeiro.
A Índia iniciou o Projeto Elefante em 1992 para proporcionar ajuda técnica e financeira aos Estados indianos com presença desses paquidermes, para proteger o habitat.
No país morreram nos últimos anos centenas de pessoas vítimas de ataques de elefantes, devido à crescente ação humana em áreas tradicionais de presença destes animais.

Na Copa à moda brasileira, um presentão para Lula

Revista Veja
As circunstâncias que cercam a definição do palco paulista na Copa do Mundo de 2014 são como um cardápio do que há de pior na gestão pública brasileira – e confirmam os mais graves temores dos que hesitam em festejar a realização do evento no país. Conforme revelou o presidente do Corinthians em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o projeto do estádio candidato a receber a abertura da maior competição esportiva do planeta foi aprovado no escuro – nem a CBF nem os governos federal, estadual e municipal viram uma maquete ou planta que fosse.
A escolha foi questão de princípios – ou da falta deles. Hoje, o “Fielzão” pode ser não mais que um desenho feito no computador e um terreno lamacento no extremo leste da maior cidade do Brasil. Não cumpre os requisitos técnicos da Fifa – até porque ainda não existe -, mas atende às exigências de Ricardo Teixeira – afinal, não pertence ao São Paulo, clube que ousou descumprir os desejos do dirigente que é dono do futebol brasileiro há duas décadas. Não é a opção mais segura do ponto de vista econômico, mas é a que aquece o coração de Luiz Inácio Lula da Silva, que se prepara para descer a rampa do Planalto carregando um presentão ao time que escolheu para torcer – cortesia da Odebrecht, que já arma as fundações de sua próxima grande obra, a coleção de encomendas que espera receber num possível governo de Dilma Rousseff.
O ministro do Esporte, Orlando Silva, que repetia à exaustão que reformar o Morumbi sem dinheiro público era a melhor alternativa, agora acha que o Corinthians “salvou a Copa” para os paulistas. Só não falou sobre o dinheiro público que será gasto para aprontar a infraestrutura ao redor do estádio – e sobre o financiamento camarada esperado do BNDES. E a oposição, que ocupa a prefeitura e o governo do estado, abre mão do compromisso público de fazer o Mundial em São Paulo sem os mesmos exageros que marcam projetos fadados à obsolescência, como os das sedes de Natal e Cuiabá.
Preferiu entrar no jogo político que antes condenava e antecipar o anúncio do estádio do Corinthians para evitar que Lula pudesse transformar a apresentação do projeto – antes prevista para uma festa que teria o presidente como convidado de honra – num trunfo para colher mais alguns votos ao seu candidato ao governo do estado mais rico da União. A Copa à moda brasileira, como se vê, começou quatro anos antes do pontapé inicial do primeiro jogo do torneio, marcado para um estádio que ninguém sabe como será.
Do blog: São Paulo por sua importância econômica e principalmente pela grandeza do seu futebol precisava ter mais um estádio. O Palmeiras reforma sua arena, o São Paulo tem o seu estádio, o Santos tem a vila (que precisa de reforma e ai acontecer mais cedo ou tarde) faltava o Corinthians ter o seu, que com a Copa-14 poderá realizar tão esperado sonho. Fica apenas a dúvida quanto a maneira que será feito. A política já aparece como sugadora de recursos. Lula quer fazer campanha com o Corinthians e trocar a obra do estádio pelas futuras obras do país para a Odebrecht, num escândalo de corrupção de cartas marcadas e que já acontece a tempos no Brasil e ninguém nunca faz nada. A dança política já começou e infelizmente veremos milhões de torcedores corinthianos aplaudindo um governo e uma obra que sairá de seus próprios bolsos para enriquecer políticos e empresários corruptos, quando deveriam lutar por uma obra honesta e com dinheiro de investimento privado e não com recursos públicos. Vamos torcer para que o Corinthians tenha seu estádio, de maneira que não precise usar dinheiro do povo. Assim futuramente não precisará ouvir de sãopaulinos e palmeirenses que fez ou ganhou o estádio com dinheiro sujo.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Por Denis Russo Burgierman - O ataque das árvores voadoras

Se você fosse um extraterrestre voando de espaçonave na alta atmosfera do Planeta Terra há 100 mil anos atrás o que veria abaixo de você seria muito azul do oceano, muito branco dos pólos, um tanto de amarelo avermelhado dos desertos e imensas extensões de um verde felpudo: as árvores.
Se voltasse 50 mil anos depois, veria mais ou menos a mesma coisa. E não seria muito diferente a paisagem na janela se você cruzasse o céu no tempo do avô do seu tataravô.
Mas, se você fosse passear de disco voador hoje, veria uma mudança bem fácil de notar: o verde felpudo está acabando. Hoje há apenas metade das 800 bilhões de árvores que havia há cento e poucos anos. Para onde foram as árvores?
Elas desmaterializaram-se.
Foram queimadas para produzir energia. Foram transformadas em papel e depois descartadas para apodrecer nos aterros sanitários.
Desmaterializaram-se, mas não sumiram. Afinal, desde o tempo de Lavoisier se sabe que nada desaparece: as coisas mudam de forma. Nossas árvores, transformadas em gás carbônico (fumaça) e gás metano (do lixo), estão neste exato momento flutuando sobre a sua cabeça, prezado leitor.
Óbvio que isso traz consequências para o clima. Ou você acha que 400 bilhões de árvores gasosas voando na atmosfera passam despercebidas? Óbvio que essas gases fazem diferença no ar que respiramos, no equilíbrio das correntes de ar, na dinâmica do transporte de umidade, na transmissão de calor. No clima.
Lógico também que a ausência dessas árvores faz falta cá embaixo na terra. Ao arrancá-las, o que deixamos foi terra exposta. Exposta, ela escorre para os rios, gerando assoreamento. Ela é fritada pelos raios de sol, o que mata nutrientes. Ela se saliniza, perde a fertilidade. Ela é compactada e torna-se impermeável. Ela é comida pela erosão. Ela dá à luz desertos.
Aí a atmosfera mudada pelas árvores voadoras (e também pelo petróleo queimado) acaba explodindo com mais frequência em tempestades, nevascas, furacões, tufões, ondas de calor. E tudo isso acaba carcomendo ainda mais o solo exposto. E os rios, entupidos pelo assoreamento, não dão vazão às chuvas cada vez maiores. E nossas cidades se acabam em enchentes, deslizamentos, falta d’água, epidemias.
Tudo isso é causado pela desmaterialização das árvores.
O que me faz pensar…
A solução é simples: rematerializem as árvores!
Tirem-nas da atmosfera e fixem-as novamente no solo. Uma árvore, quando cresce, suga as árvores voadoras da atmosfera. Cada árvore nova no chão é uma árvore voadora a menos no ar.
As árvores rematerializadas vão segurar e proteger o solo de novo. E os rios voltarão a correr.
E, se por acaso algum ET atento voar pelo céu de espaçonave e olhar para baixo pela janela, vai anotar no diário de bordo:
– Está tudo certo aqui de novo.

