terça-feira, 4 de maio de 2010

É uma grande discussão sobre o papel da mídia e dos jornalistas como intermediários entre a sociedade e o que é notícia.

Eis o início do artigo de Bill Keller:editor-executivo do jornal mais influente dos EUA, o "The New York Times"
"De todas as discussões em curso, hoje em dia, no ruidoso ponto de inflexão que o setor de notícias ocupa, nenhuma é tão básica quanto o debate sobre a credibilidade jornalística -quem a detém e que valor ela deve ter.
"De um lado, simplificando a questão, existe a visão de que o poder de democratização da internet tornou obsoletos as formas e os valores tradicionais do jornalismo e, com eles, não incidentalmente, a ideia de que as pessoas deveriam pagar pelo acesso à notícia. Entre os partidários mais utópicos da ideia de que a sabedoria está nos números, depender de jornalistas profissionais é visto como elitista e sufocante.
"Do outro lado, existe a convicção de que uma população significativa de pessoas sérias sinta a necessidade de que alguém dotado de treinamento, experiência e padrões -repórteres e editores- ajude na tarefa de localizar e selecionar as notícias, identificar o que elas têm de importante e descobrir o que significam.
"Isso de maneira nenhuma exclui a participação da audiência, em forma de comentário, contribuição ou colaboração (uma prova é a esplêndida combinação entre jornalismo profissional e amador que manteve ativo o noticiário recente sobre o Irã).
"Mas, nos termos dessa visão -da qual compartilho-, a credibilidade dos jornalistas profissionais é tanto uma valiosa conveniência para os leitores que não têm tempo ou disposição para administrar sozinhos o tsunami de informações recebidas quanto um bem cívico, já que uma democracia precisa de uma base compartilhada de informações confiáveis sobre a qual realizar seus julgamentos".
Blog do Fernando Rodrigues. O restante pode ser lido na "Folha" (para assinantes do jornal e do UOL).

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