segunda-feira, 24 de maio de 2010

Pobreza deixa marcas biológicas permanentes nas crianças, dizem cientistas

Folha Online
A pobreza pode deixar profundos e permanentes efeitos biológicos em crianças pequenas que, quando adultas, correm mais riscos de sofrer problemas de saúde e ter renda mais baixa, revelou uma pesquisa apresentada no último fim de semana em San Diego, Califórnia.
Cientistas americanos definiram "uma biologia da pobreza" entre adultos que passaram a infância em um ambiente de pobreza, principalmente entre aqueles que viveram na miséria antes dos cinco anos de idade, segundo o estudo publicado no domingo, na reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS).
"A pobreza tem o potencial de modificar profundamente a neurobiologia da criança pequena em desenvolvimento", e pode afetar diretamente toda a sua vida, afirma Greg Duncan, da Universidade da Califórnia.
A primeira infância é um "momento crucial para estabelecer a arquitetura do cérebro que dá forma ao futuro cognitivo, social e de bem-estar emocional da criança", explica o estudo.
"As crianças que crescem em um ambiente desfavorável mostram níveis desproporcionais de reação ao estresse, e isso é notado a nível de exames hormonais, neurológicos e de perfis epigenéticos", diz Thomas Boyce, da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá.
Para medir os efeitos socioeconômicos destes marcadores neurobiológicos da pobreza, os pesquisadores analisaram dados demográficos de 1.589 adultos nascidos entre 1968 e 1975, incluindo o nível de renda de suas famílias e os anos de educação alcançados, além de dados sobre sua saúde e antecedentes penais.
"Diferenças notáveis" foram percebidas entre as vidas adultas daquelas crianças, de acordo com o nível socioeconômico antes dos seis anos.
"Em comparação com crianças cujas famílias registravam renda pelo menos duas vezes mais alta que a linha de pobreza durante sua primeira infância, as crianças pobres tiveram dois anos a menos de escolaridade em média, trabalham 451 horas a menos por ano e ganham menos da metade", indica o estudo.
Estas crianças também receberam de adultos mais de US$ 800 a mais por ano em cupons de alimentos, e foram duas vezes mais propensas a ter uma saúde em geral deficiente ou altos níveis de estresse psicológico.
As crianças pobres também acabaram mais gordas que as ricas, assim como mais propensas a apresentar sobrepeso na vida adulta.
Além disso, homens pobres desde a infância têm o dobro de chances de serem presos, e as mulheres, seis vezes mais chances de se tornarem mães solteiras.
A pesquisa, a primeira com estas características realizada nos Estados Unidos, também demonstrou que se uma família pobre recebe US$ 3.000 por ano a mais por meio da assistência social do governo por ter um filho de menos de cinco anos, quando adulto esta criança ganhará 17% a mais e trabalhará 135 horas a mais por ano.
"Este estudo prova que as políticas de bem-estar social dirigidas a famílias americanas pobres com crianças pequenas produzem resultados palpáveis."
Segundo os autores do estudo, quatro milhões de crianças nos Estados Unidos viviam na pobreza em 2007.
Para Jack Shonkoff, da Universidade de Harvard, a pesquisa oferece "uma oportunidade magnífica para aprender mais sobre a biologia da pobreza, que pode ajudar a desenvolver novas ideias e mitigar o impacto da precariedade no emprego e proteger melhor as crianças pequenas".

Brasil se torna o segundo maior produtor de transgênicos do mundo

Folha Online
O Brasil se tornou, pela primeira vez, o segundo maior produtor de transgênicos no planeta, com 21,4 milhões de hectares plantados, segundo dados fornecidos pelo Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (Isaaa, na sigla em inglês) nesta terça-feira (23).
Com isso, o Brasil plantou 16% dos 134 milhões de hectares de transgênicos cultivados em 2009 no mundo.
No ranking, feito com dados relativos ao ano de 2009, o país ultrapassou a Argentina --cujo plantio chegou a 21,3 milhões de hectares-- e fica atrás dos Estados Unidos (com 64 milhões).
O crescimento brasileiro foi 35,4% maior em relação a 2008 (quando o país registrou 5,6 milhões de hectares).
"Trata-se do maior índice de crescimento entre os 25 países produtores de transgênicos, especialmente em razão da rápida adoção do milho transgênico", afirma a Isaaa, em comunicado.
A base de produtos geneticamente modificados plantados no Brasil reside na soja (71%), no milho (31%) e no algodão (16%), segundo a entidade.
Os principais Estados produtores que adotaram tecnologia transgênica são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Piauí, Maranhão e Tocantins.
"Em 2009, 14 milhões de agricultores plantaram 134 milhões de hectares de lavouras transgênicas em 25 países, bem acima dos 13,3 milhões de agricultores e 125 milhões de hectares (7%) em 2008. Notadamente, em 2009, treze dos quatorze milhões de agricultores, ou 90%, foram pequenos agricultores com recursos escassos em países em desenvolvimento", afirma o relatório da Isaaa.