Por Denis Russo Burgierman - Um novo modelo produtivo

Eu tenho falado de passagem nas últimas semanas de como poderia ser um novo modelo de produção, que substitua o atual, que obviamente está falido. Hoje eu quero entrar um pouco mais fundo nessa discussão. Mais uma vez, vou citar o livro “Cradle to Cradle” (“berço a berço), de William McDonough e Michael Braungart, que acho uma obra fundamental.

Bom, a mudança básica que o livro propõe é bem simples: substituir um sistema linear por um circular. Hoje é:

recursos > produtos > resíduo

O que obviamente nos deixa com cada vez menos recursos e cada vez mais resíduos. Os autores querem que seja:

………..recursos
………/ \
resíduos – produtos

Em outras palavras, trocar um sistema que vai “de berço a túmulo” por outro que vai “de berço a berço”, de maneira que a economia continue girando bonitona mas a Terra não seja consumida no processo.
O legal do livro é que um dos autores é arquiteto e o outro é químico. Juntos, os dois têm conhecimento bem aprofundado sobre como as coisas são: da relação das pessoas com o espaço aos processos industriais. Com essa visão abrangente do mundo eles conseguem perceber com clareza o quanto nosso sistema atual é ineficaz.
Quando fabricamos um produto, nossa única preocupação é como chegar ao consumidor. Ninguém quer nem sabe se os produtos químicos usados são voláteis e cancerígenos. Ninguém nem liga se, após o uso, o negócio vai ter que passar 300 mil anos ocupando espaço num aterro sanitário. Ninguém se interessa pelo que acontece depois.
O resultado disso é que produzimos lixo numa quantidade que supera qualquer outro produto. E esse lixo é uma mistureba de milhares de substâncias diferentes – tão bem misturadas que é impossível recuperar qualquer coisa. Já que não dá para reaproveitar, toca a retirar mais recursos da natureza.
Para resolver esse problema, o livro propõe uma divisão básica entre as matérias-primas que a humanidade emprega. Há apenas dois tipos: aquelas que são “nutrientes biológicos” e as que são “nutrientes técnicos”. Nutriente biológico é matéria orgânica, que pode ser digerida e reintegrada aos ecossistemas. Nutriente técnico é aquele que, mesmo após o uso, continua tendo valor para a indústria. Por exemplo: metais e outros materiais valiosos. Nutriente biológico alimenta o metabolismo biológico, nutriente técnico alimenta o metabolismo técnico.
A coisa mais importante é separar um tipo de nutriente do outro, para que continue disponível ao respectivo metabolismo. Só que, hoje em dia, quase todos os produtos que você encontra no supermercado misturam ambos. O resultado é uma contaminação que torna impossível o reaproveitamento. Complicado? Talvez dois exemplos simples ajudem a tornar mais concreto:
– exemplo 1 – todas as embalagens de alimentos poderiam ser feitas de “material comestível”. Comestível por gente ou mesmo pelo jardim. Não há nenhuma razão para uma bolacha que é comida em 3 segundos deixe na Terra uma embalagem que ainda vai existir quando o seu tatatatatatatatatataraneto vier ao mundo. A embalagem poderia ser projetada para durar só um pouquinho mais do que o produto. Depois, quem sabe, você pode jogá-la no mato e ela vira nutriente para a terra. Para isso, claro, não dá para contaminar a embalagem (nutriente biológico) com metais pesados (nutriente técnico).
– exemplo 2 – a indústria de produtos eletrônicos poderia criar um sistema de “leasing de material”, em vez do sistema atual. Em vez de comprar uma televisão, você compra 10 mil horas de direito de usar os materiais que fazem uma televisão (nutrientes técnico). 10 mil horas depois, um sujeito vai à sua casa, pega a TV, leva para a fábrica, desmonta e cada mínimo pedacinho é reaproveitado para fazer uma nova TV, muito mais avançada. Você sai ganhando: vai ficar bem mais barato. A indústria sai ganhando: seus custos e riscos diminuirão astronomicamente ao não ter que financiar a mineração de centenas de minerais. E quem sabe quanta coisa legal pode ser feita nas áreas onde hoje estão as minas.

Interessante, não é?

