sexta-feira, 21 de maio de 2010

Entrevista com Maicon

Blog do PVC
Maicon disputou 51 jogos somando Série A, Copa Itália e Champions League. É o terceiro jogador com maior número de partidas na Internazionale, na temporada 2009/10. Perde apenas para Javier Zanetti, com 54 jogos, Júlio César, com 53. Mas falta um. Eliminado nas três últimas temporadas da Champions League em fases precoces, o lateral fala nesta rápida conversa, por telefone, sobre o que mudou na Inter para chegar forte à decisão. Projeta o título e diz que o desgaste dos 51 jogos não vai afetar seu bom desempenho na Copa do Mundo.

PVC – O Lúcio diz que o ponto de virada da campanha na Champions League foi o sorteio contra o Chelsea. Você concorda?
MAICON – Concordo. Na hora do sorteio, muita gente tem reação diferente. Ao mesmo tempo em que o nome do adversário, um dos mais poderosos do planeta, assusta, dá a exata noção de que você pode crescer muito se conseguir eliminá-lo. Foi isso o que aconteceu conosco. A eliminação do Chelsea nos deu muita força.
PVC – E como foi a vitória?
MAICON – Olha, muita gente não acreditava na gente, quando saiu o sorteio. O discurso era esse mesmo, que íamos enfrentar um dos favoritos á Champions League. Então, conseguimos vencer em Milão, como muita gente duvidava. Levamos a vantagem para a Inglaterra e muitos seguiram não acreditando. Conseguimos vencer lá também. Isso foi muito forte.
PVC – Você jogou no Monaco, time que chegou à decisão da Champions League nesta década. O que faltava à Inter para superar as quartas-de-final, ou as oitavas, onde caiu nos dois anos anteriores?
MAICON – Faltava confiança. E foi isso o que a vitória sobre o Chelsea trouxe. Passamos a ter a certeza de que éramos tão fortes quanto qualquer outro adversário que nos enfrentasse a partir dali. Temos um time muito forte, grandes jogadores.
PVC – Apesar de jogar com três atacantes, o Mourinho sempre monta times de defesas muito fortes. Como se treina isso?
MAICON – É posicionamento. Uma partida em que mostramos como é forte nossa defesa foi contra o Barcelona. Imagine, perdemos um jogador de meio-de-campo, um dos mais importantes do sistema defensivo e passamos o jogo inteiro segurando o ataque do Barcelona. Foi uma partida impressionante. Para nós, Júlio César, Lúcio e eu, é um pouco mais fácil o entrosamento, porque jogamos juntos tanto na Inter, quanto na Seleção Brasileira.
PVC – Você é o terceiro jogador com maior número de partidas na temporada, abaixo apenas do Júlio César (53) e Zanetti (54). Isso vai atrapalhar na Copa?
MAICON – Não vai atrapalhar, não. Estou muito seguro de que fisicamente vou chegar bem.. Também teremos um período razoável de preparação e o Paulo Paixão sabe entender que os que estão no fim de uma temporada tão desgastante precisam de um trabalho diferenciado. Isso vai acontecer.
PVC – Você tem conversado com o Paulo Paixão?
MAICON – Desde a última convocação, não. Mas na convocação, ele me passou uma série de recomendações sobre como eu deveria me comportar para chegar bem ao Mundial, incluindo aí a possibilidade de chegarmos à final da Champions League. Cumpri tudo à risca. Estou certo de que a Copa será ótima.

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