Transgênico mata uma praga e traz outra

Folha Online
A adoção de uma variedade de algodão transgênico por fazendeiros chineses permitiu controlar as lagartas que são a principal ameaça a essa cultura, mas foi vítima de uma reviravolta ecológica: um percevejo outrora inofensivo virou praga.
Presente na China há mais de uma década e aprovado para uso no Brasil só em 2009, o algodão transgênico Bt desfrutou de algumas boas safras.
Agora, porém, a praga emergente afeta a produtividade do vegetal e se espalha também para o cultivo de frutas, afirma um estudo de cientistas da Academia Chinesa de Agronomia.
Em artigo na revista "Science", o grupo mostra que os algodoeiros Bt estão enfrentando problemas pelo motivo inverso ao qual vinham sendo criticados por ambientalistas.
Por muito tempo, transgênicos dessa variedade foram acusados de prejudicar insetos carismáticos, como a borboleta-monarca. Os percevejos mirídeos que viraram praga na China, porém, bem poderiam ter entrado nessa categoria antes.
As plantas Bt são resistentes a algumas pragas porque têm incorporado em seu DNA um gene da bactéria Bacillus thuringiensis, produtora de toxina letal para certos insetos. Percevejos mirídeos, porém, não são afetados pelos transgênicos.
"Antes da adoção do algodão Bt, um inseticida de amplo espectro contra [a lagarta] Helicoverpa armigera reduzia as populações de mirídeos; plantações de algodão atuavam como armadilhas sem saída", escrevem o cientista Yuyuan Go e seus colegas na "Science".
O grupo, porém, não defende que a solução para o problema seja uma volta ao uso de agrotóxicos químicos do tipo mata-tudo, que costumam gerar danos ambientais mais graves. A solução, dizem, é investir no "manejo integrado de pragas" para não ter de abrir mão dos benefícios que o Bt trouxe, como evitar pragas resistentes.
"No tratamento com inseticidas, às vezes é preciso usar três ou quatro tipos diferentes", afirma Olívia Arantes, geneticista da Embrapa Meio Ambiente especialista em Bt. Segundo ela, é improvável que o Bt também fosse se revelar uma solução para uso solitário.
Antes de ser incorporada aos transgênicos, a toxina da bactéria era borrifada diretamente nas plantas. O receio de as pragas evoluírem criando resistência ao Bt, segundo ela, é pequeno, pois existem muitas variedades da proteína que constitui a toxina, permitindo que os produtores se adaptem.
Na China, o algodão Bt teve tanto sucesso no fim da década de 1990 que se disseminou até conquistar 95% das fazendas dessa cultura. No Brasil, as estatísticas são incertas, porque esse transgênico começou a ser plantado de forma "pirata" antes da aprovação. Agora, as empresas Monsanto e Dow já podem comercializar a planta Bt. A Embrapa desenvolve novas variedades, ainda em teste.
Segundo Arantes, para o país se beneficiar dessa tecnologia, é preciso dar atenção ao estudo de interações ecológicas entre pragas, disciplina que lida justamente com efeitos como o ocorrido na China. "Essa é uma área de pesquisa que já está bastante ampla", afirma.