As imagens falam para aqueles que não querem enxergar

http://www.youtube.com/watch?v=j_HWHFrrkxg&feature=player_embedded

Um risco oculto das fotos de celular: os geomarcadores

Revista Veja
Fotos divulgadas na internet podem revelar o lugar exato onde foram tiradas e assim pôr em risco, sem que você saiba, sua segurança e privacidade
Quando Adam Savage, apresentador do popular programa científico MithBusters, publicou no Twitter uma foto de seu carro estacionado em frente a sua casa, permitiu que seus seguidores se inteirassem de diversas particularidades de sua vida, muito além do fato de ele dirigir um Toyota Land Cruiser.
A imagem tinha um geomarcador, um bit de informação sobre a longitude e a latitude do local onde a fotografia foi feita. Portanto, revelou exatamente onde Savage vivia. E já que o texto que acompanhava a imagem era: "Agora, ao trabalho", os ladrões potenciais sabiam que sua casa estava vazia.
Especialistas em segurança passaram recentemente a alertar sobre o perigo potencial dos geomarcadores inseridos em fotos e vídeos de smartphones e câmeras digitais com GPS. A preocupação é que a maioria das pessoas desconhece a funcionalidade, o que pode comprometer a privacidade e a segurança.
Savage disse conhecer os geomarcadores (melhor para ele, como apresentador de um programa popular entre amantes da tecnologia). Mas disse que não quis desabilitar a função de seu iPhone antes de tirar a fotos e publicá-la no Twitter. "Creio que foi uma falta de preocupação porque não sou nem remotamente famoso para merecer que me assediem", assinalou. "E se eu sou, então quero um aumento de salário."
No entanto, desde então, Savage preferiu desativar a função de geomarcador em seu iPhone, e não se preocupa com a foto no arquivo do Twitter porque se mudou para outra casa. Mas outras pessoas talvez não tenham tanto conhecimento tecnológico nem sejam tão indiferentes com sua privacidade.
"Diria que poucas pessoas sabem do alcance dos geomarcadores", afirma Peter Eckersley, da Electronic Frontier Foundation, em São Francisco. "E o consentimento é um terreno escorregadio quando a única forma de desabilitar a função em seu Smartphone é por meio de um menu invisível que ninguém conhece realmente."
De fato, desativar a função do geomarcador geralmente requer superar vários menus até encontrar a configuração de ‘localização’, para depois selecionar ‘apagar’ ou ‘não permitir’. Isso algumas vezes pode desabilitar todas as funções de GPS, incluindo mapas.
A página da internet ICanStalkU.com oferece instruções passo a passo para desabilitar a função de geomarcador de fotos em aparelhos iPhone, BlackBerry, Android e Palm.
Um punhado de pesquisadores acadêmicos e analistas independentes de segurança na internet, autodenominados "hackers de chapéu branco", buscam informar a todos sobre os geomarcadores. Eles publicam estudos em redes sociais como Twitter, YouTube, Flickr e CRaiglist, e apontam como é possível identificar a casa e gostos de uma pessoa.
Muitas das fotos mostram crianças jogando dentro ou ao redor de suas casas. Outras revelam automóveis caros, computadores e televisores de tela plana. Também há fotos de pessoas na casa de amigos ou no Starbucks que frequentam todas as manhãs.
Descarregando plug-ins gratuitos de navegação como ExifViewer, para Firefox, ou Opanda IExif, para Explorer, qualquer um pode identificar onde se tirou uma foto e criar um mapa no Google.
Além disso, como sites multimídia como Twitter e YouTube têm interfaces de programação de aplicações (API) amigáveis, alguém com pouco conhecimento sobre programação pode criar um programa para buscar fotos com geomarcadores. Por exemplo, podem buscar as que estejam acompanhadas com frases como "em férias" ou as tomadas em vizinhanças específicas.
"Qualquer jovem de 16 anos que tenha conhecimentos básicos de programação pode fazer isso", disse Gerald Friedland, pesquisador do Instituto de Computação da Universidade da Califôrnia, em Berkeley. Friedland e seu colega Robin Sommer escreveram o documento Cybercasing the Joint: On the Privacy Implications of Geotagging, que apresentaram esta semana em Washington.

Turismo eletrônico - Contrate um guia-amigo na internet

Revista Veja
Não é fácil conhecer uma nova cidade sem um guia local. Para dar uma mão aos turistas carentes, sites como o Rentafriend.com e o Rentalocalfriend.com decidiram oferecer um serviço inusitado e útil, adequado aos tempos de internet e redes sociais: a "locação" de guias-amigos via web.
Para conhecer a ferramenta e entender como funciona o serviço, a reportagem de VEJA.com contratou um desses guias no Rio de Janeiro. O site escolhido para o teste foi o Rentalocalfriend.com, cuja dona é uma brasileira. Alice Moura, de 28 anos, colocou a ideia em prática em 2008 e atualmente, 150 locações depois, já atende 22 cidades no mundo - entre elas São Paulo e Rio.
Os guias são escolhidos a dedo. Segundo a dona do serviço, cerca de 80% das pessoas "disponíveis para locação" são suas amigas ou amigas de suas amigas.
O formato dos dois serviços é diferente. No Rentafriend.com, é preciso pagar uma mensalidade para fazer parte da comunidade e "alugar amigos". Já no caso do Rentlocalfriend.com, basta consultar os valores no site e escolher o pacote adequado (meio dia ou dia inteiro). Escolhemos meia diária e pagamos pelo "colega" 140 reais.

Em busca de outras "Terras"

Revista Veja
O astrônomo Roger Bladford explica por que recomendou aos EUA que gastem muito dinheiro na busca de planetas similares à Terra e invistam ainda mais para tentar dobrar as leis da Física e levar o homem até eles
Se tudo der certo, a Nasa vai passar os próximos 10 anos ligada no centro da Via Láctea. Por causa da grande concentração de estrelas, a comunidade científica americana acredita que lá é o lugar mais provável para encontrarmos planetas parecidos com a Terra e, quem sabe, seres extraterrestres. Mas para isso, o relatório feito pelo comitê de cientistas da academia de ciências dos EUA precisa receber o aval do congresso americano e da Nasa.
A cada 10 anos, a academia de ciências dos Estados Unidos faz uma triagem de todos os projetos envolvidos com astronomia e astrofísica do mundo e faz um relatório para governo americano recomendando em quais pesquisas deve investir na próxima década. O relatório de 2010-2020 foi entregue na segunda-feira (16) pela Academia Americana de Ciências.
VEJA.com conversou com o britânico Roger Blandford, diretor do instituto de astrofísica e cosmologia da Universidade de Standford nos EUA. Ele teve a homérica tarefa de chefiar o comitê que redigiu o relatório e que, na prática, apontou a direção que a nação mais poderosa do mundo deverá seguir nos próximos 10 anos dentro do campo da pesquisa espacial.
O comitê chefiado pelo britânico sugeriram à Nasa e ao governo dos EUA gastar 1,6 bilhão de dólares em um telescópio que já tem até nome, WFIRST, previsto para ser lançado em 2020. Se for aprovado, vasculhará o centro da Via Láctea atrás de planetas parecidos com a Terra. Blandford conta como esses planetas podem ser localizados e o que faremos se encontrá-los.

O que seria um planeta parecido com a Terra?
Seria um planeta que provavelmente tem o mesmo tipo de massa que a Terra. Na verdade, usamos o termo "habitável". Isso significa que a estrela que ilumina o planeta seria parecida com o nosso Sol ou um pouco mais fria - o que o faria mais fácil de ser encontrado. E outra característica é que, se ele for habitável, gostaríamos de ver sinais de água e possivelmente oxigênio e gás carbônico. Ele precisaria ter condições físicas — gravidade, pressão, atmosfera — semelhantes aos da Terra. Um lugar onde a vida poderia se desenvolver de uma maneira análoga ao que acontece em nosso planeta.

Por que é tão importante encontrar planetas parecidos com a Terra? Por que agora?
É um assunto que fascina o homem e algo que combina o interesse popular-científico para responder a pergunta "estamos sozinhos nesse universo?". O momento é agora porque houve uma explosão de descobertas nessa área durante a última década. Há mais ou menos 10 anos, começamos a identificar os primeiros planetas fora do sistema solar, depois de muito esforço e muitos anos tentando.

Algum planeta parecido com a Terra já foi identificado?
Não. Na última década descobrimos quase 500 planetas fora do sistema solar. Nos últimos meses, 300 candidatos foram apresentados a nós, observados pelo telescópio Kepler. Nem todos os candidatos serão considerados verdadeiros, mas acreditamos que uma boa parcela será.

Algum está em um sistema parecido com a nosso?
Já conhecemos um grande número de planetas fora do sistema solar e duas mensagens estão bem claras — uma é que eles são comuns e a outra é que os sistemas planetários em volta de outras estrelas são muito diferentes. Eles não são cópias do que acontece em nosso sistema solar. Longe disso. Vemos muitos tipos de planetas e muitos tipos de ambientes diferentes. Ainda não encontramos, mas estamos chegando perto.

E por que é tão difícil identificar planetas fora do nosso sistema solar já que eles são comuns?
Eles são comuns, mas são muito apagados. A metáfora mais fácil para entender a dificuldade que encontramos em identificar esses planetas seria procurar por um mosquitinho voando bem próximo de um poste que emita bastante luz enquanto se observa de muito longe. Imagine uma estrela muito brilhante e um ponto muito pequeno que reflete essa luz, o planeta que estamos procurando. O problema pode nem ser o brilho da estrela, que pode ser filtrado até certo ponto, mas pode existir tanta poeira espacial na região que fica difícil identificar esses planetinhas. É só você lembrar que a Terra possui um trilionésimo da massa do Sol — e a trilhões de quilômetros de distância desses sistemas fica dificílimo realizar essas análises.

E como vamos fazer isso agora?
Uma das funções do telescópio WFIRST será executar as tarefas que outro telescópio, o Kepler, não consegue fazer. Ou seja, ele não vai procurar por planetas habitáveis por meio de imagens — isso o Kepler já faz —, mas ele irá estabelecer a frequência desses planetas. Isso vai nos dizer quantas estrelas como o nosso Sol possuem planetas parecidos com Saturno, Júpiter e a própria Terra. Além disso, quantos desses estão orbitando próximos à estrela ou longe e assim por diante. Queremos saber se haverá uma órbita parecida com a da Terra — se o planeta estiver muito longe da estrela, será muito frio, e muito perto, bastante quente. Nenhum desses casos resultaria em um planeta parecido com a Terra. Temos que encontrar um que esteja orbitando uma estrela parecida com o nosso Sol a uma distância semelhante a Terra.

E se encontrarmos um planeta assim, o que vamos fazer?
A ideia é conseguir imagens desse planeta e estudá-lo esgotando todas as formas possíveis. Além de tirar fotos detalhadas, teremos que tirar um espectrograma completo do planeta [Espectrograma é o levantamento das características físico-químicas de determinado corpo celeste por meio da análise da energia que ele emite]. Vamos tentar descobrir se existem moléculas desconhecidas para o homem. Mas antes de prepararmos essas observações temos que saber o que estamos procurando. E para isso, ainda é preciso desenvolver muita pesquisa.

Quais são as chances de encontramos uma outra civilização humana vivendo em um planeta parecido com a Terra? É isso que estamos procurando?
Acredito que a procura de inteligência extraterrestre causa uma grande fascinação pública e científica. Já temos alguns telescópios capazes de identificar algumas classes de sinais extraterrestres. Existem muitos telescópios que fazem um tipo de pesquisa passiva. Eles realizam as tarefas normais e dentro delas é possível extrair certas classes de sinais. Se considerarmos seriamente que há vida inteligente fora da Terra e que ela envia algum sinal — são duas coisas diferentes — que tipo de sinais eles nos enviariam? Como eles iriam tentar entrar em contato conosco? Existem tantas respostas possíveis para essas perguntas que é difícil pensar sobre o assunto. Na minha opinião, a melhor estratégia é estar sempre alerta. Ter isso sempre ocupando algum lugar em nossos pensamentos. Não existem muitos telescópios desenvolvidos para encontrar sinais estranhos, eles não teriam muita utilidade científica. Basta que fiquemos de olhos bem abertos.

Existem missões específicas para identificar esses sinais?
Não acredito que seja fácil desenvolver um programa coerente para procurar e reconhecer esses sinais, se é que eles existem. Existem muitas pessoas tentando fazer isso, mas não sei dizer se elas vão conseguir. É um dos grandes mistérios da vida, tenho a mesma curiosidade que qualquer pessoa, mas não acredito em nenhuma das duas coisas — que existe ou não existe — eu realmente não sei! Mas essa é a graça, teremos que esperar e ver o que acontece.