Nicolau Copérnico é enterrado de novo na Polônia, 467 anos depois

Folha Online - da France Press
O autor da teoria heliocêntrica Nicolau Copérnico, que teve os restos identificados recentemente, foi enterrado novamente neste sábado (22) na catedral de Frombork (norte da Polônia), 467 anos após sua morte.
Modesto em vida e morto antes de sua teoria ter sido publicada e reconhecida, o astrônomo, matemático, economista e médico foi também cônego em Frombork.
Ele havia sido sepultado na catedral em 1543 sem nenhuma indicação do local exato, como centenas de outros padres e leigos.
Há dois séculos cientistas poloneses, franceses e alemães tentam identificar seu túmulo.
"A história da descoberta é um verdadeiro romance policial", declarou à France Press o arqueólogo Jerzy Gassowski, professor octogenário do Instituto de Antropologia e Arqueologia de Pultusk (centro da Polônia), autor da descoberta, em 2005.
"Foi aqui que o encontrei", disse, apontando para uma placa de mármore nos pés do altar de Santa Cruz, um dos 16 altares levantados entre as colunas imponentes da catedral.
Uma hipótese sobre o local do altar do qual o cônego Copérnico possuía a guarda permitiu delimitar o campo das escavações.
No local, foram encontrados o crânio e os ossos de um homem setuagenário, confiados em seguida ao laboratório de polícia de Varsóvia (capital da Polônia). A idade estimada conferia com a de Copérnico, que morreu aos 70 anos.
As reconstruções virtuais do rosto mostraram também semelhanças impressionantes com os retratos existentes de Nicolau Copérnico.
Os testes de DNA dariam certeza. Mas os cientistas tiveram dificuldade de encontrar material genético de comparação.
Um livro descoberto na Suécia, porém, forneceu o último elemento necessário para a resolução do mistério. O livro, datado de 1518, é um manual que Copérnico usou durante a vida e que foi levado pelos suecos durante as guerras sueco-polonesas do século 18.
No livro havia alguns fios de cabelo. Análises feitas em laboratórios especializados da Suécia e da Polônia confirmaram o sucesso: dois fios entre os demais encontrados tinham as mesmas sequências do genoma do crânio de Frombork.
Os restos de Copérnico foram levados a cidades e aldeias polonesas antes de serem novamente enterrados na catedral de Frombork durante cerimônia.
Teoria heliocêntrica
Copérnico havia rejeitado a teoria geocêntrica de Ptolomeu, elaborando a sua própria, a heliocêntrica, relacionada ao duplo movimento dos planetas sobre si mesmos e em torno do Sol.
Sua obra mais célebre, que esteve na origem de uma revolução científica do século 18, "De revolutionibus orbium caelestium" (Da revolução das órbitas celestes), foi publicada após sua morte. Foi condenada pelo Papa Paulo 5º em 1616 como contrária à Bíblia.

Japão diz que não abrirá mão de caça científica de baleia

Folha Online
O governo japonês afirmou que não pretende encerrar seu programa de caça científica de baleias, mesmo que um acordo internacional para regulamentar a captura desses animais seja fechado no mês que vem.
A declaração foi dada pela embaixada japonesa, em resposta a perguntas da Folha.
O país que mais caça baleias no mundo afirmou, no entanto, que está considerando uma proposta para incluir observadores a bordo de sua frota baleeira e realizar exames de DNA nos animais capturados.
O objetivo das medidas é garantir que não haja caça além da quota e que não sejam capturadas espécies ameaçadas, como a baleia-azul (o maior animal que já habitou a Terra), ou cujos estoques não sejam conhecidos em alguns lugares, como a jubarte (espécie que dá "braçadas" no ar quando salta).
A adoção do esquema de vigilância é um dos grandes pontos de um acordo que está sendo negociado e que pode levar à liberação da caça, com limites.
A proposta é do chileno Cristián Maquieira, presidente da CIB (Comissão Internacional da Baleia). Será debatida no fim de junho, na reunião da CIB, em Marrocos, e é foco de negociações diplomáticas intensas.
Ela prevê que a captura de baleias seja liberada por dez anos e estabelece uma quota de captura global de algumas centenas de exemplares por ano.
Um ponto polêmico é dar ao Japão uma quota de 400 baleias minke ao ano na Antártida, que se reduziria a 200 após cinco anos. Hoje, o oceano Austral é oficialmente um santuário de baleias, mas o Japão se permite caçar 900 animais ao ano ali, sob a desculpa de "pesquisa científica" relatada à CIB.
Trata-se de uma forma que o país encontrou de driblar a moratória imposta pela CIB à caça comercial em 1986, denunciada ano após ano por vários países - o Brasil, inclusive - como caça comercial disfarçada. A carne de baleia do programa "científico" abastece restaurantes e mercados no país.
O acordo proposto por Manquieira prevê a eliminação, pelos seus dez anos de vigência, de "caça à baleia determinada unilateralmente sob permissão especial, objeções e reservas".
A formulação tem três endereços certos: "permissão especial" é o caso da caça japonesa; "objeções", da caça islandesa; e "reservas", da Noruega, segundo maior caçador _que mata metade do número de baleias que o Japão mata.
"O Japão não tem tal ideia", afirmou a embaixada, questionada sobre se o país consideraria pôr fim à pesquisa letal.
Segundo o governo japonês, a caça no oceano Austral e no Pacífico Norte acontece para "atender a objetivos científicos, como remover incertezas em torno dos dados científicos em relação aos recursos baleeiros, mas não para atender à demanda por carne".
Pressão total
Japão tem motivos para considerar a proposta de Maquieira: poucas vezes o país esteve sob pressão internacional tão forte para largar seu hábito de comer cetáceos.
A frota baleeira japonesa tem sido perseguida em águas antárticas pela ONG Sea Shepherd, que neste verão conseguiu impedir que ela cumprisse sua quota de captura. O embate levou à prisão de um ativista, que será julgado no Japão.
O governo da Austrália ameaçou neste ano adotar medidas legais contra o Japão caso o país não acabe com seu programa de caça científica.
Por fim, até Hollywood se engajou: neste ano, o Oscar de melhor documentário foi para o filme "A Enseada", de 2009, que denuncia o massacre de golfinhos no país. Para a embaixada, "o governo japonês não está em posição de dizer se ele teve ou não impacto negativo sobre a sociedade japonesa".