Os humanos enviam sinais que poderiam ser reconhecidos por alienígenas?
Com certeza! Enviamos sinais o tempo todo. Todos esses programas de TV são transmitidos para o espaço. A TV é o tipo de sinal mais comum, mas pode ser qualquer outro. Existem muitos outros tipos de comunicação acontecendo localmente e a maioria das ondas vai parar no sistema solar e até fora dele. Não sei se existem alienígenas tentando detectá-las, mas estamos emitindo sinais o tempo todo.

Se a comunidade científica não tivesse que se preocupar com dinheiro, quais missões seriam adicionadas ao relatório?
O número de missões que gostaríamos de incluir no relatório é 10 vezes maior do que qualquer orçamento poderia suportar. Contudo, é justo dizer que os 90% que ficaram de fora requerem um desenvolvimento tecnológico pesado.

Quais são os projetos que poderão ser escolhidos a partir de 2020?
Eu diria que existem dois candidatos muito fortes — um telescópio focado na espectroscopia, chamado IXO — e uma missão principal concentrada no estudo de planetas habitáveis próximos ao sistema solar.

Depois que encontrarmos um planeta habitável, será possível viajar até ele?
Bem, acho que a resposta é não. Trata-se de um problema com as leis da Física. Se eu disser, por exemplo, que o planeta habitável mais próximo está a 10 anos luz de distância da Terra, isso significa que, viajando a velocidade da luz, a jornada duraria 10 anos. Se viajássemos a metade dessa velocidade, levaríamos 20 anos. Agora, se considerarmos a velocidade máxima que conseguimos atingir no espaço com a tecnologia atual, ou seja, um milionésimo da velocidade da luz, é possível perceber como é difícil ter esperanças. Além de desenvolver uma nova tecnologia de viagem no espaço teremos que transcender as leis da Física. Não estamos lidando com tecnologia especulativa — de ficção científica ou coisas do tipo. Muitas pessoas têm ideias malucas sobre como vamos conseguir isso. As leis da Física são implacáveis e tudo que fazemos precisa ser extremamente bem entendido e testado. Dito isso, existem obstáculos sérios para atingirmos velocidades que nos levariam até esses planetas em algumas centenas de anos. Por isso, eu diria que não. Não vamos visitar esses planetas tão cedo, mas vamos trabalhar duro para que isso aconteça.

"O gás hélio está acabando", diz físico vencedor do Nobel

Revista Veja
Reservas estariam a 25 anos do esgotamento. Elemento é usado em equipamentos complexos e não tem substituto
Em entrevista à revista britânica New Scientist, Robert Richardson, vencedor do prêmio Nobel de Física em 1996 por seu trabalho com átomos do Hélio-3, disse que as reservas de gás hélio estão acabando, e que a solução é aumentar o preço. “Em 25 anos não teremos mais gás hélio”, afirmou.
O gás hélio é a segunda substância mais abundante do universo - 24% da massa da Via Lactea é formada pelo elemento - mas na Terra o único modo de obtê-la é através da exploração de rochas. A maior reserva do mundo, com um bilhão de metros cúbicos, fica nos Estados Unidos, e é controlada pelo governo americano, que mantém fixos os preços do gás.
O grande problema do fim do hélio não será o fim dos balões em festas de aniversário. Equipamentos de ressonância magnética, reatores nucleares e telescópios espaciais usam componentes que só podem ser resfriados com hélio líquido. Como é o elemento com menor ponto de ebulição, 267ºC abaixo de zero, não tem substituto. E também não é possível extraí-lo do ar a preços viáveis (Richardson fala em valores 10.000 vezes maiores que os atuais), nem produzi-lo artificialmente.
A solução, segundo Richardson, é tirar as reservas da esfera governamental e deixar os preços seguirem a lei da oferta e procura. “Provavelmente os balões de festa vão custar 100 dólares, não três dólares, mas teremos de viver com isso.”

Cientistas criam droga capaz de curar o ebola

revista veja Um time de cientistas financiados pelos Estados Unidos desenvolveram um remédio capaz de, pela primeira vez, tratar com alto grau de sucesso os infectados pelo vírus ebola e pelo vírus Marburg, ambos altamente letais e contagiosos. A pesquisa, divulgada nesta segunda-feira no períodico Nature Medicine, reportou a cura de 60% dos macacos infectados com o ébola e 100% dos infectados com o Marburg. Uma das drogas usadas chegou a 90% de cura do ebola.
O vírus do ebola tem, nas últimas décadas, provocado milhares de mortes em várias regiões da África. Dependendo do tipo de vírus, chega a matar 90% dos infectados. Entre macacos e gorilas, alguns deles ameaçados de extinção, a mortalidade é de 100%. Tanto o ebola como o Marburg causam febres hemorrágicas e podem ser transmitidos pelo contato com o sangue ou fluídos corporais das pessoas doentes.
Atualmente não existe nenhum tipo de remédio ou vacina disponíveis para o tratamento dos dois vírus. As drogas, desenvolvidas pelo Instituto de Pesquisas Médicas sobre Doenças Infecciosas do Exército dos Estados Unidos, em colaboração a AVI BioPharma, uma empresa de biotecnologia de Washington, impedem os vírus de se reproduzirem. O governo americano investiu 291 milhões de dólares na pesquisa, temendo o uso dos vírus como armas biológicas.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Como em Pompeia -Por Diogo Mainardi

Revista Veja

Se Dilma Rousseff é igual a Ceium Secundum, ela é igual também a Cuspium Pansam. Seus cartazes de propaganda eleitoral, resgatados nas ruínas de Pompeia, aludiam exclusivamente à figura de seu padrinho”.

Ceium Secundum é igual a Dilma Rousseff. Melhor dizendo: Dilma Rousseff é igual a Ceium Secundum. Quem é Ceium Secundum? Ele é, antes de tudo, um morto. Ele morreu quase 2 000 anos atrás, quando as cinzas do Vesúvio soterraram Pompeia, em 24 de agosto de 79. Ele é, portanto, um morto e uma múmia. Além de ser um morto e uma múmia, Ceium Secundum, no momento da tragédia que matou todos os moradores da cidade, era candidato a um cargo público. Quando os arqueólogos italianos, no século XIX, desenterraram Pompeia, encontraram alguns de seus cartazes de propaganda eleitoral. Um deles dizia o seguinte:

Ceium Secundum para duoviro.
Seu pai o apoia.

É nisso que Ceium Secundum e Dilma Rousseff se assemelham. Tanto um quanto o outro só possuem um atributo eleitoral: o apoio de quem os gerou. O primeiro tem o apoio do pai, a segunda tem o apoio de Lula. Na última quarta-feira, em Paraty, Fernando Henrique Cardoso declarou que ninguém sabe o que Dilma Rousseff pensa porque ela nunca fala. Ela nunca fala porque ninguém quer que se saiba o que ela pensa. Ou pode ser que ela nunca fale porque nem ela sabe o que pensa. O que conta, para ela, é apenas quem a apoia. Dilma Rousseff para duoviro? Sim: melhor do que para presidente.
Se Dilma Rousseff é igual a Ceium Secundum, ela é igual também a Cuspium Pansam. Seus cartazes de propaganda eleitoral, resgatados nas ruínas de Pompeia, aludiam exclusivamente à figura de seu padrinho:

Cuspium Pansam para conselheiro.
Quem pede para votar nele é Fabius Eupor, o príncipe dos libertinos.

O padrinho de Dilma Rousseff, Lula, pede para votar nela. Na verdade, ele vem pedindo isso há mais de dois anos, num gesto de pura libertinagem eleitoral. Lula tem um grande senso de oportunidade. Se um sagui é capaz de escolher o momento certo para entrar pela janela da cozinha e pegar um cacho de bananas, Lula foi capaz de escolher o momento certo para atropelar as leis e apoiar sua candidata presidencial. Assim como Ceium Secundum e Cuspium Pansam, as múmias pompeianas, Dilma Rousseff sempre se manteve à sombra de alguém. Quando participava da luta armada, seu principal papel era o de mulher. Ela era a Amélia da VAR Palmares. Primeiro, casou-se com um terrorista. Depois, trocou-o por outro terrorista. Se Dilma Rousseff fosse iraniana, já estaria condenada à morte. O fato é que, de marido em marido, ela foi fazendo carreira na burocracia estatal, até chegar a Lula, que se tornou seu pai, seu padrinho. Ninguém sabe o que ela pensa porque ela nunca fala. O que se sabe é que, se ela for eleita daqui a dois meses, o Brasil será soterrado por cinzas ancestrais.

E-drugs se tornam o novo fenômeno da web

Revista Veja
Um novo fenômeno da internet nascido nos Estados Unidos começa a ganhar força em todo o mundo. São as drogas digitais sonoras, chamadas de e-drugs, cujos efeitos ainda são desconhecidos. As e-drugs se baseiam em uma ação neurológica que consiste na emissão de sons diferentes em cada ouvido, que estimula o cérebro e produz sensações de euforia, estados de transe ou relaxamento. As sessões têm entre 15 e 30 minutos, e os sons podem ser obtidos em sites especializados a preços que variam de 7 a 150 euros.
A ideia é transmitir sensações fora do comum aos usuários. A imagem do consumo deste tipo de droga, por exemplo - um menino tombado na cama de seu quarto escutando música - está longe das provocadas por substâncias que fazem parte da lista de entorpecentes. O principal meio de proliferação são as redes sociais, e a rapidez com que conquista usuários despertou o alerta de certos setores, apesar de alguns analistas acreditarem que não existe risco de dependência.
Segundo fontes da missão interministerial para a luta contra as drogas e a toxicologia da França, trata-se de um fenômeno que não é "nem alarmante, nem emergente" e que, por enquanto, não tem motivo para ser proibido. No entanto, as drogas digitais invadiram a França nos últimos dois meses e, por enquanto, seus efeitos são desconhecidos e não há estudos realizados sobre o assunto no país.
Efeitos - Especialistas em neuropsicologia observam que os sons relaxam, ajudam na concentração e são usados até com fins terapêuticos para algumas doenças, como o autismo. Certas frequências estimulam a imaginação ou a criatividade, o que poderia criar as alucinações que os consumidores afirmam ter durante ou após as sessões. Portanto, existe um alerta sobre a possibilidade de que, com o passar do tempo, as drogas digitais possam provocar disfunções cerebrais.
Os possíveis perigos das e-drugs não parecem preocupar os jovens, que compartilham suas experiências nas redes sociais, onde recomendam as melhores doses. "Senti chamas em meus braços, que desciam gradualmente até os dedos dos pés, tinha a impressão de que meu braço pesava uma tonelada e um dos meus dedos estava curvado. Então, comecei a me sentir muito estranho. Foi genial", relata um usuário, que conta ainda ter visto uma tartaruga, um elefante verde e até Papai Noel aos pés de sua cama. As drogas mais populares da rede têm nomes sugestivos como orgasm, peyote, marijuana ou lucid dream.
"Meu coração batia muito forte e eu tremia como um louco. Após a dose, me acalmei e parou. Respirei forte e achei que foi ótimo. Efeitos depois da dose: excitação e vontade de fazer muitas coisas. A vida é genial", diz outra usuária. As sessões são divididas por temas. Assim, é possível encontrar algumas prescritas para desenvolver a imaginação, aproveitar mais uma partida de videogame ou atividades esportivas, ou até mesmo para aumentar o prazer das relações sexuais.

Observatório ESO

O grupo de antenas chamado Projeto ALMA, deve ficar pronto em 2012 e é uma colaboração entre Europa, leste asiático, América do Norte e Chile (onde está sendo construído)


A lua minguante. O ESO registrou exposições de 0,1 segundo com um filtro próximo ao infravermelho (856 nm; FWHM 14 nm)

O Viajante

Se beber não dirija. Nem governe.
Até aqui, em 40 meses de governo, o presidente Lula já cometeu 102 viagens ao mundo. Ou mais de duas por mês, tal como semana sim, semana não. Sem contar, ora pois, as até aqui, 283 viagens pelo Brasil...