Físico pede 1 bilhão de euros para computador capaz de simular o planeta

Folha Online
Era outubro de 2008 e se prenunciava o cataclismo econômico global. Sentado em um fórum de ciência e política pública, o físico suíço Dirk Helbing teve uma epifania: por que não criar um supercomputador que, unindo áreas distintas do conhecimento, pudesse prever hecatombes desse tipo?
O marco zero da crise, a quebra do banco de investimento americano Lehman Brothers, acontecera um mês antes. "E era visível então que os economistas não sabiam o bastante a respeito e que sua abordagem não servia para detectar as interconexões no sistema", diz.
Para ele, um sujeito que foi da física à sociologia e usou ambos para desenhar sistemas de tráfego e detectar comportamentos de grupo, era óbvio que o que faltou em 2008 e outras tantas crises em outras áreas foi uma abordagem holística.
Helbing, do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, visualizou então um sistema que usasse regras da física para lidar com interações entre pessoas, variáveis ambientais e aquilo que as "colisões" entre elas gerarem.
Para tirar a ideia do papel, quer 1 bilhão em financiamento da União Europeia (o LHC, o superacelerador de partículas, consumiu já 9,4 bilhões, lembra ele).
O dinheiro servirá para construir um supercomputador com capacidade de buscar dados em redes sociais, publicações, na academia e, assimilando bilhões de variáveis, produzir modelos em que interajam agentes distintos (economia, política, clima, transportes e outros).
Mas também bancará a formação de uma megaequipe que una de engenheiros a especialistas em psicologia para trabalhar na "compreensão, integração e administração de sistemas complexos", no dizer de seu recém-publicado artigo.
ACELERAÇÃO
Ou: Helbing acha que a complexidade do sistema econômico e social hoje é tamanha que não pode ser tratada isoladamente por cada área de especialidade. "Unir comunidades diferentes vai acelerar a produção de conhecimento", diz. "E os valores são baixos se comparados com o que é gasto em física elementar. Isso deveria ser gasto no mundo dos vivos."
Só a união em grande escala de físicos e engenheiros com economistas, diz, poderá criar instrumentos úteis à tomada de decisões por políticos, industriais, acadêmicos e pessoas do mercado. Isso fortaleceria o sistema social e tornaria possível antever crises como a de 2008.
A ideia é colocar o "superacelerador de conhecimento" em ação em 2013 -se o financiamento vier (o megainvestidor George Soros já chancelou o projeto).
Indagado sobre se o projeto não vai gerar um número sem-fim de modelos (e impedir os tomadores de decisão de discernir qual se aplica à situação corrente), Helbing cita a divisão entre economistas e físicos.
Os primeiros preferem usar o maior número de variáveis possível. Os segundos preferem menos variáveis.Prevaleceriam os físicos, cujos modelos não lineares são melhores para detectar fenômenos como a crise.
O que não foi decidido ainda é onde basear os cientistas. Mas isso terá de esperar: Helbing está gastando seu poder de análise para decifrar o "complexo e em múltiplas etapas" sistema de financiamento da UE.