Hoje, dia 15/07, ele completa 382 dias fora do país desde a posse. E pelo Brasil, no mesmo período, 602 dias fora de Brasília.

Total da itinerância presidencial, caso único no mundo e na História: Exatos 984 dias fora do Palácio, em exatos 1.201 dias de presidência. Equivale a 81,9% do seu mandato fora do seu gabinete.
Esta é a defesa da tese de que ele não sabia e nem sabe de nada do que acontece no Palácio do Planalto.

Governar ou despachar, nem pensar. A ordem é circular. A qualquer pretexto.

E sendo aqui deselegante, digo que o presidente não é (nem nunca foi) chegado ao batente, ao despacho, ao expediente.

Jamais poderá mourejar no gabinete, dez horas por dia, um simpático mandatário que tem na biografia o nunca ter se sentado à mesa nem para estudar, que dirá para trabalhar.

SEM CONTAR AS DESPESAS:
FHC, EM 8 ANOS DE GOVERNO, GASTOU R$ 58 MILHÕES, CRITICADOS PELO PT.
LULA ATÉ AGORA, EM MENOS DE 7 ANOS, GASTOU R$ 584 MILHÕES! E SÓ AS IDENTIFICADAS PELA IMPRENSA

E o povão ainda aplaude... e vota!

Valor e valorização

Anúncio de uma garota procurando um marido rico.

"Sou uma garota linda (maravilhosamente linda) de 25 anos. Sou bem articulada e tenho classe. Estou querendo me casar com alguém que ganhe no mínimo meio milhão de dólares por ano. Tem algum homem que ganhe 500 mil ou mais neste jornal, ou alguma mulher casada com alguém que ganhe isso e que possa me dar algumas dicas?
Já namorei homens que ganham por volta de 200 a 250 mil, mas não consigo passar disso. E 250 mil por ano não vão me fazer morar em Central Park West.
Conheço uma mulher (da minha aula de ioga) que casou com um banqueiro e vive em Tribeca! E ela não é tão bonita quanto eu, nem é inteligente.
Então, o que ela fez que eu não fiz? Qual a estratégia correta? Como eu chego ao nível dela? (Raphaella S.)"


Resposta do editor do jornal:

"Li sua consulta com grande interesse, pensei cuidadosamente no seu caso e fiz uma análise da situação.
Primeiramente, eu ganho mais de 500 mil por ano. Portanto, não estou tomando o seu tempo a toa...
Isto posto, considero os fatos da seguinte forma: Visto da perspectiva de um homem como eu (que tenho os requisitos que você procura), o que você oferece é simplesmente um péssimo negócio.
Eis o porquê: deixando as firulas de lado, o que você sugere é uma negociação simples, proposta clara, sem entrelinhas : Você entra com sua beleza física e eu entro com o dinheiro.
Mas tem um problema.
Com toda certeza, com o tempo a sua beleza vai diminuir e um dia acabar, ao contrário do meu dinheiro que, com o tempo, continuará aumentando.
Assim, em termos econômicos, você é um ativo sofrendo depreciação e eu sou um ativo rendendo dividendos. E você não somente sofre depreciação, mas sofre uma depreciação progressiva, ou seja, sempre aumenta!
Explicando, você tem 25 anos hoje e deve continuar linda pelos próximos 5 ou 10 anos, mas sempre um pouco menos a cada ano. E no futuro, quando você se comparar com uma foto de hoje, verá que virou um caco.
Isto é, hoje você está em 'alta', na época ideal de ser vendida, mas não de ser comprada.
Usando o linguajar de Wall Street , quem a tiver hoje deve mantê-la como 'trading position' (posição para comercializar) e não como 'buy and hold' (compre e retenha), que é para o quê você se oferece...
Portanto, ainda em termos comerciais, casar (que é um 'buy and hold') com você não é um bom negócio a médio/longo prazo! Mas alugá-la, sim! Assim, em termos sociais, um negócio razoável a se cogitar é namorar.
Cogitar...Mas, já cogitando, e para certificar-me do quão 'articulada, com classe e maravilhosamente linda' seja você, eu, na condição de provável futuro locatário dessa 'máquina', quero tão somente o que é de praxe: fazer um 'test drive' antes de fechar o negócio...podemos marcar?"

(Philip Stephens, associate editor of the Financial Times - USA)"

Palavrão - uma terapia - por Millôr Fernandes

Por E-mail
Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos.
É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia. Sem que isso signifique a "vulgarização" do idioma, mas apenas sua maior aproximação com a gente simples das ruas e dos escritórios, seus sentimentos, suas emoções, seu jeito, sua índole.

"Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "Pra caralho"? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas pra caralho, o Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende?

No gênero do "Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo!". O "Não, não e não!" é tampouco ou nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade. "Não, absolutamente não!" substituem. O "Nem fodendo" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Marquinhos, presta atenção, filho querido, " NEM FODENDO!". O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.

Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional.Como comentar a bravata daquele chefe idiota senão com um "é PhD porra nenhuma!", ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!". O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha.São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepone","repone" e, mais recentemente, o "prepone" - presidente de porra nenhuma.

Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta-que-pariu!", ou seu correlato "Puta-que-o-pariu!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba... Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o-pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.

E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cu!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cu!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no olho do seu cu!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.

E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? "Fodeu de vez!".

Sem contar que o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do"foda-se!"? O "foda-se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta. "Não quer sair comigo? Então foda-se!". "Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!". O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal. Liberdade, Igualdade, Fraternidade e Foda-se.

Washington Olivetto, publicitário

Revista Veja - Augusto Nunes
Um dos mais premiados publicitários do mundo recusa-se a fazer propaganda política. Washington Olivetto ─ que qualifica de “tosca” essa forma de publicidade no Brasil ─ nunca teve motivos para arrepender-se da decisão tomada no começo da carreira. “Isso fez com que eu me direcionasse obsessivamente para a iniciativa privada”, conta. “Acabou virando um diferencial”. Se deixou de ganhar dinheiro de um lado, ganhou mais prestígio de outro. Hoje Olivetto é o chairman da WMacCann, fruto da fusão de sua agência com a grande e tradicionalíssima similar internacional. Ele afirma que, ao contrário do que ocorre no universo político, a pior coisa que pode acontecer a um produto de consumo ruim é ter uma propaganda boa, já que as pessoas descobrirão a farsa com mais rapidez. “A publicidade cria uma predisposição de compra, mas o julgamento final é do consumidor”.

Dilma terá 10 minutos do horário eleitoral; Serra, 7 e Marina, 1

Do Blog: absurdo. Estes políticos medíocres não pensam no país e continuam a brincar com o povo. O fato dos candidatos não terem o mesmo tempo na TV é inadmissível. Podem apresentar mil argumentos, nenhum será mai sensato do que dar a cada candidato o mesmo tempo. Políticos malditos.

O mapa-múndi das mídias sociais

Estadão
O blog Flowtown fez um gráfico interessante com o tamanho das mídias sociais no mundo: transformou-o em mapa-múndi. Quanto maior a rede em usuários, maior o “país”.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Corinthians e São Paulo avançam, mas Fla segue com maior torcida, diz Ibope

Portal UOL
A maior torcida do Brasil segue sendo a do Flamengo, mas o clube carioca se manteve vendo a aproximação de Corinthians e São Paulo, de acordo com pesquisa feita pelo instituto Ibope e publicada nesta quarta-feira pelo jornal Lance. A margem de erro é de 1,2 pontos percentuais.
Segundo a quarta edição da pesquisa (as primeiras foram em 1998, 2001 e 2004), o Flamengo tem 17,2% da preferência nacional (cerca de 33,2 milhões de pessoas), contra 13,4% (25,8 milhões) do Corinthians e 8,7% (16,8 milhões) do São Paulo.
A queda flamenguista nos últimos anos foi considerável. Desde a pesquisa anterior, a equipe rubro-negra caiu de 18,1% para os 17,2% atuais. O Corinthians manteve-se praticamente estável, foi de 13,2% para 13,4%. Já o São Paulo teve um acréscimo representativo, indo de 7,3% para os 8,7%.
A subida são-paulina aconteceu principalmente com os mais jovens e veio entre os anos em que o time conquistou uma Copa Libertadores, um Mundial de Clubes e três Campeonatos Brasileiros. Dentre a população de 10 a 15 anos, o clube do Morumbi representa 12,2% (3,06 milhões de torcedores).
Após os três primeiros colocados, vem Palmeiras (6,0% e 11,6 milhões), Vasco (4,1% e 7,9 milhões) e Grêmio (4,0% 7,7 milhões). Dentre os grandes paulistas, o Santos é o oitavo, com 2,7% e 5,2 milhões de fãs. No Rio de Janeiro, Botafogo e Fluminense, ao lado do Bahia, estão empatados em 12º lugar com 1,6% (3,1 milhões).
Nas pesquisas segmentadas, destaca-se o Palmeiras, terceiro colocado entre os torcedores com mais de 50 anos, atrás dos líderes gerais Flamengo e Corinthians, com 5,6% nessa faixa.
Dentre os mais ricos – pessoas com renda maior de dez salários mínimos, o líder é o São Paulo com 12,8%. Já entre os mais pobres – torcedor com renda mensal de até um salário mínimo, o Flamengo tem larga vantagem: 22%.

Geleira do tamanho de Manhattan se desprende da Groenlândia

Revista Veja
É o maior pedaço de gelo que se desprende no Mar Ártico desde 1962

Uma geleira quatro vezes maior que a ilha de Manhattan, onde fica a cidade de Nova York, se desprendeu na quinta-feira da Groenlândia. É o maior pedaço de gelo que se desprende no Mar Ártico desde 1962, segundo informação de pesquisadores da Universidade de Delaware
A ilha de gelo tem 259 km² e uma espessura equivalente à metade do Empire State Building, que tem 381m. A quantidade de água doce armazenada em seu interior seria suficiente para abastecer todos os Estados Unidos por 120 dias. Ela é parte da geleira de Petermann, a mais setentrional do planeta, que vem sofrendo com os efeitos do aquecimento global.
Segundo pesquisadores da Universidade de Delaware, que mantêm um observatório próximo à Groenlândia, o gigantesco bloco de gelo deve chegar ao Oceano Atlântico em dois anos. O maior bloco a se desprender no Mar Ártico, em 1962, tinha 600 km². Nos últimos anos, dois blocos menores se desprenderam da geleira de Petermann, uma de 88 km², em 2001, e outra de 26 km², em 2008.

"Abandonem a Terra ou seremos extintos", diz Stephen Hawking

Revista Veja
Físico afirma que a humanidade ainda carrega "instintos egoístas e agressivos"

O físico teórico Stephen Hawking, autor do livro Uma Breve História do Tempo, disse, em uma entrevista ao site Big Think, que se os seres humanos não encontrarem outro planeta para habitar serão extintos.
"Estamos entrando em uma período cada vez mais perigoso da nossa história", disse Hawkings. "Em muitos momentos no passado a sobrevivência foi uma questão perigosa e delicada", como a crise dos mísseis cubanos, em 1963, e a frequência desse tipo de situação "deve aumentar no futuro", disse o teórico.
Hawking defende que a humanidade está acabando rapidamente com os recursos naturais que da Terra e que o nosso código genético ainda "carrega instintos egoístas e agressivos". "Nossa única chance de sobrevivência a longo prazo é espalhar a humanidade no espaço", disse Hawkings.
Cientistas estimam que levaria pelo menos 50.000 anos para chegar na estrela mais próxima, com a tecnologia de propulsão atual. Para chegar lá com vida, os humanos teriam que desenvolver uma tecnologia que colocasse as espaçonaves a uma velocidade próxima da luz além de se proteger da radiação cósmica durante a viagem.