PAC prevê apenas 13% dos investimentos necessários para rodovias, diz Ipea

Folha Online
O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) atende apenas 13% da necessidade de investimentos em rodovias no Brasil. De acordo com estudo feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), são necessários R$ 183,5 bilhões para recuperar as estradas já existentes e construir novos trechos --o PAC prevê apenas R$ 23 bilhões.
Segundo o coordenador de Infraestrutura Econômica do Ipea, Carlos Campos, além de prever recursos insuficientes, o PAC apresenta problemas para execução, como a falta de projetos, dificuldade de licenciamento ambiental e paralisações do TCU (Tribunal de Contas da União).
"Dessa vez não é um problema de falta de recursos financeiros", afirmou.
De acordo com o estudo, desde 2009, a média anual de recursos públicos destinados ao setor rodoviário é de R$ 1,9 bilhão, contra R$ 9,2 bilhões da iniciativa privada.

Do Blog: Critiquem as privatizaçôes e deixem nas mãos dos lobos a administração do galinheiro.

Rolling Stones voltam ao topo da parada com álbum de 1972


Folha Online
Os Rolling Stones voltaram esta semana a ocupar o primeiro lugar da parada britânica pela primeira vez desde 1994. O grupo chegou ao topo neste domingo com o relançamento do disco clássico "Exile on Main St", de 1972.
O álbum, que já havia sido o mais vendido quando lançado pela primeira vez, voltou às lojas da Europa e dos Estados Unidos na última semana em versão especial comemorativa remasterizada.
Para o relançamento, o clássico foi ampliado com dez faixas bônus incluindo canções inéditas recuperadas das sessões de gravação no início da década de 70 e retrabalhadas pela banda em março deste ano.
Enquanto isso, os Stones voltaram a negar que o baterista Charlie Watts estaria deixando a banda. O boato foi criado por um site australiano, mas foi prontamente desmentido. "Ao contrário do que diz a notícia fabricada e mal informada publicada em um pequeno site de música da Austrália, gostaríamos de deixar claro que Charlie Watts não saiu dos Rolling Stones", informou um representante do grupo nesta segunda.

Um futuro revolucionário

O Estadão
A Technology Review, publicada pelo tradicional Massachusetts Institute of Technology (MIT), é a mais antiga revista de tecnologia do mundo. Desde 1899, ela vem apontando tendências para o futuro e, desde 2001, publica uma edição por ano para falar das mais promissoras tecnologias que tendem a despontar nos próximos anos. A lista é plural: pode ter tanto redes sociais quanto assuntos cabeçudos, como bioquímica ou astrofísica. A questão que a equipe sempre se pergunta antes de fazer a lista é se a tecnologia em questão tem ou não o poder de mudar o mundo.
“Gostamos de tecnologias que estejam surgindo (ou seja, genuinamente novas) e que resolvam problemas importantes ou até irresolúveis. Dessas, escolhemos aquelas façam isso de uma maneira especialmente inteligente ou elegante”, diz Jason Pontin, editor-chefe da publicação, em entrevista ao Link.
Na semana passada, a revista publicou as suas dez escolhas de 2010 (leia abaixo). Com certa arrogância adquirida em uma instituição que já teve 75 vencedores do Nobel, Jason diz que “essas dez são as dez mais importantes, porque nós dissemos que são”.
Os laboratórios mais inovadores podem, segundo o MIT, mudar a maneira como consumimos entretenimento (games 3D, TV social, programação na nuvem), o que colocamos nos nossos carros (combustíveis solares, energia fotovoltaica) e até como tratamos nossas doenças (implantes solúveis).
1. Games 3D portáteis
Hoje
Com Avatar e novos aparelhos de TV, o 3D aos poucos entra nas nossas casas. Porém, aparelhos móveis com essa capacidade ainda estão na fase de protótipo. O mais notório é o console portátil Nintendo 3Ds
Amanhã
Lançado na Coreia do Sul, o celular Samsung W960 conta com um software da Dynamic Digital Depth que converte imagens de 2D para 3D (sem precisar de óculos). Na vertical, as imagens parecem bidimensionais, mas na horizontal saltam da tela e ganham volume. Games já estão sendo adaptados para a plataforma.
2. Combustível solar
Hoje
Usamos apenas matéria orgânica – como cana, milho ou mamona – para produzir biocombustível.
Futuro
Com esse material, capaz de restituir tecidos, já são produzidas células específicas para testar como certos remédios agem no corpo. A empresa Cellular Dynamics já faz células do coração para a farmacêutica Roche.
3. Células-tronco para tudo
Hoje
Cientistas criaram células- tronco (chamadas de iPS) que podem se reproduzir muitas vezes e virar qualquer célula.
Futuro
Com esse material, capaz de restituir tecidos, já são produzidas células específicas para testar como certos remédios agem no corpo. A empresa Cellular Dynamics já faz células do coração para a farmacêutica Roche.
4. Televisão social
Hoje
Parte dos aparelhos de televisão já têm acesso à internet e alguns programas já contam com intervenções ao vivo de sites como o Twitter. No entanto, a promessa de uma televisão social, em que as pessoas possam opinar e comentar durante a exibição, ainda está só no discurso.
Futuro
A revista aposta que a TV tradicional vai se fundir com as redes sociais. A mudança é incentivada pelas próprias emissoras e por conglomerados de mídia que, aliando-se a sites como Twitter e Facebook, deixariam de ser trocados por eles.
5. Programando a nuvem
Hoje
A computação em nuvem, com suas promessas de armazenamento infinito, cada vez mais ganha terreno. Aplicativos como o Google Docs, por exemplo, já fazem muita gente aposentar programas como o Microsoft Word, o que deve ser reforçado com o sistema operacional do Google, o Chrome OS.
Amanhã
Programadores especializados na nuvem revolucionarão essa linguagem. Aplicativos acessarão automaticamente informações em tempo real, o que mudará a publicidade na rede. Se uma banda entrar nos trending topics do Twitter, por exemplo, lojas virtuais poderiam rastrear essas informações e instantaneamente colocar produtos relacionados a ela em destaque.
6. Implantes solúveis
Hoje
Implantes, eletrônicos ou não, são bastanteusados e espalhados por diversas áreas da medicina, No entanto, os equipamentos ainda são feitos de materiais não-biodegradáveis. Por isso, ainda é necessário passar por um processo invasivo tanto para colocá-los quanto para retirá-los.
Amanhã
Cientistas da Universidade de Tufts, nos EUA, desenvolvem implantes eletrônicos feitos de seda. Com eles, seria possível monitorar os sinais vitais de pacientes, dosar medicamentos, fotografar o corpo e usar as imagens em diagnósticos. Quando não fosse mais necessário, o equipamento dissolveria.7. Concreto verdeHojeOs 2,8 bilhões de toneladas de cimento feitos em 2009 causaram 5% das emissões de dióxido de carbono, que aumenta o aquecimento global.AmanhãCom óxido de magnésio acrescido na fórmula, o cimento pode absorver mais CO2 do que foi emitido na sua fabricação. De inimigo, passaria a combatente do aquecimento da Terra.
8. Agindo juntos
Hoje
Depois de algum tempo de tratamento, as células cancerígenas se tornam resistentes aos medicamentos e conseguem fugir deles. Essa ação exige que médicos misturem várias drogas para impedir isso.
Amanhã
A empresa Genetech juntou dois compostosque combatem o câncer: um barra a substância que faz o tumor crescer; o outro, a proteínaque estimula vasos sanguíneos a alimentá-lo. Esses anticorpos dobrados podem facilitar acura da doença.
9. Energia solar eficiente
Hoje
Células fotovoltaicas transformam a luz solar em energia elétrica. São mais baratas que painéis solares comuns, mas também menos eficientes.
Amanhã
Usando nanopartículas de prata, um novo material gera 30% mais energia que as células fotovoltáicas tradicionais.
10. Busca em tempo real
Hoje Tudo ainda é muito recente, mas as pessoas já se acostumaram a buscar por tweets através de hashtags e até o Google já aderiu.
Amanhã
Usando a geolocalização e outros critérios, o Google começa a ver quais os tweets e updates mais relevantes. O buscador classificará mesmo o conteúdo produzido em tempo real.